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Jazida coloca Agreste no mapa mineral

29 de abril de 2013

Em Craíbas e Arapiraca, a Vale Verde deve começar a operar sua mina de cobre em 2015rnUm empreendimento da ordem de US$ 450 milhões colocará duas cidades do agreste de Alagoas, a pequena Craíbas e Arapiraca, no mapa

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Em Craíbas e Arapiraca, a Vale Verde deve começar a operar sua mina de cobre em 2015

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Um empreendimento da ordem de US$ 450 milhões colocará duas cidades do agreste de Alagoas, a pequena Craíbas e Arapiraca, no mapa brasileiro de exploração mineral quando a planta industrial da Mineração Vale Verde, que pertence ao grupo canadense Atira Minerais, começar a operar no segundo semestre de 2015. A jazida tem capacidade para produzir 7 milhões de toneladas por ano de minério de cobre durante os 12 anos de vida útil estimados para a operação, gerando uma taxa de retorno do investimento de 19%, segundo estudo de viabilidade econômica elaborado pela companhia.

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O volume dá a exata medida da importância do empreendimento para a região: representa quase três vezes os 2,8 milhões de toneladas por ano de minério de cobre processados pela Mineração Caraíba na Bahia e pouco menos da metade dos 16 milhões de toneladas anuais produzidos pela Vale no Pará, segundo Tony lima, gerente de projeto da Mineração Vale Verde. “E um projeto de médio porte”, afirma, em referência à Serrote da Laje. Pane do investimento será financiado. O agente financeiro é o Banco ltaú, mas devem vir também recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS), do Banco do Nordeste (BNB) e de outras instituições.

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O Projeto Serrote da Laje, como o empreendimento foi batizado, contempla a extração de cobre em uma área total de cerca de 2,6 mil hectares. Do volume extraído da jazida é possível produzir em torno de 130 mil toneladas por ano de concentrado de cobre, com uma pequena proporção de ouro – por volta de 3 gramas por tonelada que contribuem com 8% da receita gerada na operação.

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De acordo com Lima, a produção de 600 mil toneladas por ano de minérios de ferro, que inicialmente estava previsto no projeto, ficou de fora e não há previsão de quando essa atividade será colocada em prática.

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O nome que batiza o projeto foi inspirado nas características da região. Serrote é um diminutivo de serra, e laje faz menção a um afloramento de minério que formou um tipo de rocha Lisa, diz lima. A área que abriga o empreendimento é formada por diversas fazendas a maioria de pequeno porte, dedicadas à agricultura de subsistência, que estão sendo desapropriadas. Assim que as famílias de agricultores forem removidas, começará a construção da unidade. A expectativa é de que o processo esteja concluído até julho, “Negociamos tom 70% das famílias e conseguimos 60% da área”.

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Os US$ 450 milhões correspondem apenas ao capital destinado à instalação da planta. O montante está sendo aplicado na aquisição das propriedades, reassentamento das famílias que moram na área, engenharia e gerenciamento, aquisição de equipamentos, materiais e serviços necessários à construção, além de treinamento e contratação de pessoal. O inicio das obras de construção da planta industrial está previsto para o segundo semestre. Nessa etapa, serão gerados 12 mil empregos diretos, enquanto a  fase de operação, a partir de 2015, empregará 400 pessoas.

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Parte da produção terá corno destino a Caraíba Metais, do grupo Paranapanema: o cobre será transportado por caminhão até o destino Final, na Bahia, percorrendo 450 quilômetros. Haverá também o abastecimento de países da Europa e da Ásia. A distância entre a planta industrial e a capital, Maceió, é de 145 quilômetros por estrada, mas para a exportação será preciso construir um galpão no porto. Os planos são de arrendar urna área não superior a 10 mil metros quadrados e iniciar as obras no fim deste ano. A proporção do volume que ficará no mercado doméstico e do que será embarcado não está definida.

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O empreendimento pode ganhar mais três anos de vida útil com a exploração de uma mina de cobre descoberta na cidade de Igaci, distante não mais do que 15 quilômetros da planta industrial de Craíbas. Trata-se de uma oportunidade futura, que pode contribuir como fonte de minério para o projeto, ou seja, o cobre seria lavrado na mina e levado de caminhão para processamento em Serrote da laje. Lima esclarece, porém, que o investimento nesse alvo potencial não está dimensionado.

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Se a infraestrutura para o escoamento da produção existe, o suprimento de água e energia está sendo providenciado para suprir a demanda do empreendimento. Uma adutora de 57 quilômetros entre Traipu e Arapiraca está sendo construída para levar a água do rio São Francisco a dez municípios da região do agreste, por meio de uma parceria público—privada (PPP). Um terço da vazão de 1,5 mil metros cúbicos de água por hora abastecerá a Mineração Vale Verde.

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Em relação à energia, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) programou para maio a inauguração da subestação de energia Arapiraca III, na qual investiu RS 28,8 milhões entre 2012 e 2013, que ficará interligada à linha de transmissão Rio largo-Penedo. Com um transformador de 100 MVA, a nova subestação reforçará o potencial energético das cidades do entorno de Arapiraca, garantindo o fornecimento à Mineração Vale Verde. As outras duas subestações, Arapiraca I e II, pertencem à  Eletrobrás Distribuição Alagoas.

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Fonte: Valor Estados

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