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Indústrias levam mudanças grandes a pequenas cidades

15 de julho de 2013

São Gonçalo do Rio Abaixo. Os trabalhadores ingleses descobriram, no século XVIII, que podiam ganhar a vida fora das lavouras. Puxadas pelas máquinas a vapor, as indústrias começaram a ocupar as pequenas cida

São Gonçalo do Rio Abaixo. Os trabalhadores ingleses descobriram, no século XVIII, que podiam ganhar a vida fora das lavouras. Puxadas pelas máquinas a vapor, as indústrias começaram a ocupar as pequenas cidades e, antes de mudarem a economia global, transformaram a vida de quem vivia nas modestas comunidades. A história chama esse período de Revolução Industrial. Dois séculos e meio depois, algumas cidades mineiras começam a experimentar essa mesma mudança e estão descobrindo os benefícios e os problemas que chegam na esteira do crescimento econômico.

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A partir de hoje, durante quatro domingos, O TEMPO contará a história de pequenas cidades que receberam suas primeiras indústrias há cerca de uma década ou se preparam para sediar grandes investimentos. A revolução que a chegada de uma fábrica causa vai muito além da multiplicação do número de empregos e do inchaço da arrecadação municipal: saúde, educação, segurança e ritmo de vida, nada mais é como antes.

Foi assim com São Gonçalo do Rio Abaixo, na região Central de Minas Gerais. Até 2006, a cidade vivia praticamente da produção agrícola. Naquele ano, a chegada da mineradora Vale mudou totalmente a vida do pequeno município. De lá para cá, a arrecadação cresceu cinco vezes, de R$ 33,85 milhões para R$ 173,5 milhões, no ano passado. Desse total, R$ 75,56 milhões (43,5%) vêm da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) – a taxa da mineração.

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O PIB per capita (média da riqueza gerada para cada habitante no ano) também foi quintuplicado: de R$ 26,92 mil, em 2006, para R$ 144,75 mil, segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010.

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E a qualidade de vida cresceu junto, com todos os investimentos e as oportunidades de emprego que esse dinheiro ajudou a gerar. “Nós usamos os recursos gerados pela mineração para financiar outras áreas, como saúde, educação e infraestrutura. É assim que conseguimos diversificar a economia e atrair novas indústrias, para não ficarmos dependentes de uma atividade só”, destaca o prefeito Antônio Carlos Noronha Bicalho.

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Desde que a Vale começou a explorar a mina de Brucutu, São Gonçalo do Rio Abaixo passou a viver uma revolução industrial particular. Ganhou mais escolas, asfaltou estradas, inaugurou um Senai e está em fase de negociação com a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) para a instalação da primeira faculdade no município.

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Está concluindo as obras de dois distritos industriais, numa área de 260 mil m², para abrigar dezenas de empresas de diversas áreas, como a de alimentos e a metalurgia. E também está investindo R$ 16 milhões na construção de um hospital municipal.

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A cidade tem cerca de 10 mil habitantes. Só a Vale, sem considerar a rede de fornecedores, emprega diretamente 2.000 pessoas, sendo 300 de São Gonçalo e o restante de sete municípios vizinhos.

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Fonte: O Tempo

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