NOTÍCIAS

Evento discute mudança na matriz energética

26 de setembro de 2012

rnEncontro realizado nesse mês reuniu especialistas do país e do exterior e mostrou o potencial da mineração para combater as mudanças climáticasrnO objetivo de vários países em efetivamente redu

rn

Encontro realizado nesse mês reuniu especialistas do país e do exterior e mostrou o potencial da mineração para combater as mudanças climáticas

rn

O objetivo de vários países em efetivamente reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE) não passa necessariamente pela redução da atividade das indústrias e das demais empresas. O segredo está na gestão eficiente. É o que defende o diretor do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, na sigla em inglês), John Drexhage.

rn

A avaliação foi apresentada durante o 2º Seminário Internacional de Gestão da Energia na Indústria de Mineração (Enermin), realizado entre os dias 10 e 12 deste mês, em Salvador (BA). O evento reuniu especialistas de mais de dez países para promover o intercâmbio de conhecimentos e experiências sobre sistemas de gestão de energia aplicados à atividade mineral.

rn

Segundo Drexhage quando se fala em controle ou diminuição das emissões de gases de efeito estufa logo se pensa em uma diminuição da atividade, o que interfere de forma negativa no desenvolvimento. “No entanto, essa é uma ótima oportunidade para melhorar a gestão e eficiência energética, algo estratégico para as empresas e para as nações”, ponderou.

rn

A observação não vem de um lugar comum. O ICMM é um fórum sediado em Londres, que reúne 22 das maiores empresas de mineração do mundo. A proposta é aprimorar as formas como atuam as companhias do setor e para tanto, o conselho trabalha em várias questões, que contemplam mudança climática, saúde e a segurança de comunidades e o impacto da mineração na biodiversidade, por exemplo.

rn

De acordo com a Organização das Nações Unidas para o Câmbio Climático (UNFCCC, na sigla em inglês), 80% da responsabilidade pela mudança climática cabe ao setor energético. Isso porque atualmente quatro quintos da energia que sustenta a produção econômica total do planeta provêm da queima de combustíveis fósseis.

rn

Diante desse cenário, na opinião dos especialistas que participaram do encontro a mineração é uma aposta para uma mudança na matriz energética mundial e, consequentemente, no combate às mudanças climáticas. Por ser uma indústria de base, muitos bens minerais são insumos para o desenvolvimento das energias alternativas. Mas a própria indústria deve estar atenta quanto à sua própria emissão de GEEs.

rn

Em alguns países, o desafio de buscar uma matriz energética renovável se torna mais difícil devido às suas características naturais, como é o caso do Chile. Segundo o gerente sênior de Energia e Água e Recursos Hídricos da mineradora Codelco, Andrés Alonso, o país apresenta escassez de energia natural, o que torna o uso do carvão uma boa possibilidade de atender a demanda energética.

rn

“Cerca de 75% da energia chilena é importada. Então não podemos abdicar de nenhuma possibilidade de reduzir essa dependência. Diante desse cenário, precisamos aumentar o consumo de carbono e consequentemente nossas emissões. Mas vamos tomar as medidas necessárias para que o efeito causado no meio ambiente seja o menor possível”, afirmou. Ainda segundo ele, além de procurar tecnologias que capturem o carbono emitido, o Chile determinou como meta atingir 10 % de energia renovável na matriz energética do país até 2024.

rn

Durante o Enermin 2012, os especialistas em mineração e em energia destacaram que a humanidade tem 10 ou 20 anos, no máximo, para substituir a fonte primária da energia consumida pela economia mundial. Na opinião do diretor de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Ribeiro Tunes, a esse desafio se soma o aumento do consumo energético mundial.

rn

Dados apresentados por ele no encontro, das sete bilhões de pessoas no mundo 1,7 bilhão não têm acesso à energia. Sem mencionar o crescimento que os países emergentes apresentam, o que aumenta a pressão nas emissões de gases de efeito estufa (GEEs).

rn

Bom exemplo

rn

No dia 17 deste mês, a Unidade de Negócio Níquel da Anglo American, uma das principais companhias do setor de mineração no mundo, obteve a classificação “ouro” no inventário do Programa Brasileiro GHG Protocol. Trata-se de uma iniciativa voluntária de mapeamento corporativo de emissões de gases de efeito estufa do país.

rn

Para obter status “ouro” no programa, as empresas precisam verificar externamente e divulgar todas as emissões diretas da operação, além das emissões referentes à energia elétrica consumida e às emissões indiretas, que englobam bens e serviços comprados, transporte e distribuição, resíduos gerados nas operações e viagens a negócios.

rn

De acordo com o inventário do exercício de 2011, a Anglo American diminuiu em aproximadamente 14% as suas emissões de GEE, de 21.347,37 toneladas de CO2 em 2010 para 18.416,166 toneladas em 2011. Do total de 93 empresas que participaram do programa, apenas 37 foram reconhecidas com o selo ouro nessa edição. Presente no Brasil desde 1973, a empresa tem sede no Reino Unido e ações negociadas nas bolsas de Londres e Johanesburgo.

rn

 

Fonte: Responsabilidade Social

Compartilhe:

LEIA TAMBÉM



Empresários e governo da Malásia buscam IBRAM para parcerias comerciais em mineração

10 de fevereiro de 2025

O IBRAM recebeu, em sua sede, em Brasília, uma missão representativa do Estado de Perak, organizada pela embaixada da Malásia….

LEIA MAIS

IBRAM defende projetos de inovação apoiados pelo BNDES

27 de abril de 2023

Em nota divulgada nesta 5ª feira, 27/4, o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) manifesta o seguinte: Não existe no mundo…

LEIA MAIS

Dirigentes do IBRAM debatem futuro do setor no seminário Mineração &/X Comunidades

6 de outubro de 2020

Flávio Penido, diretor-presidente do IBRAM, Wilson Brumer, Presidente do Conselho do IBRAM, e Rinaldo Mancin, diretor de Relações Institucionais do…

LEIA MAIS