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Exploração exige técnicas cada vez mais inovadoras

18 de novembro de 2014

Cada vez mais, as mineradoras recorrem a soluções tecnológicas inovadoras para extrair metais. Assim como na indústria de petróleo, está perto do fim o tempo de exploração fácil do min&ea

Cada vez mais, as mineradoras recorrem a soluções tecnológicas inovadoras para extrair metais. Assim como na indústria de petróleo, está perto do fim o tempo de exploração fácil do minério. Hoje, os metais são extraídos a profundidades cada vez maiores.

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Ter minas subterrâneas não é algo trivial. Exige construir túneis de ventilação tanto para a respiração dos funcionários quanto para os motores de combustão de equipamentos. E, assim como na exploração do petróleo, fazer um furo é uma operação custosa, que pode passar de US$ 1 bilhão. A mineração do futuro envolve menos gente e mais meios para gerenciar as máquinas elétricas à distância, já que é preciso controlar o que está a centenas de metros abaixo do centro de controle ou em lugares remotos, como a Amazônia.

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“A mineração brasileira é compatível com o estado da arte da tecnologia em todo o mundo, mas a exploração em camadas profundas é incipiente no país, pois a tradição do Brasil, desde os tempos coloniais, sempre foi a exploração a céu aberto porque havia minério farto. Agora minérios como potássio e ouro estão tendo de ser extraídos em camadas mais profundas por empresas como a Vale e a AngloGold Ashanti “, diz Marcelo Ribeiro Tunes, diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

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Segundo Luiz Mello, diretor de tecnologia da Vale, o desafio é encontrar o minério que justifique a exploração econômica. Além de estudos geofísicos – que avaliam as interferências eletromagnéticas – e das análises sísmicas, estão sendo desenvolvidas novas técnicas como a que avalia raios cósmicos e partículas Muon. Trata-se de radiação presente no espaço que pode ter a trajetória alterada pelo campo gravitacional quando encontra um corpo, o que pode indicar a presença de minério.

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“A Vale já considera aprovar um projeto de pesquisa nessa linha. São novas técnicas para buscar corpos minerais que estão cada vez mais difíceis de encontrar”, diz Mello. Ele explica que a empresa faz exploração a céu aberto na maioria de suas minas. As exceções são as minas de potássio em Sergipe e a de manganês no Pantanal. Nem por isso, deixa de recorrer à alta tecnologia.

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O Projeto Ferro Carajás S11D, cujas características o diferenciam de qualquer empreendimento já instalado pela companhia, reúne vários exemplos de inovação. Entre eles, os principais equipamentos de S11D serão movidos a energia elétrica. Só tratores de esteiras, motoniveladoras e outras máquinas auxiliares continuarão consumindo diesel. Outra inovação do projeto é a utilização de equipamentos fabricados e instalados em módulos, conceito já usado pela indústria de petróleo na construção de plataformas marítimas. As estruturas, que vão compor a usina, são totalmente moduladas, num sistema pioneiro que fará com o que o concreto seja usado somente nas fundações.

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A AngloGold Ashanti opera minas de ouro a uma profundidade de 1,2 mil metros. Esse é o caso da Mina Cuiabá, situada no município de Sabará, na região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. A empresa também tem minas subterrâneas em Goiás, nas operações da Unidade de Negócio Serra Grande, na cidade de Crixás. São três minas subterrâneas e uma a céu aberto, além da planta de tratamento de minério.

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“São minas modernas com acessos por meio de caminhões capazes de transportar até 40 toneladas. A mina Cuiabá conta com mais de 100 km de túneis escavados, quatro poços de ventilação e um de elevador para transporte de pessoas, materiais e minério”, diz Camilo Farace, vice-presidente de operações em Minas Gerais.

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Ele diz que a mineração hoje não consegue sobreviver sem tecnologia. Na mina Cuiabá e em outras, estão sendo utilizadas sondas canadenses que realizam perfurações de até 2 mil metros. Farace explica que a precisão tem de ser maior do que nos campos de petróleo porque o corpo mineral pode ter apenas 5 metros de largura.

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Fonte: Valor Econômico

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