Na visão do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), a sustentabilidade é fundamental para o desenvolvimento de qualquer segmento da atividade extrativa minerária moderna.
A mineração empresarial das próximas décadas já está em discussão e uma das temáticas que mais exige atenção dos executivos e investidores internacionais é o aperfeiçoamento constante das práticas sustentáveis aplicadas tanto à produção quanto aos demais processos industriais. Na visão do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), a sustentabilidade é fundamental para o desenvolvimento de qualquer segmento da atividade extrativa minerária moderna.
Na próxima quarta-feira (4.10), em Brasília (DF), diferentes setores da indústria nacional estarão reunidos mais uma vez para apresentar os avanços alcançados na agenda da sustentabilidade. No encontro, o IBRAM lançará o caderno setorial “Mineração e economia verde”. Segundo a gerente de Assuntos Ambientais do IBRAM, Cláudia Salles, o IBRAM trata sempre de fomentar a sustentabilidade como prática habitual do setor, entendendo o papel da mineração como transformadora dos padrões de vida da sociedade. Essa publicação busca mais uma vez difundir as boas práticas adotadas pelas mineradoras para toda sociedade brasileira”.
Responsável por 11,6% das exportações brasileiras, a indústria extrativa mineral emprega cerca de 185 mil trabalhadores e representa 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. De acordo com o estudo “Mineração e Economia Verde”, o setor reúsa cerca de 85% da água em seus processos. A publicação, que integra um conjunto de documentos do projeto CNI Sustentabilidade. Destaca que o conhecimento geológico mais detalhado do território a ser explorado é decisivo para a redução dos resíduos gerados pelo setor. Além disso, a publicação contém práticas que garantem a disposição adequada e segura dos rejeitos gerados pelo setor de mineração.
Como representante das principais mineradoras do País, o IBRAM busca investir sempre em parcerias e estudos para estabelecer um novo tipo de relação entre os empreendimentos de mineração e os territórios onde a atividade está inserida, além de construir metodologias de diálogo com populações tradicionais e povos indígenas.
Água na mineração
Os empreendimentos minerários destacam-se pela sua significativa interação com os recursos hídricos superficiais e subterrâneos, seja pelo seu uso nos processos produtivos, seja por estarem localizados nas regiões de nascentes e recarga hídrica. A utilização da água não se limita ao processo de lavra, mas também se estende para as atividades de beneficiamento e transporte dos minérios, como também ao encerramento da mina.
O contexto hidrológico no qual se localizam os veios é importante para determinar a eficiência e a viabilidade técnica e econômica de uma lavra. As empresas de mineração planejam, desde a fase de pesquisa até o pós-fechamento, com ferramentas apropriadas, desenhando e implantando as medidas preventivas e corretivas mais adequadas. A boa gestão hídrica é um elemento de competitividade porque o insumo é essencial para as operações e porque seus custos – infraestrutura, acesso, despoluição, etc – são significativos.
Práticas empresariais e setoriais relacionadas com os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS)
Em 2014, o IBRAM juntamente com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o governo do Brasil e demais parceiros e apoiadores, promoveram o primeiro diálogo global sobre indústrias extrativas e a então proposta da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os ODS. Como resultado desse diálogo um processo de mapeamento de impactos relacionados com a indústria da mineração sobre os propostos ODS foi iniciado e o estudo “Atlas: Mineração e ODS” foi elaborado.
O Atlas é baseado em pesquisas ocorridas em áreas de trabalho e entrevistas com mais de 60 especialistas globais da indústria, sociedade civil, governos, universidades, organizações internacionais e instituições financeiras, realizadas entre junho e agosto de 2015.
Este Atlas mapeia a relação entre a mineração e os ODS, utilizando exemplos de boas práticas existentes na indústria e os conhecimentos e recursos relativos ao desenvolvimento sustentável que, se forem replicados ou ampliados, poderiam prover contribuições úteis para os ODS.
Mudança no Clima
O tema Mudanças Climáticas vem a cada dia se tornando um balizador das atividades humanas, quer sejam produtivas ou não. Nessa convergência, o Governo Federal promulgou a Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC) – Lei no 12.187/2009, que dentre outras providências, instituiu a elaboração de Planos Setoriais de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), incluindo um estudo para o setor de Mineração.
Desde 2011, o IBRAM vem trabalhando no sentido de mapear as emissões de GEE do Setor Mineral, que teve como ano base, 2008. A primeira etapa deste trabalho se deu com a realização do 1º Inventário de Gases de Efeito Estufa do Setor Mineral. Em 2012, o IBRAM assumiu novamente a condução do processo de desenvolvimento de um novo Inventário, este com o ano base 2011.
CNI Sustentabilidade 2017
Robótica, internet das coisas, realidade virtual, inteligência artificial, big data, nanotecnologia, indústria 4.0 – são alguns dos exemplos de tecnologias que vêm mudando a forma como enxergamos e interagimos com o mundo. Refletir como essas inovações podem afetar o ambiente de negócios e impactar o crescimento sustentável de economias como a do Brasil é um dos objetivos desta 6ª edição do CNI Sustentabilidade.
O evento também irá debater os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, lançados pela ONU em 2015, e as experiências internacionais sobre instrumentos econômicos para a precificação de carbono e a agenda de mudança do clima no Brasil, para o cumprimento dos compromissos assumidos na COP-21 (Acordo de Paris).
O CNI Sustentabilidade é uma ação de mobilização do setor empresarial para um debate sobre tendências de negócios, tecnologias inovadoras, oportunidades e desafios para nortear a indústria na busca da competitividade com sustentabilidade, em estreito alinhamento com o Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022.
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