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Estudo do CPRM apresenta variedade mineral do Estado do Piauí

11 de outubro de 2016

Hoje, o Piauí é apenas a 25ª unidade federativa do Brasil em arrecadação na Compensação Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais (CFEM), os royalties da mineração

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) concluiu o Mapa dos Minérios do Piauí, estudo que mostra a variedade de minérios encontrados no Estado, como calcário, minério de ferro, ouro, talco e manganês, entre outros. Hoje, o Piauí é apenas a 25ª unidade federativa do Brasil em arrecadação na Compensação Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais (CFEM), os royalties da mineração.
 
O chefe da Unidade Regional do CPRM, engenheiro Cláudio Damasceno, afirmou que esse novo quadro é a última atualização do Mapa Geológico do Estado e demonstra algumas potencialidades que ele tem em minérios.
 
Neste ano, o Piauí arrecadou R$ 1 milhão com a CFEM, valor maior que os Estados do Acre, com R$ 184 mil e Roraima, R$ 135 mil. A arrecadação do Piauí representa somente 0,75% do total arrecadado neste ano no Brasil, R$ 1,4 bilhão. No ano passado, o Estado arrecadou R$ 1,6 milhão e em 2014 R$ 3 milhões com a CFEM.
 
Os principais municípios arrecadadores de CFEM do Piauí são a capital Teresina, que possui lavra de saibro, ilmenita, areia e água mineral, e o município de Antônio Almeida, onde se extrai calcário. Em Teresina, além das lavras autorizadas, de acordo com o website Jazida.com, existem pesquisas e licenciamentos na cidade para minério de ferro, ouro, calcário, seixos, diabásio, entre outros minérios.
 
O assessor da diretoria da CPRM, Francisco Lages Correia Filho, disse que o Piauí hoje é bastante atrativo no setor mineral porque reúne condições geológicas favoráveis, principalmente da região que vai do extremo Sul até a região de Pio IX e Fronteiras, na parte Sudeste do Estado. Segundo ele, nestes locais há ambiência geológica favorável para cobre, chumbo, zinco, ferrocobalto, níquel, ferro, manganês, fosfato, mármores, calcários e outros minerais.
 
“O Piauí chegou a ocupar o 3º lugar em solicitação ao Departamento Nacional de Pesquisas Minerais (DNPM) para estudos para extração de minérios no cenário nacional. A natureza dos terrenos do território do Estado é altamente favorável e hoje, com todos os instrumentos que nós temos para atrair investidores, o Piauí foi capaz de atrair muitos investidores para prospectar o potencial mineral do Estado. O Piauí ainda é carente de infraestrutura, nós não temos ainda uma infraestrutura para o transporte de minérios. Nós precisamos da conclusão da ferrovia Transnordestina, nós precisamos de um porto, de energia. Nós temos que colocar isso à disposição dos investidores e eles possam, confiantemente, investir em nosso Estado, no setor mineral, que é hoje no Brasil e no Nordeste brasileiro é, hoje, um dos mais atrativos”, declarou Correia Filho.
 
Atualmente, o Piauí, com 4.172 processos junto ao DNPM, responde por 2,3% do total de 180.985 mil processos existentes no Brasil. O Estado é, segundo o website Jazida.com, o 14º em processos junto ao DNPM, à frente de estados como Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Maranhão, Tocantins e Pernambuco, entre outros.
 
De acordo com Correia Filho, na região de São Raimundo Nonato, São João do Piauí e Dom Inocêncio existem minério de ferro, manganês, calcários, talco, cobre, chumbo, zinco e níquel, que é explorado pela mineradora BR Níquel no município de Gervásio Oliveira. No extremo Sul do Piauí, na região dos municípios de Anísio de Abreu, Parnaguá, Curimatá e Corrente existem potencial e depósitos descobertos de cobre, de titânio, ferro, manganês, ouro, níquel, cobalto, titânio, zinco, alumínio, granitos e rochas graníticas.
 
Segundo Correia Filho, na bacia sedimentar, onde ficam os municípios de Hugo Napoleão, Floriano, Itaueira, Novo Oriente do Piauí, Canto do Buriti, há ocorrência dos diabásios, que são rochas vulcânicas, para brita e rochas ornamentais e para revestimentos de vias públicas.
Na região dos municípios de Esperantina, Matias Olímpio e Campo Largo, conforme marca o Mapa dos Minérios do Piauí, tem diabásios, potenciais para cobre, arenitos, quartzitos, que são utilizados no revestimento de paredes e de vias públicas. Na região dos municípios de Gilbués e Monte Alegre do Piauí são encontrados diamantes.
 
Nos municípios de Monsenhor Gil e Demerval Lobão são encontrados diabásio e arenito. Na região de Castelo do Piauí são encontrados quartzitos, ardósia e fosfato. Na região dos municípios de Pedro II, Nova Olinda e Buriti dos Montes são encontradas as opalas. “É uma das melhores opalas do mundo”, ressaltou Correia Filho.
 
 
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