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Gerdau entra na linha de aços planos

8 de maio de 2013

Consolidado como segundo maior produtor mundial de aços longos, atrás apenas do grupo ArcelorMittal, a brasileira Gerdau começa a ampliar o foco das operações em busca de novos ganhos de escala e rentabilidade. A es

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Consolidado como segundo maior produtor mundial de aços longos, atrás apenas do grupo ArcelorMittal, a brasileira Gerdau começa a ampliar o foco das operações em busca de novos ganhos de escala e rentabilidade. A estratégia inclui o ingresso no segmento de produtos planos no Brasil, com a entrada em funcionamento do laminador de bobinas a quente na Açominas, investimentos pesados em mineração e a retomada de projetos para a expansão da produção de aços especiais.

Com 61 usinas distribuídas em 14 países e capacidade instalada de 25,5 milhões de toneladas de aço por ano, a Gerdau produziu 18,9 milhões de toneladas, com queda de 4% ante 2011, e vendeu 18,6 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos em 2012, 3% a menos do que no ano anterior. Apesar disso, a receita líquida consolidada cresceu 7%, para R$ 38 bilhões, mas o lucro líquido recuou 29%, para R$ 1,5 bilhão e a empresa anunciou que será mais “seletiva” nos investimentos nos próximos anos.

O programa de investimentos do grupo para o ciclo 2013-2017 soma R$ 8,5 bilhões, abaixo dos R$ 10,3 bilhões do período 2012-2016, e a cautela deve-se às incertezas ainda reinantes sobre a recuperação da economia global, apesar das previsões de crescimento na demanda por aço no Brasil e no mundo neste ano.

Mas os cuidados não impedem o grupo de tocar os projetos considerados estratégicos para “buscar níveis diferenciados de rentabilidade e desenvolvimento sustentável”, como afirmou recentemente o diretor-presidente do conglomerado, André Gerdau Johannpeter.

Um dos movimentos mais importantes nesta linha é o início da produção de aços planos no Brasil, com a entrada em operação comercial, neste ano, do laminador de bobinas a quente na Açominas, com capacidade instalada de 800 mil toneladas por ano. O produto é utilizado pelas indústrias da construção civil, de máquinas e equipamentos e petrolífera, e permitirá à Gerdau entrar no mercado para suprir a demanda por produtos de aço para a exploração da camada pré-sal.

Em 2015, o novo equipamento também ganhará a companhia, na mesma siderúrgica, de um laminador de chapas grossas com capacidade para 1,1 milhão de toneladas anuais do produto, empregado na fabricação de navios e dutos para transporte de petróleo e gás, além de máquinas agrícolas e bens de capital para o setor de açúcar e álcool. Os dois laminadores consumirão investimentos totais de R$ 2,4 bilhões, em valores de 2010, de acordo com a Gerdau.

Na mineração, a empresa possui reservas de minério de ferro estimadas em 6,3 bilhões de toneladas em Minas Gerais e com elas pretende garantir a autossuficiência da própria Açominas, uma siderúrgica integrada que consome 7 milhões de toneladas da matéria-prima por ano para produzir 4,5 milhões de toneladas de aço, além de entrar no mercado internacional como fornecedor da commodity.

Depois de investir R$ 838 milhões desde 2007 – quando partiu praticamente do zero na exploração da matéria-prima – até agora, o grupo pretende chegar ao fim de 2013 com uma produção anualizada de 11,5 milhões de toneladas de minério de ferro. A maior parte será usada para o abastecimento da Açominas, mas até 1,5 milhão de toneladas deverão ser vendidas ao mercado externo no acumulado do ano. O volume é pequeno quando comparado aos números da Vale, a maior empresa do mundo no segmento, que produziu 320 milhões de toneladas do minério em 2012, mas os planos não param por aí.

De acordo com a Gerdau, o objetivo é alcançar uma capacidade de produção de 18 milhões de toneladas por ano de minério em 2016 e superar 24 milhões de toneladas anuais em 2020. Para isso, mais R$ 1 bilhão foram reservados para projetos de expansão nos próximos anos, sendo 50% destinados à construção de um terminal ferroviário em Miguel Burnier (MG). Depois de fazer o primeiro embarque da matéria-prima ao exterior, de 325 mil toneladas no último trimestre de 2012, o grupo também estuda a construção de um terminal próprio no porto de Itaguaí (RJ).

Já o negócio de aços especiais, segmento de alto valor agregado e voltado principalmente para a indústria automotiva, ganhou no ano passado o reforço de um laminador com capacidade instalada de 300 mil toneladas na Índia, onde a Gerdau opera desde 2007. Incluindo também as operações no Brasil, Estados Unidos e Espanha, o conglomerado brasileiro produziu 3 milhões de toneladas de aços especiais no ano passado.

No segmento de aços longos para a construção civil, o grupo também confirmou, no início deste ano, a construção de uma nova usina no México, que havia sido anunciada em outubro de 2012. A nova unidade da Gerdau Corsa (uma joint venture com a Aceros Corsa) receberá investimentos de US$ 600 milhões e deve entrar em operação em meados de 2014 com capacidade para produzir 1 milhão de toneladas de aço bruto e 700 mil toneladas de perfis estruturais por ano no Estado de Hidalgo.

No fim de 2012, da capacidade instalada total de 25,5 milhões de toneladas de aço bruto do conglomerado, a maior parte (9,9 milhões de toneladas) corresponde às usinas nos Estados Unidos e no Canadá. O Brasil soma 9,1 milhões de toneladas, seguida pelo segmento de aços especiais, contabilizado separadamente, com 3,75 milhões de toneladas, e pelas operações na América Latina (Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Colômbia, Venezuela, Guatemala, República e México), com 2,75 milhões de toneladas por ano.

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Fonte: Valor Econômico

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