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Investimento a todo vapor

8 de novembro de 2012

rnTrezentos anos depois do início da corrida ao subsolo mineiro, empresas mantêm o fôlego e ampliam o espectro de interesses. A aposta é na retomada pós-crise e na constante inovaçãornA mina compartilha

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Trezentos anos depois do início da corrida ao subsolo mineiro, empresas mantêm o fôlego e ampliam o espectro de interesses. A aposta é na retomada pós-crise e na constante inovação

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A mina compartilha o espaço com o canteiro de obras no complexo de mineração de ferro de Itabira, distante 111 quilômetros da capital e que hoje só perde para as dimensões de Carajás, no Pará. Com R$ 2 bilhões investidos nos últimos dois anos, a construção reúne 7 mil trabalhadores em dois projetos e prevê marcos surpreendentes: um consumo em estruturas metálicas suficiente para erguer duas torres como a Torre Eiffell e concreto na medida da necessidade de três estádios como o Magalhães Pinto, o Mineirão.

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Os investimentos na cidade que se tornou o berço das atividades da Vale vão chegar a R$ 7 bilhões até 2015. O cronograma não para, apesar do cenário de queda, seguido de volatilidade, dos preços do ferro no mercado internacional e das apostas desencontradas sobre o ritmo de crescimento da China, maior destino da produção brasileira de bens minerais. Os aportes da Vale fazem parte de um desembolso total previsto da indústria da mineração de US$ 75 bilhões, deste ano até 2016, de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

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Depois de completar 300 anos desde a primeira incursão dos bandeirantes no Quadrilátero Ferrífero atrás da riqueza do subsolo, o estado deverá captar quase 40% desse montante, o equivalente a US$ 29,98 bilhões, nas estimativas do Ibram. Os programas para exploração de ferro lideram as intenções de investimento, com US$ 22,6 bilhões, mas também aparecem novos segmentos na estatística, como as terras-raras, grupo de 17 elementos com aplicação nobre nas indústrias de alta tecnologia, para produção de telas de computadores e televisores, superímãs para motores, torres de geração de energia eólica, entre outros usos.

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Diferentemente da crise mundial de 2008, que levou empresas de diversos segmentos a suspender investimentos, agora os aportes são mantidos, em alguns casos com uma elasticidade maior do período inicial de desembolso.Marcelo Ribeiro Tunes, Diretor de Recursos Minerários do IBRAM, lembra que a recuperação da demanda do setor ante a turbulência mundial foi mais rápida do que se esperava. “A resultante final desse processo é ascendente. Lamentamos o crescimento menor da China, mas ainda será uma expansão considerável”, afirma.

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O diretor de ferrosos Sudeste da Vale, responsável por Minas Gerais, Antônio Padovezi, afirma que o ritmo da produção não foi afetado pelo cenário internacional mais restritivo. “Até agora, a demanda de minério de ferro não foi afetada e o que nos propusemos a produzir em 2012 é o que vamos fazer. Não estamos analisando nenhuma possibilidade de redução da produção e as reservas de Minas Gerais continuarão respondendo por dois terços da produção, uma participação muito importante em todo o cenário das operações da Vale”. Ao divulgar os resultados do terceiro trimestre, o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Luciano Siani, informou que a mineradora está empenhada em se adequar a um ambiente de preços mais baixos e instáveis, no entanto com demanda firme. A empresa buscará sócios para dividir o esforço de capital para colocar projetos de negócios considerados periféricos, como carvão, níquel e fertilizantes.

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Outros segmentos da mineração, como o ouro e as terras-raras, já vêm mantendo ritmo acelerado na produção, na pesquisa e tecnologia de processamento, respectivamente, a despeito da crise na Europa e nos Estados Unidos. A canadense Kinross, que opera em Paracatu (Noroeste de Minas) a Mina Morro do Ouro, completa no começo do ano que vem um ciclo de investimentos de US$ 1,5 bilhão, como resposta ao significativo crescimento dos preços do metal na segunda metade da década passada.

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Beneficiado pela demanda como ativo financeiro, o ouro saiu de uma cotação de US$ 250 por onça troy (cada onça troy equivale a 31,1 gramas) em 2001 para a casa dos US$ 1.750, passando por um pico de US$ 1.918 no ano passado. O presidente da Kinross Paracatu, Antonio Saldanha Marinho, diz que a expectativa é de continuidade de alta dos preços no médio prazo. “Além de a mina Morro do Ouro estar em franca expansão, a Kinross conduz projetos de pesquisa mineral em Minas. Por enquanto, estamos na fase de estudos para avaliação do potencial mineral de novas áreas”, afirma.

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Fonte: Estado de Minas

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