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Fábrica da Volvo no Paraná é primeira fora da Suécia a fabricar motor D13

4 de julho de 2016

O motor tem aplicações em equipamentos dos setores de mineração, construção, entre outros

Os motores industriais TAD-1344GE e TAD-1345GE, de 13 litros, agora são produzidos na fábrica da Volvo Penta em Curitiba (PR). O executivo Luiz Bohatch, vice-presidente de Powertrain Production South America, disse que a planta brasileira a produzir o D13 para geração de energia fora da Suécia, país-sede do grupo Volvo. O motor tem aplicações em equipamentos dos setores de mineração, construção, entre outros.
 
Bohatch disse que a nacionalização do produto foi algo feito pensando nos custos dos clientes e da estratégia de crescimento da marca na América do Sul. “Estamos expandindo nossa atuação no setor industrial, no segmento de geração de energia. É um mercado com enorme potencial”, disse.
 
Para conseguir produzir o D13 no Brasil, a Volvo Penta fez algumas mudanças nas linhas de montagens de motores, tendo em vista algumas diferenças para o objetivo de geração de energia, mas como uma “grande sinergia entre os processos”, segundo Bohatch. O investimento da companhia foi de R$ 10 milhões.
 
A planta de Curitiba (PR) tem área construída de 18 mil metros quadrados e 260 empregados, com capacidade para fabricar 23 mil blocos de motor, 23.500 motores e 31.000 transmissões. A unidade faz a usinagem de blocos de motor; montagem de motores; teste de motores; pintura de motores; montagem de transmissões; e instalações de transmissões e motores.
 
Entre as aplicações do D13 no setor de mineração, a Volvo promete uma redução de 72% nas emissões de gases do efeito estufa e economia de 5% no consumo de combustível.
 
O presidente da Volvo Penta Américas, Ron Huibers, disse que foi feita uma análise aprofundada envolvendo câmbio e mercado para decidir trazer a fabricação do D13 para o Brasil. “A empresa fez uma grande avaliação da questão do câmbio e dos custos do cliente, com logística, transporte. A gente sabe o quanto esses custos representam para uma operação. Então foi algo feito pensando no cliente, focado nos custos do cliente”, disse o executivo em entrevista coletiva realizada ontem (30) em Curitiba (PR).
 
No mercado de motores para energia, a Volvo Penta enfrenta cerca de quatro grandes players. Segundo os executivos, a empresa do grupo sueco detém em torno de 5% da fatia de mercado. Gabriel Barsalini, head da Volvo Penta South America disse que não foi a razão da decisão.
 
“Isso depende da variação cambial e a gente sabe que o custo Brasil não é competitivo. Foi focado nos clientes. E isso [fabricação do motor em Curitiba] gera um ganho considerável de tempo de resposta no mercado”, afirmou.
 
Os executivos da Volvo Penta não mencionaram detalhes sobre preço, mas disseram que o objetivo é fornecer um produto premium no mercado de motores para geração de energia. “Nós pretendemos entregar 10% a mais de valor para o cliente. Entregar um premium de 10%”, disse Huibers. Do faturamento da Volvo Penta, 75% a 80% vem da venda de motores e 15% a 20% da venda de peças.
 
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