ArcelorMittal registra queda de 10% nas vendas e lucro 50% menor no 2º trimestrernrnA indústria siderúrgica é notoriamente volátil. Entretanto, o magnata de origem indiana Lakshmi Mittal parecia ter dominado o neg&oac
ArcelorMittal registra queda de 10% nas vendas e lucro 50% menor no 2º trimestre
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A indústria siderúrgica é notoriamente volátil. Entretanto, o magnata de origem indiana Lakshmi Mittal parecia ter dominado o negócio. Ele venceu, em 2006, uma épica batalha pelo controle acionário de sua principal rival, a Arcelor, de Luxemburgo, fazendo da ArcelorMittal a maior companhia siderúrgica do mundo. Com a economia mundial faminta por aço, a gigante teve lucro operacional de quase US$ 12 bilhões em 2008.
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As coisas são diferentes agora, com a Europa vivendo uma profunda crise econômica e os mercados de construção civil, que já estiveram muito aquecidos na China e na India, também se desacelerando. No ano passado, a companhia teve um lucro operacional de US$ 4,9 bilhões. E na quarta-feira reportou um resultado operacional de US$ 1,1 bilhão no segundo trimestre.
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Apesar de as vendas terem caído somente 10% sobre um ano atrás, o lucro teve retração de mais de 50% porque o custo da matéria-prima do minério de ferro subiu enquanto o valor do aço despencou. “Esse desempenho é absolutamente inaceitável, naturalmente”, disse Mittal.
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O valor das ações da ArcelorMittal vem caindo de maneira acentuada desde 2008, reduzindo o valor da participação controladora de 40% da família Mittal de estimados US$ 55 bilhões, em 2008, para US$ 9 bilhões.
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O preço básico do aço europeu em 2008 ficou em aproximadamente 850 por tonelada métrica. No mês passado, esse preço estava em 573. E quanto mais a cotação cai, mais relutantes os compradores ficam.
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O barato aço chinês, pesadamente subsidiado pelo governo, também tem sido um importante fator para baixar os preços globais. Enquanto a produção de aço na Europa ocidental e nos Estados Unidos recuou nos últimos cinco anos, a produção da China cresceu cerca de 60%.
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Mittal disse que quase todas as companhias chinesas perderam dinheiro no primeiro semestre do ano. No entanto,o apetite voraz da China por minério de ferro, a principal matéria-prima do setor, fez o preço do produto quadruplicar desde 2006.
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“Os fabricantes de aço como a ArcelorMittal estão pressionados”, disse Jeff Largey, um analista da Macquarie em Londres. “Por um lado, os mercados finais são fracos e eles não têm nenhum poder sobre o preço. Por outro, eles não podem fazer nada sobre os altos preços das matérias-primas puxados pela demanda chinesa.”
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Origem. A Mittal começou nos anos 1970 construindo e operando uma pequena unidade na Indonésia. Ele construiu sua fortuna nas três décadas seguintes comprando e reparando uma rede de usinas gigantescas, mas operacionalmente fracas em lugares como Casaquistão, Romênia e México.
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Agora, porém, ele se vê às voltas com uma dura luta para controlar custos e reduzir a dívida da companhia, estimada em US$ 22 bilhões no mais recente balanço. Na Europa, ele desativou nove de seus 25 altos-fornos, que transformam o minério de ferro em metal líquido.
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E, ao contrário de sua anterior investida de aquisições, ele agora está vendendo propriedades. No total, a Arcelor Mittal se desfez de US$ 2,7 bilhões em ativos desde setembro.
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Isso é possível somente por causa do alcance global do negócio. As usinas nos EUA estão em situação melhor que as na Europa, graças à demanda de fabricantes de equipamentos pesados e de tubulações para suprir o boom do gás de xisto norte-americano. E diferentemente de suas rivais, a ArcelorMittal tem operações próprias de minério de ferro, o que a ajuda a amortecer os preços altos.
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Cortes. A companhia já começou a reduzir a produção na Europa para se adequar à queda na demanda. E está enfrentando resistência de sindicatos e governos para outros cortes de despesa planejados. A empresa planeja fechar fábricas na Europa e cortar salários e benefícios em unidades nos Estados Unidos.
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No “velho continente”, onde a empresa enfrenta seus problemas mais profundos, a ArcelorMittal quer manter suas melhores unidades – como a de Ghent, na Bélgica, e de Dunquerque, na França – operando a todo vapor e deixar as de desempenho mais fraco de lado. Para isso, terá de enfrentar brigas com sindicatos e governos que pode durar anos.
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Questões trabalhistas também surgem nos EUA. A empresa e o sindicato United Steelworkers negociam um novo acordo para 12,5 mil trabalhadores. A ArcelorMittal quer custos mais baixos e regras trabalhistas mais flexíveis que, segundo o sindicato, implicariam reduções de salário e benefícios de US$ 28 por hora.
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A companhia diz que os trabalhadores ganham em média US$ 170.855 por ano. Um porta-voz do sindicato disse que a cifra é “inflada”, mas não forneceu uma estimativa do sindicato.
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Fonte: O Estado de S. Paulo
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