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Extrativo mineral cresce mais que grandes setores da indústria no Tocantins

1 de novembro de 2013

O segmento avançou 23,2% em 2012, segundo pesquisa da Fieto. Implantação de empreendimentos no estado contribuiu para o avanço.rnO extrativo mineral é um segmento em ascensão no estado. Embora seja o menor se

O segmento avançou 23,2% em 2012, segundo pesquisa da Fieto. Implantação de empreendimentos no estado contribuiu para o avanço.

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O extrativo mineral é um segmento em ascensão no estado. Embora seja o menor setor da indústria do Tocantins, foi um dos responsáveis pelo crescimento do PIB industrial, que aumentou 3,6% em 2012, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto). Em 2011, a fatia do setor no PIB foi de R$ 89 milhões, subindo para R$ 109 milhões em 2012. O segmento apresentou um crescimento de 23,2%, maior que o desempenho verificado entre os grandes da indústria (veja quadro no final do texto).

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“O estado tem potencial mineral importante”, diz o chefe de gabinete do sistema Fieto, José Roberto Fernandes. No futuro, explica ele, à medida que houverem mais pesquisas sobre o potencial mineral, o setor deverá crescer ainda mais. O motivo? A implantação de grandes empreendimentos no estado.

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“Houve um aumento da planta industrial a partir do investimento privado, o que provocou um aumento na quantidade de emprego e da massa salarial”, argumenta o gerente de desenvolvimento industrial da Fieto, Carlos Assis, sobre os motivos que provocaram o bom desempenho do setor.

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Duas indústrias podem ser destacadas: a MbAC, em Arraias, sul do estado, com a extração de superfosfato simples (SSP) para a produção de fertilizantes e a Votorantim, em Xambioá, norte do Tocantins, com a extração de calcários para a fabricação de cimentos. “Dois grandes empreendimentos com capital intensivo”, resume Fernandes.

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A MbAC começou a funcionar no segundo semestre deste ano. O primeiro ano completo da empresa no sul do estado será em 2014. “Este ano o impacto ainda foi pequeno”, disse o presidente da MbAC, Roberto Busato Belger. Ele destacou que o setor pode impulsionar ainda mais o crescimento do PIB no próximo ano. Segundo ele, a estimativa de produção anual da empresa é de 500 mil toneladas, quantidade necessária para abastecer mercados nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil e ainda diminuir a importação do produto no Tocantins.

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“A empresa é fundamental, é o maior complexo mineroquímico do sul do estado e a primeira e única produtora de fertilizantes da região Norte”, destaca Belger. A empresa, segundo o presidente, investiu R$ 600 milhões na implantação da indústria. O empreendimento promete ser fundamental para o Tocantins. “O minério vai possibilitar a abertura de novas áreas agrícolas”, conclui Belger.

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Com a instalação da indústria 400 empregos diretos foram gerados, a grande maioria proveniente do município de Arraias. A expectativa é que mais 1500 sejam contratados indiretamente. Segundo destacou o presidente antes de contratar a mão-de-obra, o Sesi/Senai instalou uma unidade móvel no município e ofereceu cursos em 12 especialidades, como mecânica, elétrica, operador de máquina e motorista.

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A pedagoga Dalila Ramalho de Jesus, de 28 anos, natural de Arraias, viu a cidade crescer com a chegada da empresa. Ela, que trabalhava na área da educação do município, não quis ficar olhando o ‘bonde passar’. Enfrentou um processo seletivo e foi contratada em fevereiro deste ano para trabalhar como assistente de logística. Seis meses depois foi promovida e hoje trabalha no setor de recursos humanos. “Resolvi sair da educação em busca de novos conhecimentos, para aprender algo a mais”. A renda dela aumentou em 30%.

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Dalila ainda diz que, numa visão mais macro, a empresa propiciou benefícios para a economia da pequena cidade de quase 11 mil habitantes. “Os profissionais estão buscando qualificação para se adequar ao perfil da empresa, a renda da população aumentou e o comércio cresceu para suprir a demanda”.

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A Votorantim Cimentos, em Xambioá desde 2009, também foi um dos principais empreendimentos que contribuiu para o PIB 2012. A produção da unidade é destinada para atender o estado do Tocantins, sudeste do Pará, oeste do Maranhão e sul do Piauí. No total 600 empregos diretos e indiretos foram gerados.

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Gargalos e soluções

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O setor que mais cresceu é ainda considerado economicamente incipiente no Tocantins. Há 89 indústrias do segmento em todo o estado contra mais de 400 da construção civil, indústria que mais arrecada no estado, mas que pelo segundo ano consecutivo sofreu uma queda (-8,1%) e provocou também queda no PIB do estado em 3,1%.

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Segundo uma pesquisa realizada pela Fieto, 50% das atividades nas indústrias de minerais não-metálicos do Tocantins são do ramo de extração de areia, cascalho ou pedregulho e beneficiamento associado, vindo em seguida o ramo de extração e britamento de pedras e outros materiais para construção e beneficiamento associado (19,3%). No terceiro maior ramo da atividade, encontra-se com 10,5%, a atividade de extração de calcário e dolomita e beneficiamento associado.

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A mesma pesquisa realizada pela Fieto de janeiro a março deste ano, apontou alguns problemas na indústria de extrativo mineral. Em 2012 o fator que foi apontado como obstáculo para as empresas foi a falta de mão de obra qualificada. Problemas que o Senai busca solucionar. Segundo a superintendente do Senai no Tocantins, Raimunda Tavares, a instituição sempre se reúne com representantes sindicais patronais e de empregados para ouvir as demandas da indústria. Em cima do que é apresentado o Senai busca traçar um plano de metas para suprir os problemas.

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Com relação à MbAC em Arraias, por exemplo, Raimunda disse que o Senai acompanhou todas as etapas da vinda da empresa ao estado, desde a instalação em 2008 até o início da produção. No início, como o próprio presidente da empresa destacou, o Senai qualificou os profissionais, a maioria moradores da região, para ingressar no trabalho.

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O Senai continua acompanhando a evolução destes profissionais e, para atender a uma outra demanda apresentada pela MbAC, a instituição em parceria com o Senai de Goiás vai oferecer um curso de operadores de mineroquímicas. Outro objetivo é implantar um posto avançado em Arraias para atender especificamente a empresa, já que foi uma das que mais empregou no setor no estado.

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Se depender da previsão dos analistas e dos esforços empreendidos por instituições que capacitam, o setor de extrativo mineral hoje, ainda tímido, deve crescer ainda mais no Tocantins.

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Fonte: G1

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