rnFaltam água, energia elétrica e estrada de ferro na regiãornEstrada de chão, cercas de arame farpado e casas isoladas no meio da vegetação agrestina. A vida pacata do Sítio Lajes vai mudar
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Faltam água, energia elétrica e estrada de ferro na região
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Estrada de chão, cercas de arame farpado e casas isoladas no meio da vegetação agrestina. A vida pacata do Sítio Lajes vai mudar. Embaixo de pastos e plantações de macaxeira, um gigante adormecido com 150 milhões de toneladas de minério está prestes a saltar do subsolo no município de Craíbas, a 160 quilômetros de Maceió.
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O faturamento da exploração de cobre, ferro e de uma pequena quantidade de ouro ainda é incalculável, mas já desperta projeções de algo em torno de US$ 300 milhões por ano.
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Mesmo com tamanha fortuna, expectativa de geração de renda para a comunidade e arrecadação de impostos, o projeto da Mineração Vale Verde Ltda. deve atrasar em quatro anos por falta de infra-estrutura na região. Previsto (e anunciado pelo governo do Estado) para 2009, o início das obras do parque industrial ficou agora para meados de 2013. Pela falta de três questões básicas: água, energia elétrica e estrada de ferro.
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Uma vez iniciada a construção da usina de beneficiamento, a extração do minério deve começar após cerca de 18 meses, o que aconteceria entre 2014 e 2015. Se “quem espera sempre alcança”, a Vale Verde (filial da mineradora canadense Aura Minerals Inc.) começa a ficar otimista em relação às providências adotadas para a construção de uma nova adutora de água, de uma subestação de energia elétrica e a reforma da linha férrea.
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Entre 2007 e 2009, a empresa realizou 394 sondagens do solo a um custo de R$ 250 por metro perfurado. Foi preciso penetrar centenas de metros na rocha para descobrir que a profundidade máxima da jazida chega a 400 metros. A pesquisa geológica recolheu 672 amostras de rocha e 700 amostras de sedimentos. Até hoje, a mineradora já investiu cerca de R$ 70 milhões no projeto Serrote da Laje.
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A descoberta da mina, na década de 1980, sempre mexeu com o imaginário local e causou desconfiança por causa da demora no início das explorações. Mais de vinte anos depois, a chegada de grandes sondas de perfuração, e a montagem da base da Vale Verde, que já teve mais de cem funcionários trabalhando no Sítio Lajes, reavivou as expectativas. No entanto, hoje o local está praticamente deserto, sem pesquisas de campo, e os equipamentos foram levados embora.
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DÚVIDAS
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Novas dúvidas pairam na comunidade. Mas a empresa explica que o aparente esvaziamento do projeto acontece porque as pesquisas de campo foram concluídas. “Estamos na fase de otimização da engenharia”, informa o presidente da Vale Verde. Nos escritórios da empresa fora do Estado, os engenheiros projetam a melhor maneira de extrair, processar e transportar o minério, inclusive com análises de custo. Esta fase deve ser concluída em junho.
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A partir daí, o segundo semestre será dedicado ao trabalho de engenharia financeira. Os custos já foram avaliados em US$ 500 milhões, mas estes cálculos estão sendo refeitos, principalmente por causa de adaptações e alternativas para o transporte, caso a recuperação da ferrovia Transnordestina atrase ainda mais ou não aconteça.
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A mina será cavada a céu aberto com cerca de um quilômetro de diâmetro. As obras devem gerar cerca de 1.500 empregos diretos. Na fase de pico da exploração, calcula-se até 700 funcionários trabalhando.
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O principal objetivo é extrair o cobre, que é 130 vezes mais valioso que o ferro. Como o ferro está em quantidades enormes e também tem seu valor, a mineradora o explora como um complemento ao lucro. O ouro está incrustado no minério numa pequena proporção de apenas três gramas por tonelada. Só será recuperado pela indústria metalúrgica, mas gera bônus para a mineradora.
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Fonte: Gazeta de Alagoas
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