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METAIS SOBEM E VOLTAM A NÍVEIS DE SETEMBRO

1 de fevereiro de 2012

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Depois de um longo período de constante e intenso declínio nos preços internacionais dos metais, janeiro trouxe algum fôlego para os produtores das commodities. O mês foi marcado por uma recuperação das cotações: desde o início do ano, o alumínio alavancou 15%, enquanto o cobre subiu 12%, ambos voltando a patamares registrados em setembro. A esperança de que a crise européia terá um desfecho ameno, de que a China continuará sustentando a demanda global e de os EUA começarão a retomar o rumo do crescimento foi o sentimento que diminuiu a aversão ao risco dos mercados e impulsionou as cotações. Questionamentos surgem, no entanto, sobre a sustentação dessas altas e deixam o cenário para as commodities ainda nebuloso.

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“Houve um susto em 2011, mas o início deste ano veio positivo. A volatilidade acontece, pois os metais viraram hedge no mercado financeiro” afirmou Luciano Borges, consultor em mineração, ex-secretário nacional Minas e Metalurgia.

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Ontem no patamar dos US$ 2.299 por tonelada métrica na Bolsa de Metais de Londres (LME), o alumínio começou a se recuperar do declínio do passado. No mesmo passo, o cobre alcançou os US$ 8.495,50 por tonelada métrica. Ambas cotações mostram um retorno aos níveis vistos em setembro, quando a tendência de declínio se firmou nos mercados das commodities metálicas.

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Parte dessa retomada está embasada nos dados macroeconômicos positivos nos EUA. O clima otimista foi intensificado com as promessas do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) sobre a manutenção das taxas de juros baixas no país pelos próximos anos. O mesmo caminho está sendo tomado pela China, que quer voltar aos altos índices de crescimento. O país cresceu 8,9% no último trimestre de 2011, o pior desempenho desde 2009. Diante disso, iniciou um movimento de alívio da política monetária.

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“A China ainda tem crescimento surpreendente. Outros países emergentes também estão com dados positivos. A Europa, mesmo em crise, continua consumindo. A LME capta variações no curtíssimo prazo, mas os investidores têm visto que a demanda tende a voltar a se firmar”, explicou José Mendo de Souza, consultor em mineração.

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Do lado dos fundamentos econômicos, no entanto, janeiro foi ainda marcado pelos efeitos do excesso de oferta em alguns setores, como no de alumínio, – verificado desde o ano passado. O mercado acompanhou consecutivos anúncios de empresas – como a Alcoa, a Norsk Hydro e a Rio Tinto – cortando capacidade de produção ao redor do mundo, para enfrentar as baixas cotações.

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Diante de um cenário ainda conturbado, as perspectivas que se desenham para os metais não ferrosos são bastante variadas.

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Analistas do Barclays Capital acreditam que a desaceleração da demanda pelas commodities vai se estabilizar no primeiro trimestre, se traduzindo em uma “recuperação sequencial” no segundo.

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Em relatório, o banco afirma que o setor imobiliário chinês – grande consumidor dos metais – continuará a crescer, mas a passos menores, e que o país apresenta pequenos estoques, o que deve gerar um movimento de compra nos próximos meses.

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O Morgan Stanley, por outro lado, revisou para baixo as projeções para os metais em 2012, citando perspectivas pessimistas para a economia global e a possível alta do dólar ao longo do ano.

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“Em geral, estamos negativos com relação aos metais que têm grandes excessos de oferta, como no caso do alumínio, do níquel, chumbo e zinco”, afirmaram os analistas do banco em relatório. No mesmo caminho, o Standard Bank duvida de altas sustentadas. “Nós não acreditamos que a situação se sustentará por muito tempo. Os recentes cortes na produção de alumínio global não estão nem perto de originar uma recuperação substancial nos preços do metal”, afirmou o banco em documento.

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Para o petróleo, por outro lado, as perspectivas são de continuidade de alta, diante da forte demanda física pela commodity. No acumulado do mês, o Brent avançou 3,57%, sendo que em doze meses, apresentou alta de 9,46%. O risco político continua em voga, no entanto, com a disputa em torno do programa nuclear do Irã.

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Fonte: Valor Econômico

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