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A Eliane Revestimentos Cerâmicos vai voltar a utilizar carvão mineral em uma das etapas de sua produção em Santa Catarina. “Já contratamos investimentos para usar o carvão mineral em parte do processo e reduzir o consumo de gás em cerca de 30%. O carvão é mais barato e há reservas no Estado”, diz Otmar Josef Muller, diretor industrial da companhia. Segundo ele, o gás natural continuará a ser aplicado nos fornos, mas nas fases que antecedem a queima da cerâmica – preparação de matérias-primas e secagem – será usado o carvão mineral.
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A companhia foi a primeira empresa em Santa Catarina a adaptar a produção ao gás natural em 2000. Antes disso, os fornos eram aquecidos com diversos tipos de combustíveis. Na década de 90, a empresa passou a contar com uma usina de gaseificação de carvão mineral, depois migrou para o gás liquefeito de petróleo (GLP) e, por fim, passou ao gás natural.
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Tirando os fornos, nas outras partes do processo usou carvão mineral e óleo pesado até o começo da década passada. Agora, terá de voltar ao carvão exatamente nessas etapas.
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A mudança, explica o diretor, é por causa do elevado preço do gás natural e da perda de uma facilitação. “A distribuidora nos concedia desconto dentro de sua política comercial. Mas agora, em razão do volume de consumo, mais elevado, nos tiraram esse desconto.”
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Muller destaca ainda que, em Santa Catarina, as empresas de extração de carvão estão fechando parcerias com institutos de pesquisa dos Estados Unidos na busca de tecnologias para a gaseificação de carvão mais modernas, com menos impactos ambientais.
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Competitividade. A Eliane chegou a exportar 50% da produção. No auge, em 2005, os principais destinos eram os Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha e França. O câmbio desfavorável e o alto preço da energia roubaram a competitividade da companhia e as vendas externas caíram para 8%. Hoje os destinos são apenas países da América do Sul.
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Além da China, hoje há concorrência dos próprios EUA. “A produção do gás não convencional, o shale gas, que custa menos de um terço do que o gás natural do Brasil, está fazendo com que haja expansão de plantas nos EUA”, afirma Muller.
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Maior produtora de porcelanato do País, a Eliane sente maior presença chinesa no mercado interno desde 2008. “O porcelanato chinês veio em grande volume. Agora isso está um pouco contido por medidas como aumento do Imposto de Importação e com a pequena desvalorização do real”, conclui. Contudo, a entrada de porcelanato importado ainda é expressiva.
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Fonte: MSN
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