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Mercado projeta estabilidade de preços do minério de ferro

17 de outubro de 2013

Confiança é a palavra de ordem hoje no mercado das commodities metálicas, que viveu nos últimos meses muitas incertezas acerca do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global, principalmente em relação &

Confiança é a palavra de ordem hoje no mercado das commodities metálicas, que viveu nos últimos meses muitas incertezas acerca do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global, principalmente em relação à economia chinesa. A cotação do minério de ferro tem oscilado bastante, mas até o fim de 2013 e início de 2014 há um consenso entre analistas de que os preços devem se estabilizar com ligeiro viés de queda.

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Conforme estudo da LCA, obtido com exclusividade pelo DCI, as cotações externas de minério de ferro têm reagido aos sinais de melhora da atividade mundial, mas o cenário ainda é de incertezas, o que não deixa muito espaço para fortes altas. Para 2013, a média dos preços do insumo deve ficar em torno de US$ 134 a tonelada, e para o ano que vem, US$ 132 a tonelada.

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Já o Itaú BBA projeta uma cotação média do minério de ferro em torno de US$ 116 a tonelada para 2013. Porém, como nos últimos meses os preços têm ficado estáveis em cerca de US$ 130 a tonelada, patamar 10% mais alto que a média de 2012, este avanço pode contribuir para uma elevação considerável da balança comercial do Brasil, que é bastante impactada pelas exportações do insumo. “O minério de ferro representa 15% da balança comercial brasileira. Se os preços se mantiverem nesse patamar, isso pode significar um aumento de 1,5% nas contas externas do País”, afirma o analista de Pesquisa Econômica do Itaú BBA, Artur Passos.

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Ele explica que a oscilação constante dos preços do minério de ferro nos últimos meses é reflexo do processo de recomposição dos estoques na China. “Agora, com os sinais de recuperação demonstrados desde agosto, os preços voltaram a subir”, destaca Passos. No primeiro semestre, a cotação do insumo girou em torno de US$ 110 a tonelada, tendo atingido estabilidade em US$ 130 apenas nas últimas semanas.

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Ainda segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o preço do minério de ferro importado pela China (62% de teor contido) subiu 7,8% em agosto na comparação anual, para US$ 137 a tonelada, vindo de uma alta de 10,8% em julho. Esses resultados contribuíram para elevar ainda mais a média anual da cotação do insumo.

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Nos próximos anos, Passos acredita que a cotação do principal insumo para a produção de aço deverá se estabilizar na casa dos US$ 90 a US$ 95 a tonelada.

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“Do mercado ao produtor, todo mundo enxerga estabilidade no médio e longo prazo. A demanda não vai cair, apenas desacelerar”, diz.

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De acordo com relatório da LCA, o cenário para a commodity ainda exige cautela, uma vez que um conjunto de fatores será determinante para alavancar ou não a demanda por minério de ferro nos próximos anos. Segundo a consultoria, a recuperação dos EUA está cercada de incertezas, a União Europeia sai lentamente da recessão e a China ainda sinaliza crescimento a um ritmo mais ameno.

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Somado a esse quadro, projetos em andamento deverão elevar a capacidade mundial de produção de minério de ferro em 90 milhões de toneladas até o final de 2013, o que impede fortes altas de preços no curto prazo.

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Produção

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De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a extração de minérios ferrosos recuou 7,2% de janeiro a julho deste ano. A LCA credita parte do desempenho negativo às dificuldades de operação em minas importantes, falta de licenças para operação e adversidades climáticas.

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Por outro lado, os embarques de minério de ferro cresceram 2% até agosto, diante de uma queda de 1,4% das exportações no primeiro semestre. O resultado de agosto foi determinante na conta, uma vez que as vendas externas cresceram 13,2% no mês, principalmente em meio à melhora da produção global de aço.

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De acordo com projeção da LCA, a produção nacional de minério de ferro deve cair 4,5% em 2013, diante do cenário de incertezas e lenta recuperação dos países desenvolvidos.

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Já para 2014, o relatório da consultoria mostra que deve haver um avanço de 7% da extração do insumo no País. O incremento é esperado diante das perspectivas de melhora do consumo aparente global de aço.

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Fonte: DCI

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