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Grandes empreendimentos voltados para a exploração de minério de ferro prometem transformar o Médio Espinhaço (região Central do Estado) na nova “fronteira minerária” de Minas Gerais, impulsionando a economia de pequenas cidades, como Guanhães, Morro do Pilar e Conceição do Mato Dentro. Para se ter uma idéia, apenas duas empresas – Anglo American (Sistema Minas-Rio) e Manabi Holding – preveem produzir cerca de 140 milhões de toneladas/ano, mais da metade do que é extraído hoje no Estado, aproximadamente 260 milhões de toneladas/ano.
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As reservas existentes na área são conhecidas há alguns anos, mas sua exploração era considerada economicamente inviável, em virtude dos elevados investimentos necessários para beneficiamento e escoamento. Com o avanço tecnológico e o aumento significativo nos preços do mineral no mercado internacional, este cenário mudou e o Médio Espinhaço passou a atrair a atenção de investidores. Agora, a região começa a trilhar um caminho similar ao do Norte de Minas, que já conta com projetos bilionários em fase de implantação.
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O projeto mais adiantado no Médio Espinhaço é o Sistema Minas-Rio, da Anglo American, que deve consumir US$ 5 bilhões.
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De acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), entre 2008 e a primeira quinzena deste mês, deram entrada no órgão 124 processos para pesquisa de minério, considerando-se os municípios de Conceição do Mato Dentro (55 requerimentos), Morro do Pilar (30), Guanhães (24) e Alvorada de Minas (15). E entre as empresas que entraram com solicitação está a Vale S/A, conforme o DNPM.
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O superintendente de Mineração e Metalurgia da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Eduardo Carlos Jardim Mozelli, confirma que a região já é considerada uma das mais importantes fronteiras minerárias do Estado, em virtude da capacidade de atração de aportes.
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“O Quadrilátero Ferrífero, na parte mais próxima a Belo Horizonte, por exemplo, já está consolidado”, diz.
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Além disso, segundo ele, é verificada uma maior movimentação de empresas do setor de prestação de serviços, interessadas nos projetos em desenvolvimento na região. “Este segmento voltado para a indústria da mineração tem grande importância para o Produto Interno Bruto (PIB) de Minas”, explica Mozelli.
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O projeto mais adiantado no Médio Espinhaço é o Sistema Minas-Rio, da Anglo American, que deve consumir investimentos da ordem de US$ 5 bilhões. A companhia produzirá, inicialmente, 26 milhões de toneladas/ano de minério de ferro em suas jazidas em Conceição do Mato Dentro. O start-up está previsto para 2013.
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Porém, este volume poderá aumentar em 246%, já que a mineradora vem realizando pesquisas na área para confirmar as reservas necessárias para ampliar o projeto inicial. Estima-se que a capacidade do Sistema Minas-Rio possa alcançar entre 80 milhões de toneladas/ano e 90 milhões de toneladas/ano, conforme já informou o presidente da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil, Paulo Castellari. Além das jazidas, os aportes compreendem um mineroduto, entre Conceição do Mato Dentro e o Porto Açu, em São João da Barra (RJ). A empresa também é sócia do terminal no litoral fluminense.
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Outro projeto em desenvolvimento é o da Manabi Holding S.A., em Morro do Pilar. Apesar de a empresa não detalhar os planos de operação, diversas fontes do mercado acreditam que a produção da companhia poderá alcançar 50 milhões de toneladas anuais.
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Ao todo, a Manabi possui direitos para prospecção de minério de ferro em uma área de cerca de 9 mil hectares, nos municípios de Morro do Pilar, Conceição do Mato Dentro e Passabem. Além do desenvolvimento da mina, está prevista a implantação de um mineroduto e de um porto. Já a Vetor Sul Mineração está prospectando áreas em Guanhães. No entanto, ainda não existem projeções em relação ao volume que será produzido nas jazidas da empresa mineira.
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Fonte: Diário do Comércio MG
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