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Mineração impulsiona comércio em Serra Pelada

18 de abril de 2013

Quando chegou a Serra Pelada, em 1989, Ivanete de Araújo, carinhosamente chamada de “Baixinha” pelos moradores da vila, tinha 22 anos. Cansada de esperar pelo primeiro marido que trabalhava nos garimpos em Itaituba, se vestiu de co

Quando chegou a Serra Pelada, em 1989, Ivanete de Araújo, carinhosamente chamada de “Baixinha” pelos moradores da vila, tinha 22 anos. Cansada de esperar pelo primeiro marido que trabalhava nos garimpos em Itaituba, se vestiu de coragem, com o filho ainda pequeno e o dinheiro emprestado para a passagem de trem resolveu tentar uma vida melhor em Serra Pelada. Sem muita experiência começou trabalhando em um bar e lá conheceu o atual marido, José Dutra.

Os anos passaram e com a chegada dos projetos de mineração da região a renda dos moradores melhorou. Ivanete e o marido hoje são donos de um dos comércios de Serra Pelada, o Comercial Matias. Junto com os seis filhos, viram o pequeno negócio da família prosperar. “Antes as pessoas não tinham dinheiro para comprar, vendíamos no caderninho. Hoje, boa parte dos moradores está empregada no projeto, tem renda e com isso não preciso mais vender fiado. Meu comércio cresceu e com ele vemos que a vila também está se desenvolvendo”, afirma Ivanete. O projeto em questão é o da Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral (SPCDM), que é responsável pela implantação da mina de ouro subterrânea na região e atualmente tem o seu quadro funcional formado em mais da metade por moradores da vila.

Hoje, além de empregar os filhos, Ivanete gera emprego formal para mais seis pessoas. O estabelecimento de Ivanete se enquadra no estudo divulgado, em janeiro de 2013, pelo DIEESE que aponta o setor de comércio como um dos maiores responsáveis pela geração de empregos formais em todo o Pará. Foram feitas 8.748 admissões contra 6.421 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.327 postos de trabalhos, um pouco acima do registrado em 2011, isso representa um saldo de 1,22%.

O desenvolvimento da região é visível pelo avanço do número de comércios e produtos ofertados. Ivanete diz que hoje existem mercadorias que não podem faltar nas prateleiras. “Antes ninguém procurava por água mineral. Hoje as pessoas ficam loucas se falta o item no mercado”, afirma a comerciante, aos risos.

Outra comerciante, Josivane da Silva, 32 anos, sabe muito bem que variedade de produto é sinônimo de felicidade do cliente. No Mercadinho Vithória ela divide com o marido, Francisco Lemos, o espaço onde vende produtos alimentícios, materiais de construção e confecções. “Temos que oferecer produtos variados e de boa qualidade já que o acesso aos outros municípios é difícil”, afirma a comerciante em meio a uma infinidade de chapéus, perfumes, roupas e sapatos que fariam inveja a muitas butiques de Belém.

O ritmo do crescimento do poder de compra dos moradores e da chegada da chamada modernidade reflete nos serviços oferecidos nos comércios locais. “Com a maioria dos moradores empregados e a chegada da mineradora, tive que implantar a venda com cartão de débito, crédito e ticket alimentação digital. Que bom que a modernidade chegou a Serra Pelada, há três anos a vida aqui mudou”, avalia Josivane. E completa, “Nesse tempo consegui duplicar o número de funcionários, hoje emprego sete moradores da vila com carteira assinada”.

 Para a comerciante, que chegou ainda pequena com a mãe na vila no ano de 1991, as mudanças vão além do avanço do comércio local, também estão no sentimento de pertencimento dos moradores ao lugar. “Serra Pelada sempre foi um local onde as pessoas contavam em ficar pouco tempo, ninguém investia em suas casas porque queriam um dia ir embora. Hoje, com emprego e o desenvolvimento chegando, as pessoas querem ficar, investir num futuro aqui e se sentem, como nunca, verdadeiros moradores de Serra Pelada”, finaliza.rn

 

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Fonte: portal ORM

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