Para o governador José Melo, processo de exploração do minério é um momento histórico e terá impacto positivo na economia do EstadornNesta quarta-feira (22) o Governo do Amazonas concedeu licenç
Para o governador José Melo, processo de exploração do minério é um momento histórico e terá impacto positivo na economia do Estado
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Nesta quarta-feira (22) o Governo do Amazonas concedeu licença ambiental prévia à empresa Potássio do Brasil para o início da atividade de exploração mineral em Autazes (a 113 quilômetros de Manaus).
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Mais de US$ 2,5 bi serão investidos na construção de um complexo industrial para a extração e tratamento do potássio a partir de 2016 com a finalidade de produzir fertilizantes.
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O negócio é estratégico para a agroindústria brasileira e alça o Estado a uma posição de protagonismo no setor com uma expectativa de atender até 25% do mercado de consumo nacional.
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A licença do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) foi entregue pelo governador José Melo durante visita ao campo de sondagens em Autazes na manhã desta quarta-feira (22).
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Acompanhado de diretores da empresa e de uma comitiva de autoridades de órgãos do setor mineral, o governador José Melo conheceu a estação de coleta de amostras de rochas onde será erguido o complexo de exploração e tratamento da silvinita e esteve na unidade da empresa na cidade, onde funcionam os laboratórios de análise. Com a obtenção do documento, a Potássio do Brasil começa a se preparar para a construção do complexo a partir do ano que vem, etapa considerada mais cara e delicada do empreendimento.
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Para o governador José Melo, o início do processo de exploração do minério é um momento histórico e terá impacto positivo na economia do Estado, ajudando a reduzir a dependência brasileira pelo insumo.
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No país, além do Amazonas, apenas o Estado de Sergipe tem reserva conhecida e em atividade. Segundo maior consumidor de potássio para a agricultura no mundo e o maior importador internacional do insumo, o Brasil consome por ano 9,3 milhões de toneladas do mineral – cerca de 90% vem do exterior de países como Canadá, Rússia, Alemanha e Israel.
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“O Brasil produz pequena parcela daquilo que precisa de potássio para o seu agronegócio. E aqui no Amazonas temos uma bacia sedimentar muito grande. Isso aqui é um marco inicial de uma verdadeira revolução no Amazonas e no Brasil. Até porque na extração desse minério você tem o potássio, que vai para o agronegócio, e o subproduto dele, que entra em uma infinidade enorme de produtos”, afirmou José Melo.
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Preços atrativos
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A expectativa é que o potássio amazonense tenha preços mais atrativos para o agronegócio. O preço da tonelada está estimado em US$ 100, revelou a Potássio do Brasil.
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Como a maior parte do insumo vem do exterior, o transporte acaba encarecendo o custo final. Até chegar aos mercados nacionais, o potássio cruza oceanos em navios e depois segue por dias em estradas e ferrovias até chegar ao centro-oeste brasileiro. A produção do Amazonas será escoada pelo rio Madeira.
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O diretor de exploração da Potássio do Brasil, José Fanton, disse que a meta da empresa é atender o mercado brasileiro, apesar do potencial de exportação. “É um momento histórico. Estamos com a licença ambiental, com uma série de condicionantes, mas que propicia segurança de continuidade (dos investimentos). Eu acho que esse é o nosso maior trunfo”, comemorou. Desde que iniciou as pesquisas de potencial mineral em 2009, a empresa investiu mais de R$ 200 milhões.
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Estimativa de produção anual é de 2,16 milhões de toneladas
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A mina de Autazes tem uma reserva de 800 milhões de toneladas. Com a sua descoberta, o Brasil saltou de 11º para o 8º maior reservatório do mineral no mundo, segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
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A Potássio do Brasil calcula alcançar produção anual de 2,16 milhões de toneladas de cloreto de potássio somente com a jazida em Autazes. O grupo também está fazendo sondagens em Itacoatiara, onde já identificou potencial de produção. Além do potássio, algo em torno de 1,1 milhão de toneladas de sal de cozinha deve ser produzida no complexo.
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Segundo o governador, o potássio abre a oportunidade de desenvolver outras linhas econômicas, ampliando o leque de empresas no Polo Industrial de Manaus.
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Mais de 14 mil itens compõem a pauta de produtos que podem ser fabricados com a exploração dos cloretos de potássio e sódio, principalmente indústrias nas áreas de alimentos e limpeza. Os dados são da DNPM.
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“A gente pode sonhar lá na frente com uma indústria cloro-química, por exemplo. O governo federal e o Amazonas precisam fazer a sua parte para dar alternativas econômicas e ajudar a Zona Franca. Agora isso deixa de ser um projeto do Amazonas e passa a ser um projeto do Brasil”, afirmou.
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Os superintendentes do DNPM, Fred Cruz, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Marco Antônio Oliveira, e o comandante Militar da Amazônia, general do Exército Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, acompanharam o governador durante a visita às áreas da empresa em Autazes.
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Detalhes do projeto
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A Potássio do Brasil chegou ao Amazonas em 2009 para iniciar os estudos de exploração mineral. As sondagens e os estudos ambientais começaram em 2010, e logo a empresa descobriu reservas em Autazes, Itacoatiara e Itapiranga. Foram feitos 60 furos de sondagem, 40 deles em Autazes, por onde a empresa vai começar o projeto de produção de cloreto de potássio para os fertilizantes usados na agricultura. O relatório final da pesquisa foi apresentado ao DNPM em setembro do ano passado.
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Na primeira fase, mais de R$ 200 milhões foram investidos. O projeto conta com capital inglês, canadense e brasileiro – inclusive amazonense. Depois do período de pesquisa de exploração, a Potássio do Brasil começa agora a etapa considerada mais cara e delicada, que é o início das obras de engenharia. Nessa fase, a projeção de investimentos é da ordem de US$ 2,5 bilhões.
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A empresa planeja começar em 2016 a implantação do complexo em Autazes. As obras se estenderão até 2018 e a operação começará no ano seguinte, por um prazo de três décadas. O complexo industrial possuirá uma área de 200 hectares. A mina é subterrânea e ficará entre 700 e 900 metros de profundidade – abaixo do aquífero Alter do Chão. Para chegar ao ponto de exploração, dois elevadores saindo da superfície serão construídos para acessar a mina.
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Geração de empregos
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Segundo a empresa, durante a construção 4,7 mil empregos devem ser gerados. Quando o complexo iniciar produção mais de mil postos de trabalho serão abertos.
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*Com informações da assessoria de imprensa
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Fonte: A Crítica
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