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Menor ritmo chinês traz oportunidade para o Brasil

17 de julho de 2012

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País poderá se fortalecer como parceiro comercial chinês com intensificação das exportações para a China

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Ainda que a redução do ritmo de crescimento da China acenda o sinal amarelo para toda a economia global, é possível que o Brasil aproveite essa oportunidade para reforçar os laços comerciais entre os dois países. Na avaliação de especialistas, nos próximos meses, a China precisará ainda mais do Brasil para conseguir sustentar seu processo de recuperação — mantendo o ritmo de compra de matérias primas —, ao mesmo tempo em que tende a reduzir suas exportações globais, oferecendo, talvez, menos concorrência à boa parte da indústria brasileira.

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“A desaceleração da China não é um problema para o Brasil em termos de comércio. Isso pode até afetar os investimentos no curtíssimo prazo, mas não será algo relevante diante do cenário previsto”, avalia Marcos Troyjo, diretor do BRICLab da Universidade Columbia.

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Segundo Troyjo, para gerar emprego internamente — uma das principais necessidades da economia chinesa — o país terá de manter o investimento em suas obras de infraestrutura, garantindo, por exemplo, o volume de importação de minério. Ao mesmo tempo, também há previsões positivas para o outro lado da balança: com a perspectiva de
redução de investimentos em setores como o de eletroeletrônicos, espera-se que a exportação chinesa passe por certa retração nos próximos meses.

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“A China não pode mais só investir em exportação e o Brasil tem muito a oferecer à sustentação da economia chinesa, que vai precisar cada vez mais de matérias primas”, completa Antonio Corrêa de Lacerda, professor do Departamento de Economia da PUC-SP. Lacerda pontua também que, ainda que haja volatilidade no preço internacional das matérias primas (leia mais abaixo), a tendência é de as commodities encontrarem seu ponto de equilíbrio e não repetirem mais a alta registrada antes da crise de 2008.

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As exportações brasileiras para a China são concentradas em cinco produtos — soja, minério de ferro, petróleo, celulose e açúcar — sendo que os três primeiros respondem por 85% do total. O saldo é positivo para o lado brasileiro. Estava em US$ 3,8 bilhões em maio, nos dados acumulados do ano.

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Crescimento

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Vale lembrar, porém, que se trata de um país com um dos maiores níveis de crescimento mundial, previsto em 8% até o fim do ano, segundo os dados revistos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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A instituição divulgou ontem sua nova projeção para a economia chinesa em 2012. Houve redução de 0,2 ponto porcentual, passando de 8,2% para 8,0%.
Segundo o FMI, as economias emergentes desaceleram devido “a forças globais, demanda doméstica mais fraca e maior aversão dos investidores ao risco”. “Todas elas, de formas diversas, viram as exportações ou os investimentos desacelerarem”, disse Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI. Na análise da Consultoria LCA, a reaceleração da economia chinesa, inicialmente prevista para começar neste terceiro trimestre, “pode vir a ocorrer em ritmo mais lento”. Nesse contexto, ainda segundo a LCA,
“aumentam as chances de que as autoridades chinesas intensifiquem iniciativas de estímulo monetário e fiscal”.

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Segundo Adriano Gomes, da ESPM, visto que recentemente o governo chinês tem intensificado as medidas para fortalecer a economia, a recuperação
pode ganhar fôlego com foco no tripé corte de juros, redução da tributação sobre investimento e ajuste cambial. “O ideal, porém, é ter cautela nas
expectativas, pois a China está claramente tentando migrar para um modelo mais voltado ao consumo”, afirma Rodrigo Constantino, especialista do
Instituto Millenium.

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Fonte: Brasil Econômico

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