Feira Metal Mineração capacita congressista apontando o futuro da indústria

Não são apenas as marcas em exposição que atraem os visitantes até a 5ª edição da feira Metal Mineração. Na noite de ontem, o Pavilhão de Eventos José Ijair Conti foi ponto de encontro também para os quase 100 congressistas que participaram da primeira parte do Congresso Técnico, realizado em parceria com Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (SATC). Isso porque, além dos mais de 70 estandes e 100 expositores, a proposta da feira é promover qualificação e profissionalismo aos participantes.

 

O foco da noite de ontem esteve na chamada “Indústria 4.0”, na qual países como Alemanha e Estados Unidos são referências em mecanismos e conceitos. Foram tratados os assuntos “Robótica: A nova revolução industrial”, com Fábio Madeira, e “Manufatura avançada: Uma resposta brasileira à quarta revolução industrial”, com Fábio Andreosi e Érica Taira.  Para o palestrante da segunda palestra, o objetivo da capacitação é mostrar os caminhos que o Brasil deverá perseguir para despontar nessa nova era industrial.

 

“Participei da primeira cédula do Brasil junto com a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e o objetivo é mostrar nossa experiência dentro da manufatura avançada. O importante é que os profissionais possam pensar a indústria para a realidade brasileira. É um convite para quem está começando agora”, explica Fábio Andreosi. O palestrante explica que a quarta revolução possui um conceito inovador, que testa e valida os produtos em um ambiente fechado, antes de a proposta ser encaminhada para a fábrica.

 

Primeiramente, é mais desenvolvido entre o ramo eletrônico e, depois, no automobilístico. “Se as mudanças não forem feitas perderemos a manufatura, porque em cinco anos caímos 24 posições no setor, passando de 5º para 29º”, destaca. Estiveram presentes em grande volume os jovens profissionais que estão ingressando nos setores indústrias ou estudando para a área. Mas, além deles, também estiveram adolescentes que aproveitaram a oportunidade para conhecer mais sobre o ramo profissional que desejarão seguir.

 

Arthur Gallate, de 16 anos, deseja prestar vestibular para engenharia e aproveitou a oportunidade para visitar os estandes junto de seu pai Cássio, que também é empresário e fornecedor. “Gosto muito de empresas de carros e aproveitei para ver como será o meu futuro. Para mim, é como uma ideia, uma preparação”, afirma o jovem.

 

Sucesso na Rodada de Negócios

 

Assim como o congresso, a Rodada de Negócios da Bolsa de Negócios e Subcontratação de Santa Catarina (BNS-SC) também foi realizada ontem, ficando entre o estimado pelos organizadores.  A Federação das Indústrias do Estado de santa Catarina (Fiesc) foi parceira da Rodada e conforme o consultor, Anderson Ramos dos Santos, 156 negócios foram fechados na oportunidade. Participaram oito empresas âncoras compradoras e 50 fornecedores, em uma demonstração multisetorial de produtos e itens.

 

“Foi fechado negócio em uma média de 20 para cada âncora. No dia a dia, as empresas não encontram esse acesso e a Rodada surge como um atalho, que consegue reunir várias empresas em um só local”, afirma Santos. O setor predominante da Rodada de Negócios foi o metalmecânico. O faturamento de todos os negócios será contabilizado nos próximos dias, já que os negócios também são feitos à longo prazo.

 

Além do público regional

 

Já no segundo dia de evento os organizadores conseguem diagnosticar que muitos visitantes de fora da região carbonífera e também do Estado estão indo conferir as novidades da feira. Na avaliação de Guido Búrigo, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Criciúma e região (Sindimetal), que promove a feira, as expectativas de público estão dentro do esperado. “Para a noite de hoje contamos com aproximadamente 1.500 pessoas e público de fora corresponde ao nosso objetivo de aumentar o alcance do evento.

 

Ontem, foi um pouco menos porque foi a abertura, e todo ano é assim, é preciso aquecer”. Sobre os eventos paralelos à exposição, Búrigo também se mostrou contente. “As vagas para o congresso já estão todas lotadas e acredito que isso seja o diferencial. Essas palestras trazem o que não está exposto aqui, como uma oportunidade para inovar”, destaca. Entre tudo, a feira também foi local de referência para empresários que buscam manter as finanças de seus negócios e quem sabe reduzir os gastos.

 

Com muitos fornecedores expondo no evento, o empresário de Morro da Fumaça, José Maccari, aproveitou essa edição para estreitar relacionamentos e conquistar novos contatos. “A feira serve para nos deixar mais antenados sobre o que é novidade e no que podemos investir. Já fiz alguns novas cotações com outras empresas, porque muitas vezes é preciso manter e apostar na redução de custos”. 

 

A feira Metal Mineração acontece até amanhã, das 16h às 22h, reunindo novidades do mercado em tecnologias, robótica, automação industrial, softwares técnicos e impressão 3D. Organizada também pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Material Elétrico de Caravaggio (Simec) e pela empresa especializada em feiras, Messe Brasil, a exposição espera atrair cerca de 10 mil pessoas ao pavilhão.

 

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