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Empregados transformam área industrial da Vale no Maranhão

22 de agosto de 2017

As mudanças não se limitam às áreas externas. Há quatro meses foi inaugurado um espaço de coworking para 162 empregados

Onde antes havia um capinzal, agora há um mirante com um lago de carpas. No lugar de um transportador de longa distância desativado, há um local para produção de mel. Onde havia duas salas com mesas de trabalho dispostas da forma tradicional, hoje há um grande salão com decoração feita pela própria equipe e sem lugar marcado, nem para os gestores. Empregados da Vale no Terminal de Marítimo de Ponta Madeira, em São Luís, Maranhão, transformaram a área industrial em um ambiente de trabalho mais agradável e, enquanto isso, elevaram seu nível de engajamento, de acordo com pesquisa da empresa.
 
“O objetivo foi horizontalizar a hierarquia, que era uma demanda da própria equipe. Todo o trabalho foi feito pelos próprios empregados, o que diminui o custo e aumenta o sentido de propósito da equipe”, explica o gerente-executivo de Operações Portuárias, Roberto Di Biase.
 
Desde abril de 2016, já foram inaugurados um bosque onde cada empregado que se destaca em iniciativas de saúde e segurança ganha uma árvore com seu nome; um meliponário, espaço para produção de mel; um orquidário; e um mirante de onde se vê os pátios de minério. A subestação de energia foi revitalizada com apoio de um grafiteiro local e em breve será construída uma horta comunitária.
 
As mudanças não se limitam às áreas externas. Há quatro meses foi inaugurado um espaço de coworking para 162 empregados, onde antes havia duas salas de trabalho tradicionais, com duas equipes totalmente separadas. O gerente de cada área ficava em uma mesa isolado do resto dos empregados. Agora não há mais estação de trabalho fixa. As duas equipes estão no mesmo espaço, um grande salão de 850 metros quadrados.
 
Indicadores de equilíbrio ambiental
 
A escolha do meliponário, do orquidário e do tanque de carpas não foi ao acaso. A presença de abelhas, orquídeas e desses peixes é indicador de equilíbrio ambiental na área industrial.
 
As abelhas são da espécie tiúba, responsável pela polinização de até 90% da flora maranhense, e se deslocam a até 2km do local onde estão instaladas para coletar néctar e pólen. O mel produzido é extraído e embalado de forma artesanal e entregue aos visitantes que conhecem as operações da Vale.
 
Já as carpas foram colocadas em um tanque com água de reuso do processo industrial e vêm se desenvolvendo normalmente. Essa água é proveniente de processos operacionais e passa por um pequeno filtro. Ela costuma ser reutilizada em atividades como lavagem e limpeza de máquinas ou na umectação das vias de acesso e pilhas de minério.
 
Os novos espaços ainda aproximaram o porto da comunidade local. A Vale deve fechar em breve uma parceria com a Universidade Estadual do Maranhão para certificar a produção do meliponário. No orquidário, criado em agosto, a universidade pretende implantar um estudo para desenvolver uma espécie de orquídea genuinamente maranhense.
 
Maior engajamento
 
Os números revelam que o projeto foi acompanhado de um aumento no engajamento da equipe, ou seja, cresceu o vínculo do empregado com a empresa e sua vontade de dar o melhor de si.
 
A Vale realizou em setembro de 2016 a terceira edição de sua Pesquisa Global de Empregados, que mediu o nível de engajamento de mais de 57 mil empregados em todo o mundo. Em 92% das respostas a gerencia-executiva Operações Portuárias apresentou um nível acima do benchmarking do setor de mineração, óleo e gás. E, em 85% das respostas, o engajamento foi superior ao verificado na edição anterior da pesquisa, em 2013.
 
Por meio de análises de correlação estatística com indicadores internos, a mineradora comprovou que áreas que têm empregados com maior engajamento têm também um número 33% maior de empregados de alto desempenho, 52% menos empregados com alto risco de perda para outra empresa e taxas de acidente quatro vezes menores que a média.
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