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Mineradoras planejam ações de adaptação às mudanças climáticas

17 de março de 2015

Empresas buscam adaptaçãornNesta segunda-feira (16), comemora-se o Dia Nacional de Conscientização sobre Mudanças Climáticas. Além de chamar a atenção da população para a qu

Empresas buscam adaptação

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Nesta segunda-feira (16), comemora-se o Dia Nacional de Conscientização sobre Mudanças Climáticas. Além de chamar a atenção da população para a questão, o dia mostra para a indústria a importância de se adaptar para progredir. E, durante a Semana da Mineração no Pará, saber como as empresas estão trabalhando para lidar com essas alterações.

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O mês de setembro do ano passado foi considerado o mais quente registrado no planeta desde 1880, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). No Pará, o aumento da temperatura e a intensidade das chuvas são perceptíveis a cada ano. Segundo o 5º Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, até o fim do século a temperatura do inverno amazônico deve subir até 6 graus e as chuvas podem reduzir até 45 milímetros.

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Para a gerente de Assuntos Ambientais do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Cláudia Salles, independente dos fatores que originam as alterações climáticas, hoje elas são uma realidade. “As empresas vêm trabalhando em formas de adaptação e ajuste a essas necessidades que virão. Aí entra a importância de diferenciar adaptação e mitigação”, ressalta.

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Quando tratamos de adaptação, o objetivo é discutir as ações que as empresas executam para se comprometer com a mudança climática. “O primeiro passo é verificar onde está a vulnerabilidade da companhia face a uma possível alteração no clima. É preciso pensar ainda em estratégias que considerem características nacionais e regionais”, ressalta Cláudia Salles. Dentro disso, diversas medidas podem ser listadas: antever uma possível seca; tornar-se mais eficiente no uso dos recursos hídricos e, de forma geral, antecipar o problema e observá-lo como uma oportunidade de desenvolvimento de novas ações e tecnologias.

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A Imerys, mineradora que atua com caulim, já está atenta para a reutilização da água, por exemplo. Uma das bacias de contenção da planta da empresa em Barcarena estava temporariamente desativada, e a equipe de Meio Ambiente reaproveitou a água da chuva que ficou no local de forma vantajosa: ela foi direcionada para banheiros, torneiras e demais atividades. “A ação foi tão bem sucedida que alguns estudantes universitários souberam do projeto e nos procuraram para saber mais. Estamos sempre atentos também para o quanto se extrai de água do subsolo, etc. É interessante para a empresa lidar continuamente com o meio ambiente, respeitando sempre seus limites”, explica Nilo Junque, gerente de EHS da Imerys.

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 “Este tipo de atitude é muito importante, porque à medida que o clima muda, o regime hídrico também se altera. As empresas que já estão cientes disso planejam suas operações levando em conta essa provável mudança na disponibilidade de água”, ressalta Luiz Gylvan Filho, Doutor em Astrogeofísica pela Universidade do Colorado.

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Por outro lado, a mitigação engloba as ações que buscam diminuir a quantidade das emissões dos chamados gases de efeito estufa. O pesquisador Luiz Gylvan Filho explica ainda que “a mudança de tecnologia das empresas pode controlar ou limitar a emissão desses gases”.

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A indústria pode adotar o monitoramento de emissões de gases do efeito estufa (GEE), que segundo Cláudia Salles, do IBRAM, não sai caro. “Basta saber que é necessário ter uma boa estrutura e pessoas que trabalhem com previsão. É fundamental uma equipe definida, que observe os detalhes de emissão e seja qualificada para agir com eficiência e prever possíveis vulnerabilidades”, enumera.

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De acordo com o Carbon Disclosure Project (COP), ONG britânica que trabalha para minimizar as mudanças climáticas,investidores e sociedade cobram cada vez mais das empresas uma posição proativa no que diz respeito a mudanças climáticas.

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A ONG lançou em 2013 o relatório CDP Brasil 100, com dados e análises sobre a emissão de Gases de Efeito Estufa e sobre a forma com que as mudanças climáticas vêm sendo tratadas em 51 empresas brasileiras que responderam ao questionário. A Vale S.A. ficou em segundo lugar na lista das empresas líderes em Transparência e Desempenho frente às alterações climáticas.

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O relatório mostra ainda que as empresas brasileiras entendem como a maioria dos riscos relacionados às mudanças do clima afetam seus negócios. Os dados mostram que todas as iniciativas de redução de emissões reportadas pelas companhias constituiu um montante superior a R$ 6 bilhões em 2012. O lado positivo é que, segundo a pesquisa, 55% das empresas que responderam possuem metas de redução de emissões.

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Fonte: Assessoria

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