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Mackenzie terá centro para Grafeno

18 de fevereiro de 2016

A inauguração contará com a participação do prêmio Nobel de Física russo Andre Geim, que ministrará palestra

Será inaugurado no dia 2 de março próximo, no campus Higienópolis do Mackenzie, em São Paulo, o maior centro de pesquisas avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologias (MackGraphe) da América Latina. A inauguração contará com a participação do prêmio Nobel de Física russo Andre Geim, que ministrará palestra. Também estará presente o físico brasileiro Antonio Hélio de Castro Neto, atual diretor do Centre for Advanced 2D Materials da National University of Singapore e professor visitante do MackGraphe.
 
Os pesquisadores do Mackenzie, dentre as várias pesquisas que estão sendo executadas, já obtiveram sucesso  com o desenvolvimento de uma membrana para dessalinização que é capaz de filtrar a água a ponto de deixá-la pura e beneficiar o uso em hospitais.
 
O material é considerado o futuro da tecnologia mundial, com potencial de movimentar um mercado de US$ 1 trilhão em vários setores, incluindo defesa, eletroeletrônicos, semicondutores, produtos como plástico ou látex, entre outros. O centro irá ampliar o espaço para que os estudantes possam atuar em pesquisas de ponta.
 
O Grafeno, tido como o material mais resistente e fino do planeta, é um dos componentes que estão sendo testados na produção de celulares, tablets e TVs, a fim de torná-los mais resistentes e até dobráveis. Dentre as características que o diferenciam de outros materiais destacam-se a transparência, flexibilidade e a capacidade de conduzir eletricidade melhor que o cobre. O elemento possui a espessura de um átomo e foi isolado apenas em 2004. E justamente por ser recente, só é pesquisado por nove países (incluindo o Brasil).
 
A produção mundial de grafita natural em 2013 foi de 1,1 milhão de toneladas, enquanto a China foi responsável por 70,4% da produção total, seguida pela Índia, Brasil, Coréia do Norte e Canadá, mantendo os números do ranking produtivo feito em 2012. Em escala menor, esse mineral foi produzido nos seguintes países: Rússia, Turquia, México, Noruega, Romênia, Ucrânia, Madagascar e Sri Lanka. O Brasil ocupa o terceiro lugar entre os produtores mundiais de grafita. De 1 kg de grafite pode-se extrair 150g de grafeno, avaliado em pelo menos US$ 15 mil. Prevê-se que o mercado de grafeno terá potencial para atingir até US$ 1 trilhão em 10 anos. E o melhor: estima-se que o Brasil possua a maior reserva mundial, segundo relatório publicado em 2012 pelo DNPM.
 
Quem é André Geim
 
O físico russo Andre Geim é conhecido como descobridor do grafeno e por ter feito demonstrações concretas da levitação magnética. Ele é membro de grupos de pesquisa em física da Universidade de Manchester, foi laureado com o Prêmio Nobel de Física de 2010, juntamente com Konstantin Novoselov, por "experiências inovadoras com o grafeno bidimensional”.
 
Brasil Mineral
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