Mineradora otimiza produção e comércio de esmeraldas
28 de janeiro de 2016
A empresa de mineração britânica Gemfields trabalha na modernização do comércio de pedras preciosas para aumentar a demanda por esmeraldas e rubis.
A empresa de mineração britânica Gemfields trabalha na modernização do comércio de pedras preciosas para aumentar a demanda por esmeraldas e rubis. A companhia extrai milhões de quilates por mês na maior mina de esmeraldas do mundo, localizada na fronteira da Zâmbia com a República Democrática do Congo, chamada de Kagem.
A produção na mina africana Kagem triplicou, a partir de 2008, quando a empresa contratou geólogos para identificar as melhores áreas de mineração e usar caminhões pesados, além de mais trabalhadores para processar e transportar as pedras de forma mais eficiente.
Segundo o Wall Street Journal, em novembro do ano passado, dezenas de trabalhadores da mina Kagem coletavam fragmentos de rocha e os enviavam para a “sala de lavagem”, onde cerca de 50 pessoas debruçadas sobre esteiras transportadoras usavam ganchos de metal para tentar encontrar vestígios de esmeralda. Observados de perto por gemólogos e seguranças, os empregados separavam as rochas com esmeraldas em cestos.
A receita da Gemfields, em 30 de junho de 2015, era de US$ 171 milhões. Além da Zâmbia, a empresa, que tem 2 mil empregados, também opera em Moçambique e detém licenças para exploração em Madagascar e no Sri Lanka.
A operação na Zâmbia tem ajudado a empresa, que negocia suas ações na AIM, repartição para empresas menores na bolsa de Londres, a dominar um setor que vem crescendo rápido e se tornando cada vez mais lucrativo. A Gemfields é dona de 75% da mina Kagem e o governo da Zâmbia detém os outros 25%.
A produção na mina africana triplicou, a partir de 2008, quando a empresa contratou geólogos para identificar as melhores áreas de mineração e usar caminhões pesados, além de mais trabalhadores para processar e transportar as pedras de forma mais eficiente.
Além disso, a Gemfields adotou técnicas de marketing semelhantes às usadas pela gigante dos diamantes De Beers nas décadas de 1940 e 1950, o que ajudou a aumentar os preços globais da esmeralda em quase 14 vezes desde 2009, segundo dados de vendas fornecidos pela empresa. Estatísticas da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que o comércio global de esmeraldas, rubis e safiras dobrou desde 2011, para cerca de US$ 5 bilhões por ano, e continua crescendo. A Gemfields não tem concorrentes do seu porte.
Em relação ao mercado brasileiro, com base no Sumário Mineral de 2014, com dados de 2013, o país produziu 85 quilos de esmeraldas e faturou R$ 7,5 milhões com a comercialização da pedra naquele ano. O município de Itabira (MG), onde está localizada a mina Belmont, responde por 95% da produção do Brasil.
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