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Itataia: projeto de separação do minério aprovado

4 de fevereiro de 2014

O projeto de Rota Tecnológica de separação dos minérios na jazida de Itataia – mina localizada na confluência de Canindé, Itatira e Santa Quitéria, no Ceará – foi aprovado recentemente pela Comis

O projeto de Rota Tecnológica de separação dos minérios na jazida de Itataia – mina localizada na confluência de Canindé, Itatira e Santa Quitéria, no Ceará – foi aprovado recentemente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), o que torna a mina cearense a única no mundo a contar com o Relatório de Análise de Segurança. Com isso, segundo informou o deputado federal Danilo Forte (PMDB-CE), os trabalhos da mina cearense são “respaldados”.

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A questão é que o urânio da mina cearense é associado ao fosfato – usado na produção de fertilizantes – e por isso a técnica deve prover uma separação mais eficiente dos minérios.

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Danilo Forte teve um encontro, na última sexta-feira (31), no Rio de Janeiro, com o presidente da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Aquilino Senra Martinez. A INB é sócia da Galvani no consórcio Santa Quitéria, responsável pela extração de urânio da mina.

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“Além de promover o desenvolvimento econômico na região mais pobre do Ceará, a exploração dos minérios de Itataia vai contribuir com a redução do déficit na balança comercial”, afirma Forte.

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O deputado se refere aos US$ 2,5 bilhões ao ano de déficit registrado na balança comercial brasileira, cuja participação do urânio é de tremendo peso para as relações comerciais do País.

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Convênio para qualificação

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Também segundo o deputado Danilo Forte, a INB pretende estabelecer uma parceria com a Secretaria de Educação do Estado para que os 800 postos de emprego gerados diretamente pela mina sejam ocupados por pessoas treinadas na Escola Estadual de Educação Profissional Capelão Frei Orlando, em Canindé – o centro de ensino profissionalizante mais próximo do maior empreendimento daquela região, o qual tem investimento previsto de R$ 870 milhões.

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O motivo de selar mais um acordo com o governo estadual, segundo contou Forte, deve-se ao entusiasmado gerado no INB pela renovação de memorando com o governo do Ceará.

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O documento, como o noticiado com exclusividade pelo Diário do Nordeste em 10 de janeiro de 2014, promete a construção de uma adutora de 42 quilômetros entre o açude Edson Queiroz e a Lagoa do Mato para a atender a mina.

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Além disso, o acesso viário com uma ligação entre a jazida e a rodovia CE-020 e redes de energia e comunicação completam o projeto acordado entre o consórcio e o governo.

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“Tudo isso é importante para criar alternativas econômicas para a região que não tem nada dessa envergadura”, ressalta.

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No entanto, prazos e expectativa de quais cursos e em quanto tempo devem ser formados os profissionais pela escola estadual ainda estão sendo estudados. Pelo que contou Forte, a intenção de Aquilino Senra é estabelecer relação semelhante a que a INB tem com o Senai-MG, onde a grade curricular foi proposta pela empresa com foco nos profissionais que precisavam.

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Um dos últimos trâmites necessários para que as obras possam começar, o EIA/Rima do projeto já foi entregue pelo consórcio Santa Quitéria com todas as correções solicitadas ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), conforme o deputado. Os prazos de construção e funcionamento da mina, no entanto, continuam sem serem divulgados pelas empresas.

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Produção

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Localizada entre os municípios de Santa Quitéria, Itatira e Madalena, a mina de Itataia prevê uma edificação de 61,25 mil metros quadrados, situada em uma área total de 40,42 milhões de metros quadrados e um lucro anual previsto de aproximadamente R$ 1 bilhão.

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Com o urânio associado ao fosfato, a mina tem vocação para produção de fertilizantes e deve, depois da revisão final, fabricar 1,6 mil toneladas (t) de urânio por ano para as usinas nucleares brasileiras de Angra II e Angra III (ainda em construção).

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No que diz respeito aos fertilizantes, devem sair anualmente de lá, a expectativa é que sejam produzidos 810 mil toneladas de fertilizantes granulado, além de 640 mil tonelada de fosfato bi-cálcio; 800 mil t de rocha fosfáltica, 970 mil t de ácido sulfúrico e 240 mil t de ácido fosfórico para o uso em ração animal. “Esse investimento consolida uma vocação antiga daquela região, que é a extração de minérios”.

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Fonte: Diário do Nordeste (CE)

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