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Mineradoras investem para abastecer mercado de alta tecnologia

12 de janeiro de 2015

Há uma parte do setor de mineração que está se especializando em fornecer matérias-primas para os segmentos de indústrias de alta tecnologia e para empresas de pesquisa e desenvolvimento, que crescem rapidame

Há uma parte do setor de mineração que está se especializando em fornecer matérias-primas para os segmentos de indústrias de alta tecnologia e para empresas de pesquisa e desenvolvimento, que crescem rapidamente. A grafita e as terras-raras são as principais substâncias para esse mercado. No Brasil, 71% de todos os 500 processos de grafita foram requeridos de 2012 a 2014, segundo dados do DNPM.

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O número de empresas que investem nas commodities aumentou nos últimos anos. Na Austrália e em outros mercados, o número de investidores de grafita aumentou consideravelmente e o setor de terras-raras continua crescendo fora da China.

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No Brasil, mineradoras como Brasil Empreendimentos Minerais, Buxton e Pan Brazilian Mineração são algumas das empresas que investiram nos últimos três anos em pesquisas de grafita no Ceará e em Minas Gerais. Em terras-raras, o destaque fica para a Serra Verde Pesquisa e Mineração e a Mega Mina Mineração, com autorizações e requerimentos de pesquisa em Tocantins, Goiás e Bahia.

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Ambos os setores tiveram sua parcela de volatilidade nos últimos anos e muitos investidores não gostaram disso. No entanto, as novas aplicações continuam evoluindo. Por exemplo, o carro híbrido é um produto central para o mercado de terras-raras. Algumas das maiores empresas do setor automobilístico já investem em carros híbridos e elétricos e as terras-raras leves e pesadas são usadas em várias partes do veículo, em especial nos superímãs.

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As terras-raras também são usadas em aplicações de energia limpa e a demanda não será problema no futuro, com a China resolvendo seus problemas ambientais e as economias ocidentais investindo em resposta à mudança climática.

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Uma das grandes vantagens de terras-raras é o número de pesquisas que descobrem constantemente novas maneiras de usar os materiais. George Baulk, diretor da mineradora australiana Northern Minerals, diz que as coisas estão evoluindo e mudando. Para ele, às vezes a demanda está em coisas que ainda não conhecemos. “Isso é um dos aspectos interessantes de terras-raras”, diz o executivo.

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Essas novas aplicações podem ser ligadas à nanotecnologia e a outras tecnologias de ponta. Baulk disse que terras-raras são essenciais para o desenvolvimento do iPad, tablet da Apple, e outros eletrônicos. “Estamos em contato com terras-raras todos os dias. É, literalmente, parte da nossa vida, nós apenas não nos damos conta”, afirma.

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Os paralelos entre grafita e terras-raras são nítidos. Ambos os setores cresceram rapidamente nos últimos anos e ambos devem competir com a produção da China.

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A grafita também encontrou uma série de aplicações em energia limpa e novas aplicações estão constantemente em desenvolvimento. Fazendo um balanço na indústria de grafita nos últimos anos, o número de investidores que foram para o setor, a partir de várias regiões da Austrália, duplicou e triplicou várias vezes.

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Mas assim como terras-raras, há uma grande diferença entre os vários depósitos e projetos. Investidores buscam flocos de grafite de alta qualidade. As australianas Lamboo Resources e a Kibaran Resources tiveram grandes lucros em 2014, com as ações subindo no ano passado.

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Os novos investidores continuam chegando, pelo menos na Austrália. As ações da Green Rock Energy aumentaram após a empresa anunciar planos de mudar para energia geotérmica e conseguir um projeto de grafite na Tanzânia.

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Por outro lado, a Bisan anunciou que não deve ir adiante com o projeto de grafite em Pencil Hill, na Botsuana. A Bisan disse que o baixo capital e a falta de interesse dos investidores na exploração de grafite fez com que não prosseguissem com o projeto.

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Analistas fizeram uma previsão positiva para o mercado de grafite, mas essas previsões são apenas o começo. Novos avanços tecnológicos podem mudar as previsões. Assim como as terras-raras e o resto do setor de mineração, bons fundamentos e reservas serão os principais determinantes para o sucesso. Com informações da Mining News Premium, uma publicação da Aspermont, mesmo grupo do NMB.

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Fonte: Notícias de Mineração Brasil

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