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Horizonte diversificado

8 de novembro de 2012

rnInvestimentos mudam perfil das cidades mineradoras, desenvolvem outros setores da economia e atraem escolas. Em Itabira, a Unifei, com 1.400 alunos, vai dar origem a parque tecnológicornUma cidade tecnológica começa a ser desen

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Investimentos mudam perfil das cidades mineradoras, desenvolvem outros setores da economia e atraem escolas. Em Itabira, a Unifei, com 1.400 alunos, vai dar origem a parque tecnológico

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Uma cidade tecnológica começa a ser desenhada entre as montanhas de ferro de Itabira, desafiando a dependência histórica do município da receita da mineração. O projeto nasceu com a recente instalação do câmpus da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), que passou a oferecer nove cursos de engenharia a 1.400 alunos na cidade, de 109,4 mil habitantes. Com laboratórios de última geração já equipados, a instituição vai abrigar uma incubadora para atender 50 empresas inovadoras a cada três anos, e trabalha na criação de um parque tecnológico em parceria com a prefeitura local e a mineradora Vale. Está sendo discutida uma lei municipal de inovação e empreendedorismo, outro sinal das transformações que Itabira promete viver nos próximos anos, aposta o reitor da Unifei, Renato de Aquino Nunes.

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“Nosso objetivo vai além de formar engenheiros. A universidade tem plenas condições de ser o principal agente de mudança do perfil de uma economia extrativista e processadora de minérios para uma forte vertente de economia do conhecimento”, afirma. Dentro de seis anos, os investimentos no câmpus, que somaram R$ 90 milhões no prédio em funcionamento, deverão alcançar R$ 350 milhões, com a meta de receber 10 mil alunos. A Vale reservou R$ 38,5 milhões para a compra de equipamentos de ponta na área eletroeletrônica, que serão destinados aos laboratórios que a Unifei está montando.

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Como Itabira, são mais 422 cidades mineradoras no estado, que proporcionaram recolhimento de R$ 553,4 milhões em royalties, a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), de janeiro a setembro, conforme balanço do DNPM. O prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo, diz que os investimentos de empresas como Vale, Samarco e Gerdau continuam sem demonstrar sintomas da crise internacional. O que frustrou os municípios e que eles continuam esperando é o envio do novo marco regulatório do setor ao Congresso Nacional, promessa feita pelo governo federal por diversas vezes e ainda não cumprida.

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Em Itabira, o saldo do emprego formal (admissões menos demissões) cresceu 13,4% frente à evolução bem mais modesta da média do Brasil, de 3,85%, nos últimos 12 meses, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego.

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“Precisamos mais que buscar a diversificação. O que nos preocupa é substituir a renda gerada pelo setor minerário e investir em infraestrutura e projetos sociais”, diz o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Raimundo Nonato Dias Moreira.

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A associação comercial e industrial local (Acita) já vê reflexos da expansão do ensino superior e da geração de vagas nas obras da Vale. A economia está aquecida, especialmente nos serviços de saúde, naqueles ligados à educação e na construção civil, destaca o diretor da instituição, Eugênio Miller, comerciante do ramo de móveis e consultor na área de engenharia ambiental.

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“Itabira caminha para se tornar uma cidade universitária. Para uma cidade quase bicentenária e que tem uma cultura operária, esse movimento traz nova oxigenação”, afirma Miller.

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REFLEXOS Na construção civil, a MD Predial captou o aquecimento na procura por imóveis residenciais e comerciais, conta o gerente geral da empresa, Rangel Costa Guedes. Além do filão de negócios aberto pelo programa Minha casa, minha vida, de moradias subsidiadas pelo governo federal, a empresa lançou prédio misto com as 32 salas disponíveis já vendidas. “A demanda é significativa. Há pais de alunos da universidade (Unifei) procurando apartamentos para comprar e moradores que querem investir em apartamentos para alugar aos estudantes”, afirma Rangel Guedes.

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SOBRAM VAGAS

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Falta mão de obra para atender a demanda das empresas que estão crescendo ou têm planos de expansão em Itabira. Em todo o setor mínero-metalúrgico de Minas Gerais, a formação de pessoal é um tema preocupante. Até 2016, um consórcio formado no estado por grandes mineradoras e empresas siderúrgicas estima a necessidade de contratação de 18 mil pessoas. As vagas serão abertas para todos os níveis de formação profissional, de operadores de máquinas a engenheiros com alta especialização, conforme o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). As grandes mineradoras e siderúrgicas têm conduzido programas de treinamento como solução. Em Itabira, o posto do Sistema Nacional de Emprego (Sine) não tem conseguido preencher todas as vagas abertas. De janeiro a setembro, de 900 oportunidades criadas no município, 218 não foram preenchidas, ou seja, cerca de um quarto do total.

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Fonte: Estado de Minas

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