NOTÍCIAS

Mineradoras mostram vantagens competitivas de projetos de fertilizantes no Brasil

17 de setembro de 2015

Executivos da Brasil Exploração Mineral (Bemisa) e da mineradora canadense Brazil Potash apresentaram, nesta quarta-feira (16), os projetos de fertilizantes que possuem no Mato Grosso e em Minas Gerais, respectivamente, na EXPOSIBR

Executivos da Brasil Exploração Mineral (Bemisa) e da mineradora canadense Brazil Potash apresentaram, nesta quarta-feira (16), os projetos de fertilizantes que possuem no Mato Grosso e em Minas Gerais, respectivamente, na EXPOSIBRAM 2015,  feira do setor de mineração realizada pelo Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM (www.ibram.org.br) em Belo Horizonte (MG). As duas empresas apontaram as vantagens competitivas em termos de logística, custo e qualidade em relação aos produtos importados.

rn

A Brazil Potash deu detalhes do projeto de potássio que possui em Autazes (AM), por meio do CEO Matt Simpson, enquanto o projeto Jauru, em Mirassol D’Oeste (MT), da Bemisa foi apresentado pelo CEO da companhia Augusto Lopes. O executivo descreveu detalhes do projeto e explicou como funcionará o processo de produção quando o ativo estiver em operação.

rn

“Primeiramente, gostaria de falar que nós vemos essa crise do setor como uma oportunidade. É um projeto extremamente inovador e interessante, porque vai utilizar lixiviação em vez de flotação. Fizemos testes de bancada que apresentaram resultados promissores”, afirmou Lopes, durante o painel “Fertilizantes: novos projetos buscam superar a dependência do Brasil”, realizado no 16º Congresso Brasileiro de Mineração, que faz parte daEXPOSIBRAM 2015.

rn

Segundo o CEO da Bemisa, o projeto Jauru, que prevê a produção de SSP, possui recursos de 400 milhões de toneladas com teor médio de 5% de P2O5. A mineradora terá investimentos acumulados até o fim de 2015 de aproximadamente US$ 539 milhões. Até o momento, foram realizadas sondagens em uma área que totaliza 25 mil metros.

rn

Lopes destacou as principais vantagens competitivas do projeto Jauru, como custos com frete, logística e infraestrutura. Segundo o executivo, o Mato Grosso é o Estado que mais consome fertilizantes no país. Dessa forma, tendo em vista que o ativo da Bemisa fica dentro do Estado, haverá também economia com tributação, com o ICMS.

rn

O CEO da Brazil Potash disse que a empresa gastou cerca de US$ 100 milhões até o momento, tendo completado 50 mil metros de sondagem, com 54 furos, e feito quatro descobertas desde 2009. O empreendimento fica a 30 quilômetros de Autazes (AM) e pode ser acessado por meio de rodovia. O projeto da canadense também está perto do rio Madeira, viabilizando o transporte de KCl para misturadoras locais quando o ativo estiver em produção.

rn

“Nosso projeto terá uma vantagem significativa de custo em relação a produtores do Canadá ou da Rússia. As economias são de aproximadamente US$ 112 por tonelada em relação ao produto canadense e de US$ 105 por tonelada ante o produto alemão”, afirmou Simpson.

rn

O executivo disse que a Brazil Potash espera produzir, a partir do primeiro trimestre de 2019, 2,2 milhões de toneladas por ano de KCl e 1,1 milhão de toneladas de NaCl como coproduto. A estimativa de capital inicial para colocar o projeto em capacidade máxima de produção é de US$ 1,8 bilhão. O projeto em Autazes (AM) tem um valor presente líquido de US$ 2 bilhões, com uma taxa de desconto de 10% e taxa interna de retorno de 32%.

rn

A estimativa de vida útil da mina é de 34 anos, com start-up marcado para os três primeiros meses de 2019. O projeto precisará de cinco anos de ramp-up para atingir a capacidade máxima de produção.

rn

Lopes e Simpson também falaram sobre algumas das dificuldades enfrentadas para conseguirem avançar com os projetos. O CEO da Bemisa apontou uma demora de dois anos para a liberação de um alvará de pesquisa “para explorarmos um alvo do projeto que tinha mais potencial”, afirmou.

rn

“Nós tivemos bastante ajuda do governo do Estado do Amazonas, mas teve um caso com a Funai [Fundação Nacional do Índio]. Um problema que demoramos cerca de um ano para resolver”, disse o CEO da Brazil Potash.

rn

O painel sobre fertilizantes contou também com a participação de Vinicius Figueiredo, do BNDES, e teve como moderador o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim.

rn

Clique aqui e acesse a matéria.

rn

 

rn

 

 

Fonte: Notícias de Mineração Brasil

Compartilhe:

LEIA TAMBÉM



Evento em 20/6, em Belém, debaterá oportunidades de investimentos na mineração

13 de junho de 2022

As perspectivas e oportunidades de bons negócios para a indústria mineral no Pará e no Brasil nas próximas décadas serão…

LEIA MAIS

Remineralizadores de solos será tema de painel no e-MINERAÇÃO

2 de maio de 2022

O uso dos remineralizadores é uma alternativa eficiente para fazer com que a adubação e os nutrientes presentes em determinada…

LEIA MAIS

Os desafios e tendências na gestão de barragens de rejeito serão debatidas em fórum organizado pelo IBRAM em julho

12 de junho de 2023

O setor mineral brasileiro estará reunido nos próximos dias 5 e 6 de julho para compartilhar os desafios, entraves, novidades…

LEIA MAIS