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Escoamento é prioridade no Rio de Janeiro e Espírito Santo

28 de junho de 2013

O Rio de Janeiro e o Espírito Santo contam com uma série de projetos na área portuária que deverão elevar a capacidade de escoamento de cargas nos dois Estados. Jorge Mello, presidente da Cia Docas do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro e o Espírito Santo contam com uma série de projetos na área portuária que deverão elevar a capacidade de escoamento de cargas nos dois Estados. Jorge Mello, presidente da Cia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), informa que estão previstos R$ 7 bilhões em investimentos públicos e privados nos portos do Rio, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis. No Porto do Rio, há obras de reforços de cais que vão consumir R$ 200 milhões e um novo terminal de passageiros, com construção de três píeres de atracação, investimento de R$ 314 milhões.

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E há também obras de dragagem do canal de acesso ao cais da Gamboa, para elevar a profundidade de 10 m para 13,5 m, avaliadas em R$ 95 milhões. Entre os investimentos privados no Porto do Rio, estão R$ 300 milhões programados pela Libra Terminais e R$ 450 milhões da Multiterminais.

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A maior parte dos investimentos do Estado, porém, está concentrada no Porto de Itaguaí. As obras incluem a adequação do terminal para exportação de carvão, orçada em R$ 3,7 bilhões, e a construção de um novo terminal de granéis sólidos com 25 milhões de toneladas de capacidade, avaliada em R$ 1,5 bilhão. Estão previstas ainda a adequação do berço 1, investimento de R$ 150 milhões; e a do terminal de contêineres, estimada em R$ 350 milhões.

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Mas a construção de um terminal de minério na região conhecida como a área do meio – projeto de R$ 1,5 bilhão que a CDRJ tenta licitar desde 2007 – terá a licitação agora a cargo da Secretaria Especial de Portos (SEP) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), segundo a nova Lei dos Portos. Após autorização do TCU, que havia embargado a licitação, a CDRJ já estava pronta para lançar o edital, mas agora terá de aguardar. “A SEP divulgou um cronograma, e esse projeto ficou como prioridade 4. Já temos estudos de viabilidade e licença ambiental que podem facilmente ser adaptados à nova legislação”, diz Mello.

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Caso saia do papel, terá de concorrer com o Superporto do Sudeste, terminal de minério da MMX, mineradora do Grupo EBX. O Sudeste está entre os ativos mais cobiçados do grupo, e em vias de ser negociado para minimizar a crise financeira das empresas de Eike Batista. Segundo Luciano Ferreira, diretor de operações do Sudeste, quem adquirir o empreendimento vai ter acesso a um dos poucos terminais de minério do país, que consumiu investimentos de R$ 2,4 bilhões, está com 80% das obras finalizadas e entra em operação em dezembro com o embarque inicial de 60 mil toneladas.

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“Já estamos preparados para o início da operação com a contratação de 221 profissionais. O Sudeste é atrativo porque nasce com uma capacidade inicial de 50 milhões de toneladas podendo chegar a 100 milhões numa segunda fase. E como está ao longo da ferrovia da MRS, no lado Oeste do Quadrilátero Ferrífero de Minais Gerais, dá acesso às mineradoras da região ao mercado mundial. Além disso, é totalmente automatizado”, diz Ferreira.

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Ainda em Itaguaí, fora da área do porto organizado, continua o impasse em torno da construção de três novos terminais pela Gerdau, CSN e Petrobras, cada uma com sua própria área em terra, mas cujos projetos disputam o mesmo espelho d’água. A Gerdau informa que já concluiu o projeto conceitual que está em análise juntamente com a Petrobras e a CSN e o governo do Estado do Rio. Na primeira fase, a capacidade do terminal será de 35 milhões de toneladas anuais de exportação de minério de ferro e de 5 milhões de toneladas anuais de importação de carvão mineral.

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“O governo do Estado tem interesse em resolver a questão e nos procurou para que as empresas usassem uma área do Porto de Itaguaí. Mas não concordamos, pois o que não pode acontecer é que, por conta de um projeto privado, a área pública seja atrapalhada”, diz Mello. Como alternativa, a empresa propôs à Petrobras, que a estatal participasse de uma licitação para uma área onde havia sido feito um projeto para um terminal de granéis líquidos que não se mostrou viável.

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A Petrobras informa que o projeto do terminal portuário de Itaguaí ainda se encontra na fase de estudos preliminares. A empresa acrescenta, ainda, que o uso do Porto do Açu também encontra-se em estudos e, juntamente com outras alternativas, é considerado para futura utilização.

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O Espírito Santo é dos poucos Estados onde foi aprovada a criação de um novo porto público. A Companhia Docas do Espírito Santo – Codesa está investindo R$ 4 milhões no estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental para o porto da águas profundas, projeto estimado em R$ 2 bilhões. “O estudo de localização apontou a região de Ponta da Fruta, em Vila Velha, após analisar também Praia Mole, em Vitória, Barra do Riacho, em Aracruz, e Ubu, em Anchieta”, diz Hugo Ambos, diretor de Infraestrutura e Operações da Codesa.

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A empresa entrega em julho as obras de contenção e ampliação dos berços 101 e 102 do Cais Comercial de do Porto de Vitória. O projeto acrescentou 100 metros de comprimento e 20 de largura à área operacional do porto, passando o pátio de estocagem e manuseio de cargas de 26.000 metros quadrados para 40.000 metros quadrados. Junto com a dragagem, a iniciativa permitirá a atracação de navios dentro da concepção do navio-tipo do Porto de Vitória, que contempla até 244 m de comprimento e 12,5 m de calado.

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Entre os investimentos privados, a Itaoca Offshore é um projeto greenfield sendo o primeiro terminal de serviços offshore para a indústria petrolífera brasileira, projetado e construído especificamente para essa função. Será instalado no município de Itapemirim (ES) e, segundo Álvaro Oliveira, diretor de operações da empresa, encontra-se na fase de licenciamento ambiental e de captação de investidores por meio de road shows. (CN)

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Fonte: Valor Econômico

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