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Mineração urbana pode ser fonte de ouro no lixo, diz relatório

9 de outubro de 2012

rnSegundo Greenpeace, só na Argentina, consumidores jogam no lixo mais de 200 quilos de ouro por ano.rnUm relatório da organização ambientalista Greenpeace afirma que, no ano passado, os argentinos jogaram no lixo o equiva

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Segundo Greenpeace, só na Argentina, consumidores jogam no lixo mais de 200 quilos de ouro por ano.

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Um relatório da organização ambientalista Greenpeace afirma que, no ano passado, os argentinos jogaram no lixo o equivalente a 228 kg de ouro, 1,7 mil kg de prata e 81 mil kg de cobre, por falta de reciclagem.

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Segundo o Greenpeace, o material está presente em dez milhões de celulares que são jogados fora por ano no país, e que – para piorar – poluem a terra, o ar e a água.

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O relatório chama atenção para um setor conhecido como mineração urbana, atividade muito pouco difundida na América Latina, mas que na Europa, no Japão e na Coreia do Sul está se transformando em um importante gerador de emprego e riqueza, comparável até à mineração tradicional.

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Mineração urbana é a reciclagem de materiais de valor presentes em resíduos eletrônicos, como ouro, prata, cobre, platina, alumínio, aço, terras raras (minerais concentrados na China) e plástico.

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O ouro é um dos diversos componentes de computadores e celulares, por causa de suas propriedades de condução e estabilidade.

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Um estudo recente da Universidade das Nações Unidas no Japão estima que a fabricação de equipamentos tecnológicos receba o equivalente a US$ 16 bilhões de ouro e US$ 5 bilhões de prata. De acordo com a pesquisa, apenas 15% desse material é reaproveitado via reciclagem.

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A proliferação de dispositivos eletrônicos e o curto período para que eles se tornem obsoletos geram milhões de toneladas de resíduos. O número de depósitos para lixo eletrônico também cresce exponencialmente por ano.

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A reciclagem ainda é limitada, mas alguns analistas acreditam que exista nesse setor uma grande oportunidade de negócios.

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Um estudo da empresa Frost & Sullivan destaca que a mineração urbana gerou US$ 1,42 bilhão em 2011. A expectativa – segundo o relatório “Oportunidades globais no mercado dos serviços de reciclagem de lixo elétrico e equipamento eletrônico” – é que esse mercado alcance um valor de US$ 1,8 bilhão até 2017.

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O mercado crescente é o dos países emergentes. Mas, na América Latina, esse tipo de reciclagem ainda é incipiente.

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Recente

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Dados da Plataforma Regional de Resíduos Eletrônicos na América Latina e Caribe – iniciativa chilena com financiamento canadense – mostram que países como Brasil, Chile, Argentina, Peru e Colômbia ainda não têm a infraestrutura necessária para reciclar mais resíduos eletrônicos.

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O índice chileno de reciclagem desse tipo de resíduo é de 1,5% a 3%. Na Argentina, o percentual chega a 10%.

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“A Argentina é um dos países que mais destacaram a reciclagem de lixo eletrônico”, disse Verônica Calona, da empresa de reciclagem Silke, ao serviço em espanhol da BBC.

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“Somos operadores de 100% de resíduos de aparelhos eletrônicos. O resto [do mercado] são empresas que trabalham com outro tipo de atividade e foram incluindo isso pouco a pouco. Há metais que comercializamos no mercado interno e material de placas eletrônicas que exportamos, porque não existem na Argentina empresas de tecnologia que reciclem esse tipo de material.”

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“A mineração urbana é muito recente, é preciso esperar e ver se a atividade vai evoluir um pouco”, afirmou Verônica.

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Terras raras

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Além das perdas econômicas por falta de reciclagem, ambientalistas alertam para os crescentes riscos de poluição.

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Nos Estados Unidos, a agência ambiental do governo EPA estima que o lixo eletrônico seja 70% da fonte de contaminação de rios e do ar por metais pesados como mercúrio, cádmio, chumbo, bromo e selênio.

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“Na Argentina, descartam-se 10 milhões de celulares por ano e um milhão de computadores, e a metade termina em lixões”, disse Lorena Pujó, do Greenpeace na Argentina.

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A entidade produziu um relatório especial sobre o país, em um momento em que o Congresso argentino discute uma legislação especial sobre resíduos eletrônicos.

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“Estamos tentando expor publicamente a falta de sentido de todo esse sistema. Por um lado, estamos esgotando recursos naturais finitos com a mineração, mas jogamos no lixo um monte de recursos sem reciclagem.”

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Com intuito de mudar essa situação, países como Costa Rica, Peru e Colômbia contam com leis que regulam a gestão de resíduos eletrônicos.

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Um novo ponto pode contribuir para o aumento da reciclagem no futuro: o fato de que a indústria de eletrônicos depende cada vez mais de terras raras – minerais em abundância na China, que detém 97% das reservas conhecidas.

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Nesse contexto, a reciclagem de resíduos eletrônicos pode se transformar em um novo “Eldorado” para os investidores.

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Fonte: G1

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