John Deere nacionaliza fabricação de tratores de esteira
25 de maio de 2016
A John Deere anuncia que irá investir R$ 80 milhões para nacionalizar a produção de tratores de esteira, atualmente importados.
A John Deere anuncia que irá investir R$ 80 milhões para nacionalizar a produção de tratores de esteira, atualmente importados. A fabricante conta com uma linha de máquinas pesadas e equipamentos para construção e mineração, que incluem pás carregadeiras, retroescavadeiras e escavadeiras.
Os tratores de esteira 700J, 750J e 850J da John Deere são versáteis e têm alta aceitação entre os clientes que os utilizam, segundo o fabricante. As máquinas podem ser utilizadas nos mercados de construção, mineração, agrícola, em aterros sanitários e na indústria de agregados.
O equipamento dispõe de cabine, que garante alta visibilidade ao operador. Os três modelos possuem transmissão hidrostática, duas bombas e dois motores hidráulicos, que oferecem alta eficiência de combustível e diversas possibilidades de ajustes de velocidade. O chassi Deere
Dura-Trax garante alta performance nos trabalhos pesados que exigem mais das máquinas.
Os reservatórios dos tratores são individuais para os sistemas hidrostático e hidráulico. Além disso, o comando final é preservado pela sustentação do peso e as cargas provenientes da lâmina são distribuídas entre eixo, pivô, chassi e barra estabilizadora. Os modelos 750J e 850J possuem a cabine basculante.
As máquinas vêm com monitor de diagnósticos que traz o controle de parâmetros, incluindo a sensibilidade de resposta para os sistemas hidráulico e hidrostático e capacidade avançada de análise. Além disso, os equipamentos trazem de fábrica o sistema JDLink Ultimate, que conecta em tempo real os equipamentos e possibilita o gerenciamento da frota remotamente.
O anúncio do investimento acontece dois anos após a companhia inaugurar duas fábricas de linha amarela em Indaiatuba (SP), investimento de US$ 180 milhões realizado em parceria com a Hitachi Construction Machinery, dos quais US$ 124 milhões foram investidos pela John Deere. O projeto prevê a ampliação de 3.000 metros quadrados da unidade para a produção dos modelos 700J, 750J e 850J. Os primeiros equipamentos nacionalizados estarão disponíveis para o mercado a partir de 2018.
“Nossa estratégia traçada em longo prazo independe de oscilações temporárias do mercado, o que nos permite oferecer alternativas eficientes de produtos e serviços aos clientes. Estamos seguros que estamos contribuindo para o fortalecimento dos segmentos de infraestrutura no Brasil”, ressalta Roberto Marques, diretor de Vendas da divisão de Construção e Florestal, em nota divulgada pela John Deere.
Marques afirma que a decisão da nacionalização foi tomada para garantir o acesso dos clientes a um portfólio completo e de alta qualidade. “Isto proporciona maior agilidade para as demandas do mercado local, tanto nos setores de infraestrutura, construção e mineração, como também no agrícola. Por conhecermos as necessidades dos clientes, poderemos moldar melhor nossos produtos, com agilidade na entrega e possibilidade de acessar crédito na aquisição”, declara o executivo.
A nacionalização resultará na criação de 50 empregos diretos e 200 indiretos e permitirá que os equipamentos se enquadrem aos diferentes programas de financiamento de máquinas para clientes brasileiros, permitindo inclusive a exportação destes itens para demais países da América do Sul.
Atualmente são produzidos no Brasil oito modelos de pás carregadeiras, cinco escavadeiras John Deere e quatro da Hitachi e uma retroescavadeira. São importados três modelos de pás carregadeiras, um de escavadeira e três modelos de motoniveladoras montados em regime de SKD (Semi Knock-Down, em inglês).
Em 2015, a empresa também expandiu seu Centro de Distribuição de Peças, em Campinas (SP), para aumentar a eficiência logística e também inaugurou um Centro de Treinamento, voltado para a capacitação de funcionários e parceiros.
Em 2011, a companhia anunciou o ingresso no país e iniciou as importações dos primeiros modelos. Desde então, a consolidação se deu pela construção de duas unidades e também pela constituição de uma ampla rede de distribuidores, que possuem capilaridade nacional.
A companhia possui cinco representantes da marca, Deltamaq, com cobertura no Pará, Tocantins, Amazonas, Roraima, Acre e Amapá; Inova Máquinas, que cobre Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo; Tauron Equipamentos, que abrange Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; Veneza Equipamentos, com distribuição no Nordeste e no Estado de São Paulo; e Rota Oeste Máquinas, que cobre Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Goiás e Distrito Federal.
Notícias de Mineração Brasil