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Indústria transforma os resíduos em lucro

5 de junho de 2013

A necessidade de reduzir os impactos ambientais e o desenvolvimento de novas tecnologias vêm permitindo ao setor industrial intensificar o reaproveitamento dos resíduos gerados nos processos produtivos. Além da reduç&atilde

A necessidade de reduzir os impactos ambientais e o desenvolvimento de novas tecnologias vêm permitindo ao setor industrial intensificar o reaproveitamento dos resíduos gerados nos processos produtivos. Além da redução dos custos com o descarte, a reutilização destes materiais pode resultar em receitas significativas para as empresas, transformando o que iria para o lixo em lucro.

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Em Minas, importantes segmentos da indústria mantêm projetos para dar uma melhor destinação aos resíduos de fábricas. Entre eles estão a siderurgia, a mineração, a indústria de bebidas e a construção civil, entre outros.

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Uma das empresas que está investindo pesado na busca de novas alternativas é a Vale S/A. Neste ano, a mineradora iniciou um projeto de reciclagem de correias transportadoras de minério, que deverá gerar uma economia anual de R$ 10,5 milhões.

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A companhia está vendendo a sucata para uma recicladora em Minas, que transforma o material descartado, que vinha se acumulando em algumas unidades operacionais no Brasil, em forros de caminhões, cabos de aço para currais, lameiras de aço, cocho para animais e, até mesmo, correias recicladas.

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Além disso, mais R$ 10 milhões estão sendo economizados com o projeto de transformar os dormentes retirados da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) em carvão vegetal. O material é processado por uma empresa no Espírito Santo e será vendido para siderúrgicas.

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O supervisor de Destinação Sustentável de Resíduos e Ativos da mineradora, Bruno Resende, lembra que as operações da Vale geram uma série de tipos de resíduos, desde sucata até papel. Dessa forma, a mineradora mantém várias parcerias para dar a destinação final ao material.

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Além da reciclagem, o avanço tecnológico está permitindo que os itabiritos pobres, que seriam descartados como rejeito na extração de minério de ferro, sejam beneficiados e comercializados, prolongando a vida útil das jazidas. Somente no projeto Conceição Itabiritos, em Itabira (região Central do Estado) a companhia investirá US$ 1,174 bilhão.

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Ambev – Também em busca de soluções para os resíduos, a Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) já registra um índice de reaproveitamento de 99%. Nos últimos dez anos, a companhia diminuiu em 81% a quantidade de resíduo gerado nas unidades fabris, reduzindo assim a utilização de aterros e agregando valor aos subprodutos.

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Parte deste material, segundo a Ambev, é utilizado como insumo por outros segmentos, como o bagaço de malte, destinado à alimentação de gado. Além disso, os cacos de vidro provenientes das quebras no processo de envazamento são utilizados como matéria-prima na fabricação de novas garrafas. A cada dez garrafas produzidas pela Ambev Vidros RJ, oito são feitas com vidro reciclado.

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Para incrementar a reutilização, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) mantém dois programas. O primeiro deles é o Simbiose Ambiental, que compreende uma rodada de negócios envolvendo materiais que seriam descartados, de acordo com o gerente de Meio Ambiente da entidade, Wagner Soares Costa.

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“Em uma das rodadas, uma empresa que tinha como resíduo a acetona encontrou uma fabricante de zarcão que usa o produto químico como insumo” diz. Desta forma, o descarte deixou de ser problema. O outro programa é o Bolsa Resíduos, que compreende uma rodada virtual de negócios. Através do sistema, as empresas anunciam a disponibilidade ou o interesse em alguns materiais.

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Apesar dos avanços já registrados, o reaproveitamento ainda enfrenta alguns entraves, conforme Costa. Entre eles está a legislação que acaba por dificultar o desenvolvimento de novas aplicações para o lixo gerado na indústria.

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Além disso, segundo o gerente, estes processos ainda são limitados às grandes companhias. Ele explica que apesar do interesse, as pequenas empresas contam com pouca capacidade de investimento. Conforme ele, é necessário a criação de mecanismos de incentivo no Brasil para ampliar a reutilização de materiais. Uma das medidas defendidas pelo gerente é a oferta de crédito que garanta a rentabilidade de novos negócios voltados para o reaproveitamento, a exemplo do que ocorre em outros países.

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Biogás – O desenvolvimento tecnológico tornou possível também o uso do lixo depositado em aterros para a geração de energia elétrica. No Estado, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) comercializa desde 2011 a geração de uma usina térmica instalada no bairro Jardim Filadélfia, na região Noroeste de Belo Horizonte.

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Além disso, a companhia está realizando estudos, em parceria com a Metano Engenharia Ambiental, para produzir energia através da vinhaça, rejeito da produção de etanol. De acordo com o engenheiro de Tecnologia e Normatização da Cemig, Cláudio Homero Ferreira, a planta experimental será implantada em Areado (Sul de Minas). O projeto está orçado em R$ 1 milhão.

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Fonte: Diário do Comércio

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