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Empresas esperam por ferrovia e terminal portuário

14 de maio de 2012

rnA Bahia Mineração (Bamin), que prevê investimentos de US$ 2,5 bilhões no projeto Pedra de Ferro, demonstra contrariedade com os atrasos na construção do Porto Sul e da Ferrovia de Integração Oe

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A Bahia Mineração (Bamin), que prevê investimentos de US$ 2,5 bilhões no projeto Pedra de Ferro, demonstra contrariedade com os atrasos na construção do Porto Sul e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste. “À medida que damos passos e o processo parece estar caminhando para a frente, surgem novas situações e temos a sensação de retrocedermos novamente”, diz o presidente da Bamin, José Francisco Viveiros. Ele dá um exemplo: depois de uma audiência pública com 15 horas de duração e quatro mil participantes, o Tribunal Regional Federal (TRF) determinou a realização de mais seis reuniões, acatando recurso do Ministério Público. “O nosso sentimento é de perplexidade”, reage Viveiros.

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A exploração da mina em Caetité, a 541 quilômetros de Ilhéus, tornará a Bahia o terceiro maior Estado produtor de minério de ferro do país. A produção deverá atingir 20 milhões de toneladas por ano. Mas, para isso, depende da implantação da ferrovia e do terminal de uso privativo (TUP) no futuro porto. A estimativa de investimento no terminal é de R$ 1 bilhão. Para a Bamin, o tempo de construção pode ser acelerado dos 48 meses previstos no estudo de impactos ambientais para cerca de 36 meses. Já a ferrovia, a cargo da estatal Valec, está dois anos atrasada e deve ter esse trecho pronto em junho de 2014.

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O descompasso de cronograma leva a mineradora, controlada pela Eurasian Natural Resources Corporation (ENRC), a pensar em um “plano B” que está longe de lhe agradar. A alternativa logística prevê escoar o minério de ferro pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e pelo porto de Aratu, mas os gargalos existentes – os trilhos da FCA têm bitola estreita e o terminal portuário está saturado – limitam a produção em 1 milhão de toneladas por ano até o plano original sair do papel.

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“Estamos tendo todo o apoio do governo da Bahia, das prefeituras, das bancadas de deputados estaduais e federais”, afirma o presidente da Bamin. “Mas só existe uma maneira [de viabilizar o porto]: mostrar que o projeto é benéfico à população. Mais do que a oposição, as atitudes protelatórias que venham a ocorrer são uma crueldade para uma massa de trabalhadores que aguardam o empreendimento para ter uma vida melhor”, diz.

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Os estoques de minério da jazida em Caetité duram 20 anos, segundo o executivo, mas ele antecipa que “há reservas adicionais ainda não consideradas nos estudos de viabilidade”. A ENRC, controlada por uma multinacional com origem no Cazaquistão, não fala em desistir do projeto por causa do atraso. Mas demonstra insatisfação: “O nosso plano de negócios foi feito para estar concluído no fim de 2014”.

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Apesar da liderança da Bamin, outros projetos importantes estão sendo atraídos. O governo baiano espera 15 empresas, no dia 21 de maio, para a manifestação de interesse no uso das futuras instalações do Porto Sul. Espera-se fazer o escoamento para exportação, pelo novo complexo portuário em Ilhéus, de parte do óleo de soja produzido pela Cargill e pela Bioclean nos municípios de Barreiras e de Luís Eduardo Magalhães, região do oeste do Estado onde a ferrovia também deverá chegar até o fim de 2015.

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De acordo com o governo estadual, a Sul Americana de Metais – empresa do grupo Votorantim – construirá um mineroduto de 491 quilômetros entre Salinas (MG) e Ilhéus. A previsão é escoar 12,5 milhões de toneladas de minério de ferro em 2013, pelo novo porto, e duplicar esse volume no ano seguinte. Outras cargas, como clínquer e alumina, poderão usar as instalações. Espera-se ainda atrair uma siderúrgica à região, transformando o complexo portuário numa área de indústrias, alimentando os sonhos – e angústias – da população local. 

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Fonte: Valor Econômico

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