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Fatia das ferrovias nos fretes vai aumentar 36% até 2020

9 de agosto de 2012

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Hoje, transporte de cargas por trens representa apenas 12% do total, se for descontado o minério de ferro

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Hoje, responsável por 28% da carga movimentada no Brasil — ou apenas 12%, se descontado o minério de ferro —, as ferrovias podem elevar a fatia para 38% até o fim da década, um avanço de 36%. A transição representará ganho de eficiência e redução de custos com frete no país — nos EUA, o custo do transporte sobre trilhos é 40% menor do que o por rodovias.

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O cálculo é de Paulo Resende, coordenador de infraestrutura e logística da Fundação Dom Cabral. “O deslocamento da matriz de transportes aponta para o setor ferroviário. Carregar itens de baixo valor agregado e peso bruto alto em caminhões é ineficiente. Por isso, minerais e cargas de granéis agrícolas e insumos, como fertilizantes, devem fazer a transição.”

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Para que a malha e o serviço ferroviário avancem, porém, será preciso contar com investimentos privados em combinação com iniciativas do governo. A desoneração das Parcerias Público-Privadas (PPPs), publicadas ontem no Diário Oficial, devem favorecer essa conjunção.

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No setor público, os investimentos estão chegando pelo Programa de Aceleração do
Crescimento. “O PAC 1 direcionou R$ 130 bilhões para transportes, sendo 45% para ferrovias”, contabiliza João Guilherme Araújo, diretor de desenvolvimento e novos negócios do Instituto de Logística (Ilos). O objetivo é reduzir a dependência do frete rodoviário, que, como ainda é o mais usado no país, ficou com 50% da verba.

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Além das ferrovias, as outras rotas de fuga para o transporte de cargas são a cabotagem (leia matéria na página ao lado) e o frete aéreo. “Por avião, sempre
fica mais caro. Mas é um meio que vale a pena para a movimentação de chips, eletroeletrônicos e equipamentos de alto valor agregado”, diz Araújo. Na cabotagem, os obstáculos são a falta de estrutura portuária — os bens disputam espaço com mercadorias importadas.

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Dependência de caminhões

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O advento de novas regulações para o transporte rodoviário e a profissão de motorista, que deverá se traduzir em aumento do custo do frete (veja quadro abaixo) , reforçou o interesse das companhias na busca de maior eficiência. A Coca-Cola/Femsa, por exemplo, estima em 40% a elevação dos gastos. “Teremos
de repassar os custos adicionais ao preço dos produtos”, diz Ramez Bichara, diretor de logística. A companhia estuda revisão dos trajetos e a contratação de pessoal, pois não pode abrir mão dos caminhões. “Somos dependentes do transporte rodoviário porque é o meio de maior capilaridade, e temos prazo máximo de entrega, 48 horas”, explica.

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A São Martinho, uma das maiores no país em manufatura de álcool e açúcar, é outra que está focada na eficiência logística. Com 90% do açúcar produzido voltado à exportação, a empresa já dá prioridade ao transporte de granéis até o Porto de Santos por meio ferrovias, diz o diretor de logística, Helder Gosling. O grupo é o único no país a ter uma usina com terminal ferroviário próprio, na cidade de Pradópolis, no interior de SP.

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“Precisamos de transporte de grande escala. Mas os custos em ferrovias poderiam ser muito mais baixos se o modal fosse mais eficiente”, diz, lembrando
das dificuldades no trânsito das cargas para ter acesso ao porto.

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Fonte: Brasil Econômico

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