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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou o relatório de impacto ambiental da Petrobras que prevê a exploração de petróleo no Sul da Bahia. O projeto da Petrobras prevê a perfuração de um poço exploratório no bloco batizado de “BM-J-1”, localizado na bacia de Jequitinhonha, a 29,3 km da costa, numa profundidade de 965 metros.
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A perfuração do poço, segundo informações do Ibama, deve durar cerca de 105 dias. Na exploração do poço, a Petrobras espera identificar reservatórios de petróleo e/ou gás natural.
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Na avaliação ambiental, o Ibama identificou riscos associados à perfuração, como alteração da qualidade da água, contaminação de sedimentos e organismos marinhos, risco de colisão com tartarugas e mamíferos marinhos, além de impacto na atividade turística e população local.
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A perfuração vai ocorrer em uma área de constante atividade de pesca artesanal, onde ocorre deslocamento das embarcações para o Porto de Ilhéus e para o Porto de São Roque do Paraguaçu. No total, três municípios estão na área de influência do empreendimento: Maragojipe, Ilhéus e Una. Só em Ilhéus, a estimativa é que cerca de 30 mil pessoas estejam ligadas diretamente à atividade pesqueira.
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Na área de influência da operação foram identificadas 20 unidades de conservação, sendo 12 federais, sete estaduais e um municipal. Temia-se que a perfuração pudesse afetar o arquipélago de Abrolhos, um santuário ambiental, mas, segundo o Ibama, mesmo numa situação de eventual vazamento, “os impactos ocorreriam no oceano e nos ecossistemas costeiros, com uma pequena probabilidade, menos de 1%, de atingir o arquipélago de Abrolhos”.
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“Pode-se indicar uma baixa importância dos impactos associados com a operação de rotina da perfuração”, concluíram os técnicos responsáveis pela análise do estudo. O Ibama exigiu, no entanto, a criação de Plano de Emergência Individual, voltado a ações de controle, interrupção e contenção de um vazamento eventual, além da proteção e limpeza das áreas atingidas. Segundo o instituto, não foram identificadas restrições à realização da atividade de perfuração no bloco BM-J-1. “De forma geral, o estudo considera de baixo impacto as atividades de rotina na perfuração exploratória”, informa o Ibama.
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A Petrobras aguardava a aprovação dos estudos de impacto ambiental desse poço da bacia de Jequitinhonha há alguns anos. Em 2008, a estatal comprovou a presença de hidrocarbonetos na região, em reservatórios arenosos acima da camada de sal. A empresa já obteve concessão para operar, em parceria com a StatoilHydro, o poço BM-J-3. Esse bloco está localizado a 74 quilômetros da costa da Bahia, numa profundidade 2.354 metros.
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Fonte: Valor Online
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