Estudo inédito divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), durante o 16º Congresso Brasileiro de Mineração, mostra que a importância da indústria extrativa para o Estado não se restr
Estudo inédito divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), durante o 16º Congresso Brasileiro de Mineração, mostra que a importância da indústria extrativa para o Estado não se restringe apenas ao aspecto econômico, uma vez que a atividade é também indutora do desenvolvimento social.
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“O setor é um multiplicador de empregos”, resume a assessora da Superintendência de Clientes Institucionais da FGV, Maria Alice Veloso, que apresentou o documento. Segundo ela, para cada posto de trabalho na mineração, são geradas 13 vagas em outras cadeias produtivas. “Mas, dependendo do conceito de cadeia adotado, esse número pode ser ainda maior”, completa.
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Na avaliação de Maria Alice Veloso, “o segmento extrativo mineral não é intensivo em mão de obra quando comparado a outros setores, mas o grande mérito da atividade é o que ela gera na ponta da cadeia”. Conforme o estudo, anualmente são abertos 60 mil postos de trabalho na mineração brasileira. “Muitas cadeias produtivas têm origem a partir da extração mineral”, pontua.
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Nesse sentido, a superintendente lembra que a cadeia do minério de ferro, por exemplo, tem reflexos na construção civil, na indústria automobilística, nos fabricantes de máquinas e equipamentos e nos setores de embalagens, ferramentas e utilidades. Já no caso do ouro, a influência alcança as indústrias joalheira, de decoração e química, além da medicina e da biologia, uma vez que o metal precioso é usado em exames, tratamentos e recobrimento de materiais biológicos.
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O estudo, que não leva em consideração o segmento de óleo e gás, já que ele não tem peso importante na economia mineira, mostra também que a indústria extrativa tem participação de aproximadamente 24% no Produto Interno Bruto (PIB) industrial de Minas Gerais e de 8% no PIB global do Estado.
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Municípios – Além disso, os municípios do Estado produtores de minério de ferro contribuem, em média, com 13,1% do PIB mineiro, gerando uma renda per capita anual 70,8% maior do que a média mineira, concentrando 7,7% da população Minas Gerais. Outro dado relevante é que entre os dez municípios com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Minas, oito são mineradores.
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Em relação à produção mineral do Brasil, Minas participa com 66% do total de minério de ferro produzido, com 45% do ouro, 57% do fosfato, 27% do calcário e 100% do zinco. Além disso, o Estado responde por 51% da arrecadação nacional com a Contribuição Financeira sobre Exploração Mineral (Cfem), sendo que o minério de ferro responde por cerca de 90% desse total.
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A importância da mineração é tão grande para Minas que se a atividade extrativa for desconsiderada, o Estado cai do terceiro maior PIB do país, atrás apenas de São Paulo e do Rio de Janeiro, para a 10ª posição, de acordo com informações divulgadas pelo Executivo estadual.
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Fonte: Diário do Comércio
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