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Minas encosta na meta de R$ 18 bilhões em investimentos

18 de outubro de 2012

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O balanço dos investimentos anunciados em Minas Gerais de janeiro a setembro confirma 2012 como um retrato da cautela do setor privado, diante dos efeitos da crise internacional e do crescimento menor da China, principal parceiro de comércio exterior do estado. O governo estadual firmou 124 protocolos de intenção de investimentos, avaliados em R$ 17,934 bilhões, informou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck. A cifra representa queda de um terço na comparação com o montante total de R$ 27 bilhões dos 129 acordos assinados no mesmo período de 2011.

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Pelo segundo ano, a disposição das empresas de desembolsar recursos arrefeceu, quando analisado o bolo recorde de R$ 50 bilhões que Minas atraiu em 2010. Naquele ano, o Produto Interno Bruto do estado (o PIB, a soma da produção de bens e serviços) cresceu à surpreendente taxa de 10,9%, ante 7,5% da média do Brasil. Os números, entretanto, foram influenciados por uma base de comparação fraca, já que o PIB havia encolhido 2,7% no estado e 0,2% no país em 2009, reflexo do baque provocado pela turbulência na economia em setembro de 2008.

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A boa notícia neste ano é que, apesar do freio na intenção de investimentos, o número de acordos se manteve, na prática, em linha com o resultado de 2011, mostrando diversidade maior e a participação de empresas de pequeno e médio portes. Os projetos anunciados deverão gerar 23.276 empregos. Outro destaque importante foi a capacidade do Norte de Minas, região mais pobre do estado, de concentrar parcela significativa dos projetos do setor privado, de 11,2% (R$ 2,012 bilhões) do total, à frente do desenvolvido Sul de Minas e do Vale do Rio Doce, o chamado Vale do Aço.

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O governo mineiro tem motivos para comemorar o balanço, pondera a secretária de Desenvolvimento Econômico, que havia definido como meta atrair investimentos no valor de R$ 18 bilhões até dezembro de 2012. “Trabalhamos num cenário internacional que apontava para os impactos da crise. Decidimos não arriscar e, desse ponto de vista, o resultado do nosso esforço foi bom”, afirma Dorothea Werneck.

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A distribuição dos projetos por setor de atividade também indicou diversidade. Embora a indústria da mineração tenha respondido por quase metade (49,8%) do valor global anunciado, uma cifra de R$ 8,933 bilhões, a cadeia de alimentos, bebidas, fumo e agronegócio, elos essenciais para o fortalecimento do consumo interno e que têm fôlego para exportações, teve contribuição destacada, de 20,8% (R$ 3,729 bilhões), seguida da intenção de investimentos de R$ 1,123 bilhões, o equivalente a 6,3% do total, do segmento de metalurgia.

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Os dados foram compilados pelo Instituto de Desenvolvimento Integrado (INDI), encarregado de vender o potencial do estado e de apoiar as empresas. Dos investimentos anunciados, 14%, o correspondente a R$ 2,485 bilhões, ainda não têm endereço definido no estado. Em volume de acordos, a liderança permaneceu na Região Central, que abriga a industrializada Região Metropolitana de Belo Horizonte, com 41 projetos.

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O Sul de Minas ficou na segunda posição, ao atrair 39 empreendimentos. A robusta posição reflete o dinamismo do setor eletroeletrônico, pólo industrial local, com 18 acordos firmados de janeiro a setembro, e a intenção de investimentos de R$ 903,117 milhões, 5% dos aportes anunciados no estado. Diferentemente deste ano, 2011 foi marcado pelo anúncio de investimentos de grandes companhias como a AngloGold Ashanti, BHP Billiton e MMX Mineração, que pesaram na estatística.

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Produção

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A recuperação da produção industrial em agosto, conforme divulgou na terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é mais um fator positivo para a perspectiva dos investimentos do setor privado, observa Dorothea Werneck. Em relação a julho, a indústria brasileira elevou o ritmo em 1,5%, graças à reação de nove dos 14 locais pesquisados pelo IBGE. Minas apresentou variação de 3,3%, portanto acima da média nacional. Frente a agosto de 2011, o estado registrou alta de 4,6%, melhor performance entre as cinco áreas que tiveram crescimento – as outras foram Goiás, Bahia, Nordeste e Pernambuco. Na média do país, houve queda de 2%, puxada pelo desempenho negativo em nove das 14 áreas investigadas pelo IBGE.

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Fonte: Estado de Minas

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