O diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, participou, no dia 10 de abril, do Itaú Macro Vision, evento voltado para o setor empresarial. Em um painel, ele falou sobre o futuro de nossa empresa, destacando aspectos de geração de caixa, política de dividendos, mercado de níquel e relação com a China.
Fabio destacou que a geração de caixa será mantida no menor patamar possível e que os investimentos de expansão da capacidade serão feitos à medida que as oportunidades surgirem ao longo do tempo. “Não vamos empilhar caixa para que não haja tentação de diversificar para outros negócios que não têm a ver com o que a Vale faz. A Vale tem mais a ganhar concentrando-se apenas no que sabe fazer”, afirmou. Quanto ao investimento, o diretor-presidente salientou que a empresa passará a buscar apoio do mercado.
Outro assunto em pauta foi a mudança da política de dividendos recém-anunciada, que atrelou o pagamento de dividendos à geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). “Considero a política mais agressiva que a de concorrentes e recompensa os acionistas que ficaram com a empresa nos momentos difíceis”, explicou.
Fabio disse que a Vale está preparada para atender o mercado em caso de um possível aumento da demanda de níquel, mas que nossa empresa trabalhará para evitar ‘exagero de preços’. Ele citou o exemplo do mercado de minério de ferro, cujo preço no superciclo superou os US$ 150, o que incentivou aumento de produção de minério de ferro em todo o mundo, mesmo de baixa qualidade, e que em um momento posterior o preço foi para US$ 40 a tonelada. “Isso não foi bom para o mercado. Trabalharemos o máximo que der para não haver exageros”, disse.
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