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ESG, geopolítica e mudanças climáticas lideram top 10 de oportunidades e riscos para o setor de mineração e metais no Brasil

12 de junho de 2023

Estudo produzido pela EY, em conjunto com o IBRAM, traz os principais desafios que o setor deve superar para manter a relevância dos últimos anos

ESG, geopolítica e mudanças climáticas são os temas de maior atenção para o setor de mineração e metais, segundo levantamento da EY, uma das maiores consultorias e auditorias do mundo, realizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). O estudo “Riscos e Oportunidades de Negócios em Mineração e Metais no Brasil”, que traz o top 10 de riscos e oportunidades, além de um breve panorama do setor e sua relevância para a economia nacional, foi lançado nesta terça-feira, 6/6, no escritório do IBRAM, em Belo Horizonte (MG). Clique aqui para acessar o estudo.

O diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, ressalta que o estudo é extremamente importante para o setor, por ele, de uma forma definitiva, fazer associação entre a mineração brasileira e o futuro do Brasil e da própria humanidade. “Destacaria três pontos que considero estratégicos do estudo feito pela EY: em primeiro lugar, a questão da Agenda ESG, em segundo lugar a questão da geopolítica, sobretudo ao conflito entre a Ucrânia e a Rússia, e, por fim, a questão que envolve o risco climático e a transição energética”, diz.

ESG, geopolítica e mudanças climáticas lideram top 10 de oportunidades e riscos para o setor de mineração e metais no Brasil

Raul Jungmann participa da apresentação do estudo feito pela EY, em parceria com o IBRAM

Para Afonso Sartorio, líder de Energia e Recursos Naturais da EY, o ESG estar no topo do ranking evidencia a importância dessa pauta para o setor. “Estar em conformidade somente com a legislação e regulamentação referentes a esses três pilares já não é suficiente em um mundo que espera valor compartilhado com real impacto positivo”, ressalta.

A crescente busca por minerais e metais produzidos de maneira mais limpa e sustentável apresenta novas oportunidades de negócio, uma vez que os clientes estão dispostos a investir mais em tais produtos. Investir na redução de carbono, e na reciclagem de produtos também são apostas do setor. Quantos aos riscos, impactos da mudança climática, como enchentes, crises no sistema elétrico, falta de água potável, entre outras questões, acrescidos de falhas na governança corporativa que comprometem a segurança socioambiental, tem consequências para os custos das empresas e, em muitos casos, inviabilizam sua licença social para operar.

Em segundo lugar no levantamento está a geopolítica, que vem gerando consequências diretas no setor devido às sanções impostas para a Rússia pela União Europeia, aumento do custo de energia na Europa por conta da guerra, além das constantes tensões entre Estados Unidos e China, mudanças nos governos estaduais e federal aqui no país. Para Sartório, “esses pontos tornaram o mercado mais volátil, impactando nos preços e influenciando o destino dos investimentos”.

As mudanças climáticas, apontado como terceiro maior ponto de atenção e oportunidade pelo estudo, exigem, entre outros aspectos, o foco na redução de emissões e investimento em pesquisa e desenvolvimento de novos processos, produtos e serviços para se manter relevante no mercado a longo prazo.

Fechando o top 10 estão: licença para operar, custos e produtividade, interrupções na cadeia de suprimentos, força de trabalho, capital, digital e inovação e novos modelos de negócios.

“No Brasil, houve crescimento da demanda e da margem de lucro de alguns metais, como ouro e aço e, para alguns executivos ouvidos, este cenário deve se manter em 2023, no entanto, poderão sofrer pressão de riscos jurídicos, como novas tributações”, afirma Raul Jungmann. “Em um cenário de concorrência global por investimentos, o Brasil chama a atenção pelo potencial econômico de seus recursos minerais de alta qualidade, sítios geológicos inexplorados, além de uma matriz elétrica de baixo carbono quando comparada a outros países”, finaliza.

As projeções crescentes de preço de créditos de carbono nos mercados europeu e americano e a expectativa de criação de um mercado de carbono regulado no Brasil indicam que as empresas devem reduzir suas emissões de gases de efeito estufa – o que também demanda mudanças nas cadeias operacionais. “Para as emissões que não podem ser reduzidas, é preciso planejar formas de compensá-las. Neste sentido, o manejo de florestas, por exemplo, é uma das novas atividades das mineradoras”, complementa Afonso.

Por fim, a força de trabalho foi um destaque da pesquisa global de 2023. A crescente consciência a respeito das atividades com altos riscos ao meio ambiente e à sociedade, dificulta que novas gerações se interessem em mineração e metalurgia. “Avançar nas práticas ESG impactará positivamente na construção de uma cultura organizacional mais atualizada e um posicionamento mais atrativo para talentos. O que, mais uma vez, reforça porque as questões de ESG estão no topo das oportunidades”, finaliza o executivo da EY.

Já para Raul Jungmann, “a mineração está conectada a extensas cadeias produtivas, sendo insumo para todos os setores da indústria da transformação, além de criar a expectativa de ajudar a construir comunidades prósperas, com objetivos específicos em educação, saúde e geração de renda. Nosso futuro está intimamente conectado à evolução da indústria da mineração”.

A mineração foi responsável por 40% do saldo brasileiro na balança comercial em 2022 e o faturamento do setor no ano foi de R$ 250 bilhões. Dados dessa indústria apontam que, no Brasil, 80% de toda energia elétrica utilizada é produzida a partir de fontes renováveis, enquanto a média global é de 29%. Já em relação à matriz energética, 48% provém de fontes renováveis no Brasil, enquanto a média global é de 15%. Isso significa que o potencial da mineração brasileira pode ainda ser positivamente impactado pela busca global por minerais e metais “verdes”.

ESG, geopolítica e mudanças climáticas lideram top 10 de oportunidades e riscos para o setor de mineração e metais no Brasil

Diretores do IBRAM e especialistas do setor mineral participam da apresentação do estudo. Crédito: Divulgação

Sobre a EY

A EY existe para construir um mundo de negócios melhor, ajudando a criar valor no longo prazo para seus clientes, pessoas e sociedade e gerando confiança nos mercados de capitais. Tendo dados e tecnologia como viabilizadores, equipes diversas da EY em mais de 150 países oferecem confiança por meio da garantia da qualidade e contribuem para o crescimento, transformação e operação de seus clientes. Com atuação em assurance, consulting, strategy, tax e transactions, as equipes da EY fazem perguntas melhores a fim de encontrarem novas respostas para as questões complexas do mundo atual.

A EY tem também uma meta ambiciosa de impactar positivamente 1 bilhão de pessoas até 2030, através do seu programa de responsabilidade corporativa, EY Ripples, plataforma que permite que os colaboradores se envolvam em iniciativas comunitárias e sociais mais amplas. Para saber mais como a EY tem gerado valor no longo prazo para seus stakeholders, acesse o nosso relatório EY Value Realized, relatório integrado que apresenta nossos resultados nos pilares do ESG de acordo com as métricas do World Economic Forum — International Business Council Stakeholders Capitalism Metrics.

EY se refere à organização global e pode significar uma ou mais associadas da Ernst & Young Global Limited, cada uma delas uma pessoa jurídica independente. A Ernst & Young Global Limited, companhia britânica limitada por garantia, não presta serviços a clientes. Informações sobre como a EY coleta e utiliza dados pessoais, bem como uma descrição dos direitos individuais de acordo com a legislação de proteção de dados, estão disponíveis aqui. As afiliadas da EY não exercem o direito se essa prática for proibida pelas leis locais. Para mais informações sobre a nossa organização, visite o site.

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