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Lara fecha acordo para comprar projeto de níquel em Goiás

2 de março de 2016

A mineradora canadense vai pagar um total de US$ 580 mil, dividido em parcelas anuais que vão até o inicial da produção comercial do empreendimento

A Lara Exploration assinou opção de compra com a empresa brasileira BCV Consultoria e Projetos para adquirir o projeto de níquel Damolândia, em Goiás. A mineradora canadense vai pagar um total de US$ 580 mil, dividido em parcelas anuais que vão até o inicial da produção comercial do empreendimento.
 
No comunicado enviado ao mercado nesta terça-feira (1), a Lara não explicou se o projeto fica literalmente na cidade de Damolândia (GO), nem informou o número do processo referente ao ativo no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Pela transferência do direito minerário, que está em fase de autorização de pesquisa, a Lara pagou US$ 15 mil à BCV.
 
Dois anos após a data de assinatura da opção de compra do projeto, a mineradora canadense terá que pagar mais US$ 15 mil. Três parcelas de US$ 50 mil serão pagas em 2019, 2020 e 2021. Se a Lara identificar recursos medidos e indicados superiores a 100 mil toneladas de níquel, mais US$ 100 mil deverão ser pagos à BCV. A empresa brasileira recebe mais US$ 300 mil quando a Lara colocar o projeto Damolândia em produção comercial.
 
A BCV ficará ainda com 1% de royalties tipo net smelter return (NSR), que pode ser adquirido a qualquer momento pela Lara por US$ 2 milhões. A área do projeto de níquel, com 7.916 hectares, possui dados de análises geofísicas aéreas e terrestres, geoquímicas e sondagens. A mineradora canadense disse que dados de sondagem diamantada realizada em 2008 apontam corpo com mineralização sulfetada de cobre e níquel com 600 metros de profundidade.
 
Os sete furos de sondagem diamantada identificaram interseções que incluem 40,6 metros com teor de 0,26% Ni e 0,1% Cu; 30,65 metros com 0,42% Ni e 0,19% Cu; 18,5 metros com 0,44% Ni e 0,1% Cu; 1,05 metro com 0,98% Ni e 0,54% Cu, entre outros.
 
A BCV Consultoria e Projetos não possui direitos minerários no DNPM, segundo dados do Jazida.com. Um dos sócios e administradores da empresa, Elias Antonio Cuba, porém, tem uma autorização de pesquisa para níquel em Niquelândia. Ele também é responsável técnico de uma série de direitos de várias mineradoras, como Vale Fertilizantes, e subsidiárias das juniores estrangeiras Horizonte Minerals e Cleveland Mining.
 
Outras mineradoras, como a HM do Brasil, têm direitos em Damolândia (GO). A empresa é subsidiária da Horizonte Minerals, dona de um dos maiores depósitos de níquel laterítico do mundo, no projeto Araguaia, em Conceição do Araguaia (PA).
 
A BCV também assinou em 2007 um acordo com a INV Metals, que tinha ativos de ouro no Pará e agora desenvolve projetos no Equador, para vender o projeto Damolândia. Na época, o acordo previa o pagamento de US$ 900 mil. Os dados de sondagem divulgados pela Lara são de uma campanha inicial realizada em junho de 2008 pela INV. O acordo entre as empresas, porém, não teve sequência.
 
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