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Metal marca presença nos campos de futebol

23 de abril de 2013

Ao tocar os gramados de Dallas, no amistoso contra o México no ano passado, as chuteiras de Neymar atraíram olhares do mundo inteiro. Em tom de rosa-pink e com as palavras “alegria e ousadia” bordadas, os calçados da Nike trazi

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Ao tocar os gramados de Dallas, no amistoso contra o México no ano passado, as chuteiras de Neymar atraíram olhares do mundo inteiro. Em tom de rosa-pink e com as palavras “alegria e ousadia” bordadas, os calçados da Nike traziam uma novidade: travas feitas de borracha e de alumínio. Leve e resistente, o metal vem fazendo sucesso crescente nos campos de futebol.

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Nas partidas, veste os pés de muitos jogadores – além do camisa 11 da seleção brasileira – que preferem as travas de alumínio para jogar em gramados irregulares ou em dias chuvosos. Já nos estádios, serve para fazer as coberturas, fachadas, estruturas e assentos. Em alguns casos, até mesmo os equipamentos de engenharia, como moldes para fazer as arquibancadas, são de alumínio. É o caso do serviço prestado pela carioca Mills que, aliás, aluga os equipamentos.

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O metal ganhou as obras do país e puxou a venda dos grandes produtores de insumo, como Alcoa e Votorantim. Em 2007, quando se iniciou o aquecimento do setor imobiliário, foram consumidos 112,8 mil toneladas de alumínio na construção civil. No ano passado, esse número pulou para 186,4 mil toneladas, um crescimento de 65% segundo a Abal, associação dos fabricantes de alumínio.

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“O alumínio é mais leve que o ferro e que o aço, o que favorece a rapidez e menor contratação de mão de obra nos empreendimentos. Além disso, a vida útil é de 40 ou 50 anos. Esses benefícios vêm sendo absorvidos pelos investidores, já que na comparação de preços, o metal ainda é mais caro que os demais”, diz José Carlos Garcia Noronha, da Abal.

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O alumínio, diferentemente do ferro, não enferruja – garantindo, pelo menos, duas vantagens: não exige repintura das paredes (é comum ver nas fachadas marcas de ferrugem escorridas, em razão das chuvas); e não corre o risco de enferrujar, evitando assim desabamentos.

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Esses fatores seduziram as construtoras a usar mais o alumínio. Os 12 estádios que vão sediar os jogos da Copa de 2014 têm ou terão alumínio – o que inclui, até mesmo, os mais antigos como o Maracanã, construído para a Copa de 50, quando as obras usavam basicamente concreto e aço. Ao todo, as construções dos estádios vão demandar R$ 7,4 bilhões.

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O estádio carioca – que ainda defende o título de ser o maior do mundo (ou pelo menos um dos maiores) – passa por reformas e vai usar 60 toneladas de alumínio fornecidas pela Hydro, empresa norueguesa, presente em 40 países e que está desde 1998 no Brasil. “O Maracanã tem a fachada tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, então o alumínio foi usado basicamente em algumas partes da fachada e portas internas”, diz Marcelo Santos, gerente de construção civil da multinacional.

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Vender alumínio para estádios não é uma novidade na trajetória da Hydro, que chegou a fornecer o metal para as obras do Engenhão, no Rio, na época do Panamericano. No conjunto das obras para Copa de 2014, a companhia está fornecendo alumínio também para as fachadas e gradis da Arena de Pernambuco (65 toneladas). O executivo conta que, para suprir a demanda, a Hydro não teve que fazer adaptações nas suas unidades fabris. Mas usou uma estratégia curiosa para atender a urgência dos pedidos, diante dos atrasos das obras: avisou os funcionários que aquela encomenda de alumínio era para obras dos estádios. “Todo mundo colaborou”, diz. Afinal, há um torcedor em cada brasileiro.

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O avanço do alumínio na construção civil e a Copa de 2014 ajudaram a puxar os negócios da Alcoa, a maior fabricante mundial do metal. A companhia forneceu 200 toneladas de alumínio para a construção das fachadas interna e externa do Arena Fonte Nova, em Salvador (BA) – cuja obra ficou a cargo do consórcio OAS-Odebrecht. Segundo José Carlos Cattel, diretor da divisão de extrudados da Alcoa, a solução foi entregar o perfil de alumínio industrial já pintado na cor branca para a fabricante espanhola Inobe, que fez os brises com iluminação.

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“O alumínio dá o efeito de uma joia, permitindo que as pessoas reparem mais no entorno de uma arena”, diz José de Arimatéia Nonatto, gerente de engenharia e produtos da Belmetal, referindo-se às obras em curso no Brasil da Copa. Por meio da Votorantim Metais, a empresa forneceu alumínio para as obras do Estádio Nacional de Brasília (apelidado de Mané Garrincha) e para a Arena Grêmio. “Nos projetos de antigamente, havia somente blocos de concreto”, afirma. “Até que vieram os estádios europeus, trazendo a concepção das arenas multiuso, utilizando bastante vidro e alumínio. Sobraram de concreto, somente as vigas e pilares.”

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No caso da Belmetal, a rapidez contou pontos em favor do alumínio. Na Arena Grêmio, no Rio Grande do Sul, o sistema de fachadas utilizado foi o “off-set wall”, mecânico e que se assemelha a um lego (brinquedo com peças de encaixe exato)

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Fonte: Valor Econômico

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