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Governo quer apoio da China para ligar ferrovia ao Pacífico pelo Peru

18 de julho de 2014

BRASÍLIA – O governo federal quer, em parceria com os empreendedores chineses, conectar o Brasil por meio de ferrovia até o Pacífico. Entre os 32 atos assinados nesta quinta-feira entre os dois países, por ocasião d

BRASÍLIA – O governo federal quer, em parceria com os empreendedores chineses, conectar o Brasil por meio de ferrovia até o Pacífico. Entre os 32 atos assinados nesta quinta-feira entre os dois países, por ocasião da visita do presidente chinês Xi Jinping, um deles prevê a cooperação entre o Ministério dos Transportes e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDC) para elaboração de projetos ferroviários e capacitação de trabalhadores, principalmente no projeto da ferrovia Transoceânica.

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Parte dessa ferrovia, que futuramente poderá chegar até o litoral do Peru, deverá ser leiloada ainda este ano e ter como um forte concorrente o consórcio formado pela brasileira Camargo Corrêa e pela China Railway Construction Company (CRCC), que firmaram acordo para atuar no setor, conforme revelou a edição do GLOBO de hoje. Elas deverão concorrer no leilão do trecho entre Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO), com 883 quilômetros e valor de investimento estimado em US$ 2,3 bilhões pelo Ministério. É exatamente essa a Transoceânica, mas o leilão refere-se a só um pequeno trecho dela.

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O acordo assinado entre os governos de Brasil e China hoje resultou em uma declaração conjunta com o Peru para avaliar a viabilidade da conexão ferroviária Transcontinental entre Brasil e Peru, informou o ministério. Essa ferrovia poderia encurtar significativamente o caminho marítimo que a carga agrícola e mineral produzida no interior do Brasil trafega pelo mar até a China.

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– Para o governo brasileiro, o projeto mais importante, de longo prazo, é a ferrovia Transoceânica, que terá 5,3 mil km, dos quais 2,9 mil km passando pelo Brasil. A ferrovia será construída em seis anos e permitirá a redução de US$ 30 do preço da tonelada de grãos exportada – disse um ministro brasileiro.

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Entre os 32 atos assinados entre as autoridades de Brasil e China nesta quinta-feira, houve também a formalização de parcerias no setor de energia elétrica. A Eletrobras, por exemplo, já era sócia da State Grid na construção do linhão de transmissão de Belo Monte e as empresas emitiram a ordem de serviço para o empreendimento. O consórcio formado pela Eletrobras e pela State Grid venceu o leilão da linha de transmissão de Belo Monte, feito pela Agência Nacional de energia Elétrica (Aneel) no dia 7 de fevereiro de 2013. O Acordo de Cooperação estabelece que as empresas vão compartilhar experiências sobre a construção, operação e gerenciamento de rede elétrica na usina, com apoio mútuo ao projeto nas áreas de recursos humanos, recursos financeiros e tecnológicos.

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Os presidentes da Eletrobras, José da Costa, e do Conselho de Administração da State Grid Corporation of China (SGCC), Liu Zhenya, assinaram o acordo.

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Furnas, subsidiária da Eletrobras, oficializou sociedade com a Three Gorges Corporation e a CWEI Brasil, de raízes chinesas, para promover investimentos relacionados à usina de São Manoel, no rio Teles Pires, entre Mato Grosso e Pará, e projetos para participarem da futura licitação da hidrelétrica do rio Tapajós.

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O acordo com a Cwei Brasil prevê que a empresa passará a fazer parte da Sociedade de Propósito Específico (SPE) encarregada de implantar a usina de São Manoel, localizada no Rio Teles Pires, na fronteira entre Mato Grosso e Pará. A Cwei Brasil possui 21,35% das ações da Energias de Portugal (EDP), sócia de Furnas na SPE.

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Fonte: O Globo

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