rnEnquanto nos países da zona do euro o desemprego é superior a 11% e a taxa de crescimento está próxima de zero, indicando recessão, no Brasil ocorre algo inusitado.rnNeste ano, o país deve crescer em torno
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Enquanto nos países da zona do euro o desemprego é superior a 11% e a taxa de crescimento está próxima de zero, indicando recessão, no Brasil ocorre algo inusitado.
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Neste ano, o país deve crescer em torno de 1,5%. Nessas condições, o desemprego deveria ser elevado, como sempre, mas não será.
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A taxa de desemprego caminha para se estabilizar em torno de 5,4% ao ano, um número muito baixo. Para o próximo ano, estima-se crescimento de 4%, e o desemprego tenderá a ser ainda menor.
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O que explica a divergência? O que esperar no futuro?
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O avanço no Brasil tem ocorrido pela expansão do crédito às pessoas físicas e da demanda externa por commodities (minério e grãos).
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A mudança brusca na demanda pelas commodities e no crédito causou um choque interno, que, de um lado, causou a retração da produção, do lucro empresarial e dos investimentos, e, de outro, aumentou a inadimplência das famílias no sistema bancário.
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Se os investimentos caíram, como se explica o fato de o emprego ter aumentado?
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A expansão do crédito impulsionou, principalmente, o avanço das atividades do setor de serviços, que absorveu a mão de obra desempregada da indústria. Ademais, o custo de demitir é alto.
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E, como as expectativas de crescimento a partir do próximo ano são consistentes, os empresários estão adiando a possibilidade de demissão.
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Nos últimos anos, a redução da informalidade tornou onerosa a recontratação. Como a taxa de crescimento da oferta de mão de obra economicamente ativa é cadente, ela também favoreceu a queda do desemprego.
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A taxa de crescimento da renda familiar tende a ser maior nos próximos anos, abrindo espaço para mais endividamento na compra de bens duráveis e serviços.
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Se somarmos a isso os programas de investimentos do governo federal na infraestrutura e em modais logísticos superior a R$ 100 bilhões por ano, até 2017, aumentará a demanda por mão de obra.
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Essas perspectivas serão responsáveis pela nova história do crescimento, da competitividade e do emprego.
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Fonte: Folha de S. Paulo
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