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Minério pobre vai ficar rico

26 de junho de 2012

rnVale prepara mina itabirana Cauê para novo ciclo de 50 anos. Tecnologia eleva o teor de ferro da lavra de 40% para 68%rnBerço das atividades da Vale, a mina Cauê, de Itabira, na Região Central de Minas Gerais, começ

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Vale prepara mina itabirana Cauê para novo ciclo de 50 anos. Tecnologia eleva o teor de ferro da lavra de 40% para 68%

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Berço das atividades da Vale, a mina Cauê, de Itabira, na Região Central de Minas Gerais, começa a ser preparada para a terceira safra da exploração de minério, agora de baixos teores de ferro, tornando realidade uma nova onda de aproveitamento da matéria-prima na terra onde nasceu o poeta Carlos Drummond de Andrade. O projeto aprovado em maio pelo Conselho de Administração da companhia consiste na adequação de uma das mais antigas usinas no país, construída no início dos anos 70 para uma produção de 20 milhões de toneladas anuais dos chamados itabiritos compactos. O produto sairá da reserva como minério premium de alta demanda no mercado internacional.

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A Vale iniciou os trabalhos de preparação da reserva, mas mantém sigilo sobre os investimentos, que vão garantir a extração nos níveis atuais em Itabira, de 40 a 45 milhões de toneladas por ano, pelos próximos 50 anos, informou ontem o gerente geral de operações do complexo, Júlio Yamacita. Segundo analistas do setor, o projeto deverá custar ao redor de R$ 2,5 bilhões, tendo em vista as proporções semelhantes ao empreendimento que a Vale está implantando na mina Conceição, vizinha à reserva do Cauê, com o mesmo objetivo de aproveitar minérios mais pobres em ferro, os itabiritos friáveis.

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Batizado de Conceição-Itabiritos, o projeto está orçado em US$ 2,363 bilhões, o equivalente a R$ 4,867 bilhões pelo câmbio de R$ 2,06 de ontem. A despeito dos efeitos da crise mundial sobre a indústria siderúrgica e do crescimento menor da China, maior cliente individual da Vale, a empresa vê um cenário positivo para a comercialização da nova safra do minério de Itabira. “Nossas projeções indicam que o mercado continuará crescendo, embora eventualmente passe por alguma crise”, afirmou Júlio Yamacita. A Vale se prepara para fornecer o primeiro carregamento no fim de 2015, cerca de dois anos depois da entrada em funcionamento da nova usina da mina de Conceição.

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O projeto na antiga mina do Cauê só se tornou possível com o desenvolvimento da tecnologia de tratamento do minério para elevar os teores de ferro dos itabiritos compactos da média atual, de 40%, a 68%. Segundo o gerente geral de implantação de projetos da Vale, Carlos Miana, foram iniciados os trabalhos de desenvolvimento da engenharia e compra de equipamentos. Para atender o projeto, serão abertas 100 vagas no quadro próprio da Vale e 6 mil postos de trabalho durante as obras. A companhia mantém, ao todo, 3,2 mil empregados diretos no complexo de Itabira e 800 trabalhadores nas empresas prestadoras de serviços. Considerando os dois projetos, de Conceição-Itabiritos e o novo empreendimento no Cauê, serão abertos 350 empregos no quadro da Vale este ano.

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BIODIESEL A Vale confirmou ontem investimentos de US$ 500 milhões na construção da maior indústria processadora de óleo de palma na região da Amazônia. O projeto, com conclusão prevista para 2015, permitirá a conversão do óleo em biodiesel, para mover máquinas, navios, trens e caminhões.

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Fonte: Estado de Minas

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