Jatene mostra a investidores japoneses as oportunidades de negócios no Pará
10 de setembro de 2012
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Jatene apresentou as oportunidades de negócios que o Pará oferece a investidores internacionais em reunião na sede do Keidaren, no Japão
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As oportunidades de investimentos que o Pará oferece a empresas internacionais foi o tema central da palestra realizada pelo governador Simão Jatene na sede do Keidaren, em Tóquio, que ampliou a rodada de encontros programados durante a visita da missão governamental ao Japão, onde foi assinado, no último dia 4, o contrato de empréstimo com a JICA – Agência de Cooperação Internacional do Japão no valor de R$ 320 milhões, para implantação do sistema de transporte BRT (Bus Rapid Transit). Na exposição feita a representantes de companhias internacionais, o governador traçou um perfil geral das mais importantes áreas estratégicas onde o Japão pode investir, do minério, setor mais evidente na economia paraense, ao desenvolvimento de pesquisas e inovação tecnológica.
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O governador Simão Jatene abriu a apresentação com uma síntese do que é o Pará, um Estado de dimensões continentais com 1,2 milhões de quilômetros quadrados, o que corresponde a 14,6% do território brasileiro. “Porém, maior que essa dimensão física é a potencialidade do Pará”, ressaltou Jatene, destacando a atuação do Estado em dois setores que têm peso significativo no mercado internacional. “Somos um Estado francamente exportador que tem sua economia fundada na exportação. Em 2011, nossas exportações superaram os US$ 18 bilhões, enquanto as nossas importações superaram US$ 1 milhão. Isso nos coloca na condição de sermos o segundo maior saldo na balança comercial brasileira”, disse o governador, arrematando esses dados com outra informação: a de que as exportações continuam concentradas em produtos primários e semi-elaborados, especialmente o minério.
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Só o ferro representa 64,19% das exportações, que tem a China como primeira destinação respondendo por 35%, seguida pelo Japão, com 11% da exportação do produto. No setor da importação, a liderança fica com os Estados Unidos, responsável por 49% do saldo. A participação do Japão é de 3%. Além do hidróxido de sódio, que responde por 15,8%; o trigo (4,69%), pneus (3,47%) e escavadoras (2,92%), entre outros, há uma diversidade de produtos importados que alcançam a cifra de 43%.
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A partir daí, o governador traçou um roteiro para mostrar onde há nichos para investimentos, a começar do setor portuário, que é puxado pelo vizinho estado do Maranhão, especialmente com relação a minérios. Mas o Pará tem quatro portos, com destaque para Vila do Conde, que responde por 16 milhões de toneladas, com a expectativa de alcançar 70.000 toneladas. A soma da exportação, considerando a capacidade de todos os portos, ultrapassa 22 milhões e pode chegar a 116 milhões de toneladas.
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Com novos investimentos no setor infraestrutura e logística, o Pará cria um polo de atração para países como o Japão. “Se nós olharmos o Pará veremos que ele é marcado por três grandes eixos de integração: Tocantins-Araguaia, a rodovia BR-316 (que liga Santarém e Cuiabá) e a Transamazônica”, expôs Jatene, mostrando esses traçados no mapa do Pará. E a partir daí listou áreas de interesse do Estado que podem gerar grandes parcerias com o investidor estrangeiro, como o setor energético, que possui uma capacidade instalada de 8.400 megawatts, mas cujo potencial hidrelétrico pode chegar a 50 mil megawatts.
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Jatene enfatizou, ainda, as áreas propícias à expansão de investimentos e mostrou regiões onde há atividades importantes como a produção de palma, que conta com 25 milhões de hectares disponíveis para cultivo; e de grãos, onde o Pará é o sexto produtor de arroz e o 14º na produção de soja, quem tem uma fronteira aberta para expansão. Também mostrou as regiões onde predomina a pecuária, atividade que coloca o Pará como o 5º. rebanho do Brasil, com aproximadamente 18 milhões de cabeças. Dessas, um milhão são exportadas em pé.
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O governador ressaltou a possibilidade da expansão agrícola, sem avançar na floresta, substituindo extensões ocupadas por uma pecuária pouco intensiva. Apresentou alternativas da exploração florestal sustentável em unidades de conservação; piscicultura e pesca. Pontuou o setor da fruticultura, com a produção do cupuaçu, cacau, coco, banana e fez uma menção especial ao açaí que começa a ter destaque no setor de exportação para o Japão através da empresa Fruta Fruta. “Hoje, para minha alegria, visitei um supermercado onde estava sendo vendido o nosso aça͔, contou Jatene.
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O minério também ganhou destaque ao final da exposição, quando o governador apontou a posição do Pará no ranking do setor: o segundo maior produtor de ferro e níquel do mundo, e o maior de bauxita, manganês, caulim e cobre. “Apesar do carinho que temos por Minas (Gerais), em breve os ultrapassaremos na produção mineral”, descontraiu. A área mais nova a receber investimentos do governo é a de biotecnologia e bioindústria. “Sempre digo que a floresta amazônica é talvez a maior biblioteca do mundo, basta que saibamos lê-la”, disse Jatene, apontando inovadoras possibilidades de investimentos na área de cosméticos e fármacos, atividade esta que ganhou impulso com a criação da Parafarma, que atende ao chamado do governo federal para a produção nacional de medicamentos que tem no Sistema Único de Saúde o principal comprador.
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O governador avaliou que a percepção das potencialidades do Estado é comprovada por esses investimentos, em setores que, juntos, somam aproximadamente R$ 130 bilhões nos próximos quatro anos. O projeto do Estado defendido pelo governador é que o Pará deixe de ser refém do modelo extrativista de produção primária e que seu desejo não é que isso se perpetue. Disse, ainda, que para que isso aconteça acredita que o Pará precisa de uma base de sustentação fundada no que ele chama de tripla revolução: pelo conhecimento, produção e por novas formas de gestão e governança. Esse é o eixo da criação dos parques tecnológicos que serão criados em Belém, projeto que está já em andamento.
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O governador Simão Jatene finalizou a exposição para os 24 associados Keidaren, entidade representativa do segmento empresarial do Japão, convidados para o evento. A palestra foi mediada pelo conselheiro Takao Omae, da Mitsui, moderador do debate que se seguiu à exposição feita pelo governador. Esse momento serviu para que os empresários falassem sobre as possibilidades de investimentos no Pará no âmbito dos setores de infraestrutura e logística.
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Jatene mencionou os investimentos que serão feitos na educação – da ordem de US$ 300 milhões de dólares, em empréstimo contraído junto ao BID -, por entender que é na formação média está a base do profissional no futuro, e ainda os feitos em logística e infraestrura, para os quais o Governo do Estado busca parcerias públicas e privadas. Sob esse aspecto, mostrou que Japão pode ser um parceiro em potencial, até mesmo pelos laços que aproximam os dois países. “O Pará é o Estado brasileiro que tem a terceira maior colônia japonesa. “Este é o momento é de fortalecermos uma amizade que possa ser entendida como complementaridade e que seja bom para ambas as partes”, finalizou.
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Fonte: Agência Pará de NotÃcias