De acordo com ela, a participação do Brasil no Comitê Internacional de Normas de Declaração de Recursos Minerais (Crirsco), que ocorreu em 2015, era uma antiga demanda do setor.
“O comitê brasileiro definiu as bases para adesão aos padrões internacionais do Crirsco, constituídas de código de ética, atribuição de certificação profissional e princípios técnicos do instrumento brasileiro, que deverão estar vigentes para os profissionais brasileiros ainda em 2016”, afirmou a geóloga, que estuda o tema em sua pesquisa de doutorado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo Cuchierato, no início de 2015, foi criada uma força-tarefa composta por entidades como a Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM); a Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira (Adimb) e o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), com o objetivo de que o setor mineral conseguisse uma a representação internacional junto ao Crirsco. O resultado do esforço foi a constituição do Comitê Brasileiro de Recursos e Reservas (CBRR), que posteriormente resultou na aceitação do Brasil pelo Crirsco, em novembro do ano passado.
O Crirsco foi fundado em 1994, com o objetivo de fomentar o estabelecimento das boas práticas no setor mineral no mundo. Em 2006, foi divulgado pelo Crirsco o primeiro modelo de relatório, o International Reporting Template, com base nas melhores práticas de todos os países membros, seguindo um conjunto de critérios específicos e padronizados.
Durante a palestra, a geóloga também falou sobre o contexto internacional para declaração de recursos e reservas minerais e o valor da informação, assim como sobre a criação de Comitês Nacionais National Reporting Organization (NRO).
“Esses comitês estabelecem as boas práticas para declaração das informações oficiais dos recursos e reservas minerais de empresas de mineração listadas em bolsas de valores”, disse. As informações são do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
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