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Produção cresce vertiginosamente e movimenta a economia dos municípios. Nos últimos nove anos houve um salto de 4.676% na extração, que hoje registra oito toneladas/ano e pode chegar a 15 toneladas/ano em 2015.
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A princípio os dados podem parecer absurdos, mas, de fato, nos últimos anos Mato Grosso voltou a produzir ouro em ritmo acelerado. Para se ter ideia deste crescimento vertiginoso, basta analisar os números equivalentes à produção do minério no Estado. Em 2003, por exemplo, Mato Grosso tinha um valor quase que irrisório de lavras exploradas, algo em torno de 173 quilos ao ano. Em 2011, no entanto, o volume atingiu 8.092 toneladas, o que representa um salto de 4.676% na produção.
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Os dados são do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPN) e confirmam Mato Grosso em terceiro lugar no ranking dos maiores produtores do metal amarelo no País, ficando atrás apenas de Minas Gerais e Goiás, que ocupam a 1º e 2º posições, respectivamente.
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A comercialização do ouro vive em crescente expansão e valorização em todo o mundo. As bolsas de Nova York, Londres, Hong Kong e Sidney – principais comercializadoras da commodity – registram uma cotação do ouro em ascendência. Em maio de 2002, a cotação do minério girava em torno de US$ 300 a onça-troy (o equivalente 31,104 gramas de ouro), em maio de 2012, a cotação é de US$ 1.650 por onça-troy.
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Aumento este bastante significativo, mais ainda se levarmos em consideração que, mesmo em tempos de crise na economia mundial, o preço pago pelo ouro esteve sempre valorizado, atribuindo-lhe a característica de uma aplicação segura.
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A valorização do ouro, entretanto, não é sentida apenas nas grandes bolsas de valores. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Extrativistas de Minérios do Estado de Mato Grosso (Sindminério), Laerte Lisboa Lima, o crescimento da exploração aurífera é real e crescente em muitos municípios mato-grossenses. Fato esse, que gera uma movimentação econômica bastante elevada nas localidades onde o minério é explorado.
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Em Poconé, na Baixada Cuiabana, por exemplo, a busca pelo ouro volta a movimentar a região o que, consequentemente, contribui para aquecer a economia local. José Lúcio do Amaral, que trabalha neste setor, revela que existem ao menos 12 garimpos no município e que, segundo ele, são responsáveis por 70% da economia da Cidade Rosa. “É fácil perceber que esta atividade gera emprego e remuneração aqui na cidade. O trabalho de exploração do ouro é um dos pilares de sustentação da nossa economia, isto porque o garimpeiro ‘deixa aqui’ o dinheiro que consegue por aqui”, ressalta Amaral.
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Ele afirma que essa exploração de ouro na região teve uma queda significativa após o Plano Collor, em 1990. ‘O Plano veio como um balde de água fria para os garimpeiros, muitos ficaram endividados e acabaram abandonando a atividade’. Ele revela, porém, que aos poucos a atividade foi retomada na região, atingindo números significativos a partir do ano 2000. “De lá para cá a atividade tem se expandido e a expectativa de analistas é de que os números possam ser cada vez mais expressivos”, assegurou Amaral. No último mês, ele afirma que o grama do ouro estava sendo comercializado no município ao valor de R$ 86.
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eixoto de Azevedo (692 Km ao norte da Capital) é outra cidade cuja economia passa por momentos de glória, graças também à produção aurífera local. Segundo o presidente da Cooperativa do Vale do Rio Peixoto (Cooagavep), Marco Antonio Reis, a região do Vale do Peixoto possui 657 mil hectares de reserva garimpeira, o que contribui para elevar ainda mais os índices da atividade mineradora.
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Reis relata que mais ou menos 1700 garimpeiros – dos municípios de Novo Mundo, Matupá, Guarantã do Norte, Peixoto de Azevedo, Nova Guarita, Terra Nova e do Distrito de União do Norte – estão associados à Cooperativa. Juntos eles conseguem extrair cerca de 300 quilos de ouro ao mês na região.
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Esse trabalho organizado dentro das cooperativas favorece a produção do minério que, aos poucos, está sendo realizada de forma organizada e sustentável. Em Peixoto mesmo, existem mais de 50 áreas legalizadas para extração do ouro e outras 12 áreas recuperadas, conforme assegura Reis.
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O presidente do Sindiminério, Laerte Lisboa assegura que a economia crescente no município é visível por todos. “Há uns três anos atrás você andava por Peixoto e encontrava à sua disposição umas duzentas casas para você morar, sem nem precisar pagar por isso, Hoje em dia, para você conseguir uma casa no município, você tem que fazer uma verdadeira romaria nas ruas. O comércio reabriu as portas e a vida na cidade mudou completamente” lembra ele.
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Ainda assim, o presidente do Sindicato alerta para o fato de que muitos garimpeiros e mineradoras ainda exercem a atividade na base da informalidade. Justamente por isso, os altos números apresentados pelo DNPM podem ser ainda maiores dos que os computados pela Receita.
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Mercado Promissor
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O setor mineral de Mato Grosso é considerado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) como um dos mais promissores do Estado, sendo que atualmente a extração do ouro desperta maior atenção entre todos os demais minérios (diamante, fósforo e potássio, ferro, calcário, entre outros). Os municípios onde foram identificados indícios e até mesmo comprovada a existência de minérios são Paranatinga, Alta Floresta, Aripuanã, Vila Rica, Pontes e Lacerda, Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Nova Xavantina e Tangará da Serra.
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Ainda segundo o Ibram, em torno de 75% do minério produzido no Brasil é exportado. Entre os principais compradores estão o Reino Unido, a Suíça, Emirados Árabes e Estados Unidos.
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Entraves
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A dificuldade para conseguir a legalização de áreas para extração mineral e as altas taxas aplicadas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) à cadeia produtiva do minério são os principais obstáculos encontrados por aqueles que visam exercer a atividade legalmente.
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O representante da Coogavep, revela que existe muita burocracia para se obter as licenças para exploração. “Nós da cooperativa tentamos atrair os garimpeiros, pois sabemos que juntos é muito mais fácil conseguir a liberação das áreas. Trabalhamos com uma equipe de geólogos, engenheiros florestais, biólogos, enfim, temos uma estrutura que possibilita que o trabalhador consiga mais rapidamente exercer a exploração legal do ouro”.
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O presidente faz questão de ressaltar que a região do Vale do Peixoto é a primeira do Brasil a ter uma cooperativa nesta atividade. “Sozinhos os profissionais têm uma dificuldade enorme de exercer a função, é um processo demorado e caro. Juntos podemos facilitar e baratear essas taxas”, ressalta Reis.
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Fonte: Circuito On Line
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