Escola de negócio canadense reúne finanças e mineração em curso de MBA

A Schulich School of Business, da Universidade York, que oferece MBAs em áreas que vão de gestão da saúde a mercado imobiliário e infraestrutura, forma sua primeira turma de MBA em gestão de mineração global nesta primavera [outono no hemisfério Sul]. A escola chamou Richard Ross, ex-executivo-chefe da Inmet Mining, para conceber e dirigir o programa em 2011, depois que o Instituto de Mineração do Canadá (CIM, na sigla em inglês), um grupo de negócios que representa companhias como a Kinross Gold e a BHP Billiton, aproximou a escola do desenho de cursos de negócios para o setor. O CIM, diz Ross, “está muito preocupado com o cenário em relação a profissionais do setor de energia. Eles veem uma deficiência de trabalhadores qualificados em todos os níveis, de mineradores a executivos”.

Ross chama Toronto de “a capital financeira mundial da mineração” e estima que entre 70% e 80% das ofertas de ação na Bolsa de Valores de Toronto e na TSX Venture Exchange pertençam ao setor. “Com isso vem um forte investimento bancário, análise de mineração e todas as indústrias periféricas, como as de equipamentos e consultoria”, ele diz.

O programa contou com 30 alunos neste ano acadêmico e até agora 36 se inscreveram para o próximo. Empregadores em quase todos essas ramificações mostraram interesse na primeira leva de formados do programa. Um evento informal de recrutamento trouxe 31 representantes do setor, de empregadores como Barrick Gold, Canaccord Genuity, Hatch Consulting, Atlas Copco, Inmet e da Bolsa de Valores de Toronto.

Minerais e produtos minerais contabilizaram cerca de 16% das exportações canadenses en fevereiro e ações de companhias de mineração do Canadá com capitalização de mercado de 50 milhões de dólares canadenses (US$ 49 milhões) ou mais retornaram uma média de 5,3% nos últimos três anos, segundo dados compilados pela “Bloomberg”. Empregos no setor estão em alta de cerca de 8% desde março de 2011. “O setor é obviamente importante para a economia canadense e nesse sentido despertou meu interesse”, diz Kyle Franklin, estudante do segundo ano do programa que se forma nesta primavera [outono no hemisfério Sul].

Franklin administrou um plano de pensão na State Street antes do curso e espera fazer pesquisa de ação no setor para a Canaccord Genuity depois da formatura. Ele entrou na escola sem conhecimento do setor de mineração, mas isso mudou rapidamente, já que o currículo é fortemente carregado com palestrantes incluindo banqueiros, consultores, auditores e contadores que estão todos focados no setor. Estudantes são desafiados com exercícios, como previsão de vida de uma mina e um projeto de consultoria em equipe para uma empresa do setor de mineração, antes de se formar.

Uma das experiências mais valorizadas e memoráveis de Franklin ocorreu em fevereiro, ele diz, quando ele e outros oito estudantes visitaram a mina de níquel da Vale na cidade de Sudbury, em Ontário. A viagem foi organizada pela escola. “Nós ficamos embaixo da terra por cerca de três horas e pudemos ver tudo o que eles fazem lá embaixo – dinamitar, extrair, triturar. Na superfície, visitamos as dependências deles e vimos como o moinho funciona e o que acontece com as sobras”, ele diz. “Todas aquelas coisas nós vivenciamos em primeira mão.”