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Mina da Anglo American vai ganhar vida útil de 20 anos

19 de março de 2013

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A Mineração Catalão, empresa de nióbio da Anglo American, já deu início aos investimentos de US$ 325 milhões para elevar a capacidade de produção e a vida útil de sua mina dos atuais cinco anos para 20 anos. “A maior parte do aporte será feita neste ano, mas ficará um saldo para 2014,” afirmou Ruben Marcos Fernandes, presidente da Unidade de Negócios Nióbio e Fosfato da companhia.

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Localizada no município de Catalão (GO), essa operação de nióbio da companhia existe desde 1976 e poderia manter vida útil apenas até 2018 caso os investimentos não fossem realizados.

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A nova tecnologia, diz o executivo, permitirá o beneficiamento de rochas para a obtenção do metal, em um procedimento que não era realizado até então. Atualmente, a companhia extrai o minério localizado em minas a céu aberto. Nesse processo, o beneficiamento do pirocloro (minério de nióbio), é mais simples. No entanto, a quantidade de minério disponível nas minas caiu ao longo do tempo, e a solução foi investir para a retirada do minério localizado em rochas brutas bem mais abaixo da superfície.

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O tratamento das rochas, porém, é mais difícil, e a extração do metal exige um número maior de etapas de processamento nas atuais instalações. Além de investimentos em equipamentos específicos para a retirada das rochas, são necessários aportes para a adaptação da unidade de beneficiamento, segundo Fernandes.

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No ano passado, a Anglo produziu 4,4 mil toneladas de nióbio contido em ligas de ferro-nióbio (com teor de concentração de 66%) e exportou a maior parte para siderúrgicas, principalmente chinesas. O objetivo, após os investimentos, é de produzir 6,5 mil toneladas de nióbio contido em ligas de ferro-nióbio por ano. Em 2014, quando os aportes de recursos estiverem finalizados, a companhia já espera chegar perto da nova capacidade.

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Em 2009, a Anglo American chegou a considerar a venda de seus ativos de nióbio no Brasil, mas decidiu manter a operação por avaliar que poderia trazer valor ao acionista. “A operação [com nióbio] tem um potencial muito forte e a Anglo quer se fortalecer no Brasil”, disse Fernandes.

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Apesar de corresponder por uma fatia pouco significativa das receitas totais da Anglo American, o negócio de nióbio é considerado estratégico, afirma o executivo. No ano passado, a unidade do metal registrou receitas de R$ 173 milhões, enquanto os resultados globais do grupo contabilizam uma receita de US$ 32,8 bilhões.

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O metal é valorizado por ser leve e resistente. O uso de 500 gramas em uma tonelada de aço, por exemplo, reduz em 30% o peso da liga. “Por isso, existe uma tendência mundial de aumento do uso”.

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A Anglo American detém aproximadamente 15% das reservas globais de nióbio – 41,4 milhões de toneladas -, sendo que o Brasil concentra 98% do total mundial. A Cia. Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), maior fabricante global do metal, da família Moreira Salles, concentra a maior quantidade, em Araxá (MG). O Canadá é o segundo país com maiores reservas, segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

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Atualmente, a tonelada de ferronióbio vale no mercado em torno de US$ 25,6 mil e, na avaliação da Anglo American, a tendência para o preço é positiva devido ao aumento da demanda. O crescimento da China é um dos fatores que vai impulsionar o consumo do metal, afirma Fernandes. “À medida que cresce o consumo de aço, também cresce o de nióbio”.

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No momento, a multinacional anglo-sul-africana constrói no país o projeto Minas-Rio, de minério de ferro, com investimento de US$ 8,8 bilhões. No fim de 2011, a empresa construiu a metalurgia de ferro-níquel de Barro Alto, também em Goiás, com aportes de U$ 1,9 bilhão.

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Fonte: Valor

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