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Mineradora criada no Peru pode vir a produzir 2,5 Mtpa de rocha fosfática

29 de agosto de 2016

A Fospac tem reservas de 108 milhões de toneladas de fosfatos com alto teor em Bayovar a 30 quilômetros da Miski Mayo, uma subsidiária da Vale que produz rocha fosfática

A Cementos Pacasmayo, considerada uma das maiores cimenteiras do Peru, disse  no último dia 22 que aprovou a cisão da Fosfatos del Pacifico (Fospac) de suas operações de cimento. A Fospac tem reservas de 108 milhões de toneladas de fosfatos com alto teor em Bayovar a 30 quilômetros da Miski Mayo, uma subsidiária da Vale que produz rocha fosfática.
 
A participação da Pacasmayo na Fospac será transferida para uma nova empresa a Fossal, cujos títulos serão negociados na Bolsa de Valores de Lima. Com o spin-off, a Fossal terá 70% da Fospac. Os 30% restantes continuam a pertencer à MCA Phosphates PTE, uma divisão da Mitsubishi Corp.
 
“Fospac é um projeto atraente, com reservas substanciais de fosfato para atender à crescente demanda mundial por fertilizantes”, diz Roberto Dañino, presidente do conselho da Fosfatos del Pacifico, para quem a Fossal, como uma empresa independente, terá liberdade para buscar parcerias com um operador para desenvolver o projeto.
 
A Fosfatos del Pacifico detém uma concessão de diatomita na área denominada Bayovar 9, localizada na costa norte do Peru. O projeto tem reservas certificadas de 108,1 milhões de toneladas de fosfato, com teor médio de 17,8% de pentóxido de fosfato (P2O5). A vida útil da mina é estimada em aproximadamente 20 anos, baseada nessas reservas. O valor foi estimado por um estudo independente desenvolvido pela Golder Associates.
 
“A Fospac acredita que será possível aumentar a vida útil da mina de forma significativa considerando recursos estimados em 546,1 milhões de toneladas”, diz o comunicado. Baseado nas estimativas atuais, a Fospac diz que o projeto terá uma capacidade de produção anual de 2,5 milhões de toneladas de rocha fosfática por ano com teor médio de 30,4% P205. A capacidade nominal da subsidiária da Vale, que é uma joint venture com a Mosaic e a Mitsui, é de 3,9 milhões de toneladas de rocha fosfática por ano.
 
“O projeto já conta com licenças e concessões relevantes, incluindo o uso definitivo da área aquática do porto pelo período de 30 anos, o Estudo de Impacto Ambiental do projeto e a certificação de que não há vestígios arqueológicos na área”, diz a Pacasmayo em nota.
 
O tempo de construção do projeto é estimado entre quatro e cinco anos a um investimento de capital (Capex) da ordem de US$ 831 milhões e com despesas operacionais (Opex) de calculado em US$ 9,8 por tonelada.
 
 
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